Ótima aula professor! Tenho uma dúvida bastante específica, será que o senhor poderia me ajudar por favor? A literatura diz que os ácidos carboxílicos são o grupo funcional contendo oxigênio que melhor forma complexos com muitos metais, superando outros grupos como hidroxilas e epóxidos. Isso também se aplica a metais alcalino-terrosos? Adicionalmente, a afinidade entre este ligante e os elementos da família IIA segue alguma tendência de aumento/diminuição em função do aumento do raio iônico da espécie?
Olá Nathan, como vai? Desculpe a demora para responder. Sua pergunta é excelente. Vamos lá! Sim. Os ácidos carboxílicos, uma vez desprotonados (ou seja, perdendo seu H ácido e virando carboxilatos) se coordenam muito bem à diversos metais. Quanto à questão da tendência em relação ao raio, é um pouco mais complicado. Acontece que parte da reatividade de um metal tem relação com a facilidade que este tem para perder elétrons (formando cátions). Pensando desta forma, quanto maior o raio do metal, mais facilmente ele formará um cátion (pois mais longe do núcleo estarão os elétrons e, portanto, estão sendo menos atraídos). Assim, quanto maior o raio, mais reativo é o metal. No entanto, no caso de formação de complexos é importante levar em conta a afinidade do centro metálico em relação ao ligante (no caso o carboxilato). Os carboxilatos pertencem a uma classificação ácido/base chamados de duros (essa teoria se chama teoria ácido/base duros e moles, HASB, em inglês) e, de acordo com a teoria, formam complexos mais estáveis com ácidos duros. Por esse ponto de vista, quanto menor o raio do íon metálico, mais duro ele é e, desta forma, mais estáveis seriam os complexos. Veja, que não é uma resposta simples, pois por um ponto de vista, a tendência é uma, mas sob outra óptica, a tendência é o oposto. No estudo que você está fazendo, eu sugiro que você calcule ou procure em artigos as constantes de estabilidade destes complexos que você quer sintetizar. Elas lhe darão uma boa noção de qual dos efeitos que eu mencionei está prevalecendo no seu caso. Por favor, se não ficou claro, pode mandar mais perguntas. Tenho satisfação em responder. Abraço!
professor, no caso do Ni2+, os orbitais que ele utiliza como hibridos, após acomodar os eletrons em 4 orbitais, são apenas no orbital vazio do 3d e os 3 do 4p, isso porque o 4s já está preenchido, lembrando que a distrib eletronica do Ni2+ é ....4s2 3d8.... pelo diagrama de pauling sabemos que os orbitais 4s são preenchidos anteriormente aos 3d.
Depende do complexo que estamos falando. Se você está pensando em um complexo onde a espécie central (ou o ácido de Lewis) é o íon Ni2+ ( e não o átomo de Ni), lembre-se que o íon já não tem mais os elétrons 4s (pois foram perdidos e justamente por isso que ele é ion cátion bivalente). No caso de complexos como o [Ni(CN)4]2-, o íon Ni2+ está hibridizado em dsp2. É um complexo quadrado planar e diamagnético (todos os elétrons emparelhados). Bons estudos.
Se eu quiser saber a distância entre os átomos de um complexo. tenho que considerar a distância de todos os atomos do at central ou entre si (vizinhos)?
Olá, tudo bem? Depende de que distância estamos falando. As distâncias são medidas átomo a átomo. Uma técnica experimental poderosa para saber isso é a chamada difração de raios X de monocristal. Com ela você pode ter certeza dessas distâncias interatômicas. Bons estudos.
Top demais! Parabéns, professor!
Ótima aula! Consegui entender melhor em 23 min do que na vídeo aula da minha professora de uma hora e meia… simples e objetivo! Muito obrigada!
Muito obrigado!
Bons estudos!
como verifico o momento dipolo em complexos?
Aula excelente! Obrigada
Eu que agradeço.
Obrigado por acompanhar!
Bons estudos!
Ótima aula professor! Tenho uma dúvida bastante específica, será que o senhor poderia me ajudar por favor? A literatura diz que os ácidos carboxílicos são o grupo funcional contendo oxigênio que melhor forma complexos com muitos metais, superando outros grupos como hidroxilas e epóxidos. Isso também se aplica a metais alcalino-terrosos? Adicionalmente, a afinidade entre este ligante e os elementos da família IIA segue alguma tendência de aumento/diminuição em função do aumento do raio iônico da espécie?
Olá Nathan, como vai?
Desculpe a demora para responder.
Sua pergunta é excelente. Vamos lá!
Sim. Os ácidos carboxílicos, uma vez desprotonados (ou seja, perdendo seu H ácido e virando carboxilatos) se coordenam muito bem à diversos metais.
Quanto à questão da tendência em relação ao raio, é um pouco mais complicado.
Acontece que parte da reatividade de um metal tem relação com a facilidade que este tem para perder elétrons (formando cátions). Pensando desta forma, quanto maior o raio do metal, mais facilmente ele formará um cátion (pois mais longe do núcleo estarão os elétrons e, portanto, estão sendo menos atraídos). Assim, quanto maior o raio, mais reativo é o metal.
No entanto, no caso de formação de complexos é importante levar em conta a afinidade do centro metálico em relação ao ligante (no caso o carboxilato). Os carboxilatos pertencem a uma classificação ácido/base chamados de duros (essa teoria se chama teoria ácido/base duros e moles, HASB, em inglês) e, de acordo com a teoria, formam complexos mais estáveis com ácidos duros. Por esse ponto de vista, quanto menor o raio do íon metálico, mais duro ele é e, desta forma, mais estáveis seriam os complexos.
Veja, que não é uma resposta simples, pois por um ponto de vista, a tendência é uma, mas sob outra óptica, a tendência é o oposto.
No estudo que você está fazendo, eu sugiro que você calcule ou procure em artigos as constantes de estabilidade destes complexos que você quer sintetizar. Elas lhe darão uma boa noção de qual dos efeitos que eu mencionei está prevalecendo no seu caso.
Por favor, se não ficou claro, pode mandar mais perguntas. Tenho satisfação em responder.
Abraço!
@@canalquimicamente3657 Estou bem professor, e você? Muito obrigado pela resposta! Ficou muito claro e já elucidou muita coisa.
professor, no caso do Ni2+, os orbitais que ele utiliza como hibridos, após acomodar os eletrons em 4 orbitais, são apenas no orbital vazio do 3d e os 3 do 4p, isso porque o 4s já está preenchido, lembrando que a distrib eletronica do Ni2+ é ....4s2 3d8.... pelo diagrama de pauling sabemos que os orbitais 4s são preenchidos anteriormente aos 3d.
Depende do complexo que estamos falando. Se você está pensando em um complexo onde a espécie central (ou o ácido de Lewis) é o íon Ni2+ ( e não o átomo de Ni), lembre-se que o íon já não tem mais os elétrons 4s (pois foram perdidos e justamente por isso que ele é ion cátion bivalente).
No caso de complexos como o [Ni(CN)4]2-, o íon Ni2+ está hibridizado em dsp2. É um complexo quadrado planar e diamagnético (todos os elétrons emparelhados).
Bons estudos.
Muito bom!!
Muito obrigado!
Bons estudos!
Se eu quiser saber a distância entre os átomos de um complexo. tenho que considerar a distância de todos os atomos do at central ou entre si (vizinhos)?
Olá, tudo bem?
Depende de que distância estamos falando. As distâncias são medidas átomo a átomo.
Uma técnica experimental poderosa para saber isso é a chamada difração de raios X de monocristal. Com ela você pode ter certeza dessas distâncias interatômicas.
Bons estudos.
O NCCH3 seria um ligante neutro, certo?
Correto. Esse se ligaria pelo par de elétrons livre no Nitrogênio.
Nossa, muito bom!