Ótimo vídeo! Estava reconstruindo o texto de forma resumida nas minhas notas, acho que agora vou mudar e tentar fazer da forma que você aconselha! Muito bom!
Professora, obrigado por mais este vídeo! A senhora mencionou brevemente o Umberto Eco, em cuja obra clássica "Como se faz uma tese" ele diferencia as teses de caráter experimental daquelas de caráter lógico-matemático. Nas primeiras, recorre-se a um plano indutivo, ou seja, vão-se elencando os argumentos até que se chegue a uma proposição teórica (trata-se de algo parecido com uma investigação criminal, até certo ponto, pelo menos àquelas que encontramos nos romances policiais). Nas segundas, recorre-se a um plano dedutivo, ou seja, o ponto de partida já é uma proposição teórica, a partir da qual o autor passa a inferir consequências ou a apresentar os argumentos que corroborem o enunciado. Levando em consideração a sua sugestão de que a nota de literatura não deve se parecer com um resumo do texto, pergunto-lhe se uma boa maneira de reordenar os argumentos não pode ser justamente pensando-se nestes termos propostos por Eco. Ou seja, ao produzir uma nota de literatura de um texto cuja estrutura seja claramente indutiva, optaríamos por um plano dedutivo - mas sempre levando em consideração o nosso problema de pesquisa, como a senhora salientou.
Muito obrigada pela atenção e pelo comentário. Eu não sei se eu diria que o tipo de método que eu, particularmente, adoto seria dedutivo. O Sönke Ahrens também adverte para não fecharmos com uma tese logo no início da pesquisa, para não fazermos uma leitura seletiva do que corrobora essa tese. Por isso, eu prefiro pensar em termos de problemas e permitir que as hipóteses se modifiquem ao longo do caminho. Parece-me mais um método de tentativa e erro. Mas, no princípio, ele é indutivo, porque vou selecionando argumentos pró e contra determinada resposta para o meu problema, até desenvolver minhas próprias hipóteses conforme conheço melhor o debate. Essas hipóteses sempre podem cair conforme a pesquisa avance mais. Enfim, eu tendo a pensar que o método filosófico nunca pode ser axiomático. Um abraço
Parabéns e obrigado por essa playlist - a arte de tomar notas. Conheci o zettelkasten aqui e já compartilhei com alguns professores. Também estou lendo o How to Take Smart Notes.
Sobre esse vídeo: É mais objetiva a construção de notas de literatura a partir da(s) pergunta(s) de pesquisa, como você explica aqui, porém os princípios do zettelkasten não seriam de construir as notas independente do momento em que se lê um conteúdo, para se recorrer a estas notas em qualquer momento futuro para a construção de um ou mais manuscritos?
É uma boa pergunta. Obrigada. Eu diria que o método Zettelkasten, no meu sistema, tem mais a ver com o que eu chamo de Point Notes, do que com essas notas de literatura (que eu chamo de Source Notes). Ainda assim, o fato de eu tomar notas de literatura para os projetos nos quais estou trabalhando não impede que elas sejam reutilizáveis no futuro. Na verdade, eu sempre as uso para aulas, pareceres, bancas, palestras e novos artigos. O projeto que tenho em vista serve apenas para me dar um ponto focal e impedir que eu colete de tudo.
ótima playlist sobre a arte de tomar notas! gostaria de saber se tu tens algum livro e ou artigo(s) postados relativos a como fazer notas eficientes, basicamente um material escrito sobre o assunto.
Ótimo vídeo! Estava reconstruindo o texto de forma resumida nas minhas notas, acho que agora vou mudar e tentar fazer da forma que você aconselha! Muito bom!
Você é uma professora extraordinária, parabéns! Queria ser seu aluno. Obrigado por postar coisas tão relevantes para pesquisadores.
Professora, obrigado por mais este vídeo! A senhora mencionou brevemente o Umberto Eco, em cuja obra clássica "Como se faz uma tese" ele diferencia as teses de caráter experimental daquelas de caráter lógico-matemático. Nas primeiras, recorre-se a um plano indutivo, ou seja, vão-se elencando os argumentos até que se chegue a uma proposição teórica (trata-se de algo parecido com uma investigação criminal, até certo ponto, pelo menos àquelas que encontramos nos romances policiais). Nas segundas, recorre-se a um plano dedutivo, ou seja, o ponto de partida já é uma proposição teórica, a partir da qual o autor passa a inferir consequências ou a apresentar os argumentos que corroborem o enunciado. Levando em consideração a sua sugestão de que a nota de literatura não deve se parecer com um resumo do texto, pergunto-lhe se uma boa maneira de reordenar os argumentos não pode ser justamente pensando-se nestes termos propostos por Eco. Ou seja, ao produzir uma nota de literatura de um texto cuja estrutura seja claramente indutiva, optaríamos por um plano dedutivo - mas sempre levando em consideração o nosso problema de pesquisa, como a senhora salientou.
Muito obrigada pela atenção e pelo comentário. Eu não sei se eu diria que o tipo de método que eu, particularmente, adoto seria dedutivo. O Sönke Ahrens também adverte para não fecharmos com uma tese logo no início da pesquisa, para não fazermos uma leitura seletiva do que corrobora essa tese. Por isso, eu prefiro pensar em termos de problemas e permitir que as hipóteses se modifiquem ao longo do caminho. Parece-me mais um método de tentativa e erro. Mas, no princípio, ele é indutivo, porque vou selecionando argumentos pró e contra determinada resposta para o meu problema, até desenvolver minhas próprias hipóteses conforme conheço melhor o debate. Essas hipóteses sempre podem cair conforme a pesquisa avance mais. Enfim, eu tendo a pensar que o método filosófico nunca pode ser axiomático. Um abraço
melhor professora que já vi. Muita dedicação, valorize pessoal!
Parabéns e obrigado por essa playlist - a arte de tomar notas. Conheci o zettelkasten aqui e já compartilhei com alguns professores. Também estou lendo o How to Take Smart Notes.
Parabéns pelo trabalho, Andrea. Adoro seus vídeos.
Que vídeo!!!
Tirou várias dúvidas que eu tinha.
Muito obrigado por nos presentear com ele. ❤❤❤
Perfeito! Não tenho como agradecer! Parabéns!
Excelente, Professora. Muito obrigado por compartilhar.
Muito bom o vídeo Andrea! Obrigado pelas orientações.
Que dica! 🙌
Sobre esse vídeo: É mais objetiva a construção de notas de literatura a partir da(s) pergunta(s) de pesquisa, como você explica aqui, porém os princípios do zettelkasten não seriam de construir as notas independente do momento em que se lê um conteúdo, para se recorrer a estas notas em qualquer momento futuro para a construção de um ou mais manuscritos?
Comentando só para acompanhar a resposta da professora
É uma boa pergunta. Obrigada. Eu diria que o método Zettelkasten, no meu sistema, tem mais a ver com o que eu chamo de Point Notes, do que com essas notas de literatura (que eu chamo de Source Notes). Ainda assim, o fato de eu tomar notas de literatura para os projetos nos quais estou trabalhando não impede que elas sejam reutilizáveis no futuro. Na verdade, eu sempre as uso para aulas, pareceres, bancas, palestras e novos artigos. O projeto que tenho em vista serve apenas para me dar um ponto focal e impedir que eu colete de tudo.
ótima playlist sobre a arte de tomar notas! gostaria de saber se tu tens algum livro e ou artigo(s) postados relativos a como fazer notas eficientes, basicamente um material escrito sobre o assunto.
Muito obrigada pelo elogio! Eu tenho coisas escritas no meu perfil no Medium, que não é exclusivamente sobre o assunto: medium.com/@andreafaggion