Perfeito. A luta está na falta de aproximação, na aceitação do outro, do diferente. O brasileiro é classista e preconceituoso. O prof Muniz pensa a questão em aberto. Ótima entrevista.
Antes de ver a entrevista de Muniz Sodré, vi Mário Maestri questionar racismo estrutural. Uma fala rigorosa e potente. Os dois me convenceram que o racismo estrutural ocorreu no período escravagista brasileiro.
Professor Sodré, por que a academia não quer aceitar essa tese de que o “racismo não é estrutural”? Recentemente, enviei um artigo para uma revista de história Qualis A2 e nem foi lido pelos pares!! O organizador da Revista leu fez sérias críticas ad homini a mim, sem argumentos sobre o mérito do meu artigo.
Prezado, Ao analisar sua pergunta, é perceptível que a academia não aceitou a tese devido à ausência de clareza na demonstração dos conceitos de racismo e estrutura. É fundamental ressaltar que a compreensão desses conceitos requer uma explicação minuciosa sobre seu funcionamento, fontes de financiamento, interconexões e natureza tangível ou abstrata. A analogia com um engenheiro que planeja demolir um prédio antigo para construir outro é pertinente: assim como ele precisa examinar cuidadosamente a estrutura e os elementos do edifício antes de agir, é essencial que os pesquisadores revelem detalhadamente a composição e dinâmica dos fenômenos em estudo. Da mesma forma, os policiais precisam investigar a fundo a estrutura de uma organização criminosa, identificando seus líderes e financiadores, comprovando suas ações e apresentando-os à sociedade e à justiça de forma clara e fundamentada. Concorda? É importante destacar que o movimento negro é considerado o mais antigo do Brasil, conforme historiadores. Nesse contexto, levanta-se a questão sobre a aparente falta de erradicação do racismo, à semelhança do que ocorreu com a escravidão. Ora, se houvesse essa estrutura aqui no Brasil, como acredita o Ministro dos Direitos Humanos e autor do livro "Racismo Estrutural", você há de concordar comigo que já teria acabado, vista a sua identificação, concorda? E por que não acabou? A ausência desse resultado pode ser explicada pela inexistência de leis ou instituições formalmente declaradas que limitem a liberdade dos negros no Brasil, tanto no âmbito econômico, social, cultural e político. Ao contrário de países como os Estados Unidos e alguns países africanos, onde leis de segregação racial eram apoiadas pelo próprio governo, no Brasil não existem dispositivos legais desse tipo. Ou seja, o negro tem total participação em todas as camadas da sociedade brasileira sem quaisquer impedimentos formais. Esta reflexão evidencia a complexidade do tema e a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre as estruturas sociais e históricas que permeiam o racismo.
@@ricardohenrique7788 Acho que você entendeu errado o comentário do Eduardo. Ele disse que a academia não permite a interpretação de que o racismo *não é* estrutural.
Eu seguiria indagando: o " catolicismo social" no que enuncia o discurso (hegemônico atual) de fome, em sua relação estomacal contribui para o racismo no Brasil!?
Importante ressaltar que a ideia de mãe esquizofrenizante, que esquinofriza o filho, já caiu por terra. Essa hipótese causou muito preconceito com os esquizofrênicos e suas famílias. O próprio bateson repensa o duplo vínculo durante a vida dele.
Se a gente também visse o que o Estado brasileiro não faz, não seria outra a resposta acerca do estrutural e do estruturante? Por que o judiciário não condena ninguém por racismo? Por que os ricos não pagam impostos?
Uma entrevista estranha de Muniz ... sobre o filme não pobrematizar é porque quem escreveu e dirigiu é um homem branco . Mesmo pós a abolição as estruturas continuaram racistas .
Apesar de tudo, nunca os pretos foram tão felizes. Que o digam o Pelé, o Grande Otelo, o Pixinguinha, o Milton Santos, o Alberto Guerreiro Ramos, o Sammy Davis Junior, o Didi folha seca, o Leônidas, o diamante negro, o Lázaro Ramos, o Joaquim Barbosa, o Sílvio Almeida, o Thomas Sowell, o Gilberto Gil. Até a Billy Holiday, em tempos de Strange Fruit, foi feliz. O próprio Muniz Sodré não nos deixa mentir. Agora, se o preto brasileiro ficar imitando o preto americano, que não estuda nem lê, que gosta de hip-hop, fica fumando maconha na periferia das cidades e reclamando do sistema, aí o bicho pega.
E se você tivesse conhecimento de causa, você perceberia que esses "pretos" que você citou aí, são a exceção da exceção, nunca foi regra. Se fosse regra, você não poderia contar. Você consegue contar assim, em um comentário, quantos brancos estão em posição de poder? No dia que você conseguir essa equivalência, aí você pode discutir.
Tudo é uma questão de humanidade. Nem todo branco é privilegiado e racista como nem todo negro é vítima e oprimido, tudo é questão de ser humano. Há racismo? Óbvio, há racismo estrutural? Não acredito, existe um racismo cultural Potencializado muitas vezes pelos movimentos políticos anti racismo. Sou um negro da periferia, de pai preto retinto e nunca me senti negro, nem branco e sim humano
Eu também não concordo com isso.A estrutura social funciona,muitas vezes,à margem da lei no que tange ao racismo,ou seja, existem leis que criminalizam o racismo, porém há códigos sociais racistas que se sobrepõem às leis, fazendo a estrutura social funcionar de forma racista,o que determina o funcionamento das instituições e produz subjetividades racistas.
Tenho a impressão de que o professor Sodré reproduz o conteúdo do livro Racismo Estrutural, ao mesmo tempo que o nega. Isso tem se repetido na fala de outros críticos ao livro. Interessante, pra dizer o mínimo.
Foi um prazer rever o professor Muniz Sodré depois de longos anos.
Permanece um exemplo de potência intelectual, respeito e brandura.👏🏻👏🏻👏🏻👏🏻
Eu adorei qdo ele disse: "o povo brasileiro é um mistério".
Maravilhoso prof. Muniz Sodré. Uma cabeça privilegiada!
Muniz Sodré é um poço de sabedoria e intelectualidade! Muito grata ao Opera Mundi pela oportunidade! Excelente!
Muniz Sodré, para mim, e de um valor e riqueza do nipe de Florestan Fernandes. De uma profundidade e vivência popular impar!! Patrimônios nacional!!
Fundamental! Parabéns Breno, parabéns prof Muniz Sodré!
Perfeito. A luta está na falta de aproximação, na aceitação do outro, do diferente. O brasileiro é classista e preconceituoso. O prof Muniz pensa a questão em aberto. Ótima entrevista.
Seria muito interessante uma conversa entre o professor e Silvio Almeida!
É, hoje acho que essa ideia de juntar esses dois já está ultrapassada..... Sodré tem razão.
Antes de ver a entrevista de Muniz Sodré, vi Mário Maestri questionar racismo estrutural. Uma fala rigorosa e potente. Os dois me convenceram que o racismo estrutural ocorreu no período escravagista brasileiro.
Enfim, alguém pesquisador dando espaço à ideia de que o racismo não é estrutural no Brasil. Assim que penso
Muniz Sodré Indispensável pra quem gosta de pensar....❤
Tenho notado o professor Sodré mais moderado em suas considerações: está mais maduro, mais leve e mais razoável.
Excelente entrevista, enriquecedora!
Muniz Sodré, que a força da capoeira esteja sempre contigo! Axé, mestre!
Bravo. Bravo. Bravo. BRAVISSIMO. Parabéns aos dois. Em ESPECIAL, ao professor Muniz Sodré. Bjos Fraternos. ❤
Que aula! Maravilhoso! Obrigada por esta palestra/entrevista!
Que delicia de entrevista!
Fantástico! Obrigada pela aula Professor ❤
Maravilhosa entrevista! Muniz Sodré ê um grande intelectual ❤
Quem chama livro de livrinho me obriga a ficar alerta...
Professor Sodré, por que a academia não quer aceitar essa tese de que o “racismo não é estrutural”? Recentemente, enviei um artigo para uma revista de história Qualis A2 e nem foi lido pelos pares!! O organizador da Revista leu fez sérias críticas ad homini a mim, sem argumentos sobre o mérito do meu artigo.
Prezado,
Ao analisar sua pergunta, é perceptível que a academia não aceitou a tese devido à ausência de clareza na demonstração dos conceitos de racismo e estrutura. É fundamental ressaltar que a compreensão desses conceitos requer uma explicação minuciosa sobre seu funcionamento, fontes de financiamento, interconexões e natureza tangível ou abstrata. A analogia com um engenheiro que planeja demolir um prédio antigo para construir outro é pertinente: assim como ele precisa examinar cuidadosamente a estrutura e os elementos do edifício antes de agir, é essencial que os pesquisadores revelem detalhadamente a composição e dinâmica dos fenômenos em estudo. Da mesma forma, os policiais precisam investigar a fundo a estrutura de uma organização criminosa, identificando seus líderes e financiadores, comprovando suas ações e apresentando-os à sociedade e à justiça de forma clara e fundamentada. Concorda?
É importante destacar que o movimento negro é considerado o mais antigo do Brasil, conforme historiadores. Nesse contexto, levanta-se a questão sobre a aparente falta de erradicação do racismo, à semelhança do que ocorreu com a escravidão. Ora, se houvesse essa estrutura aqui no Brasil, como acredita o Ministro dos Direitos Humanos e autor do livro "Racismo Estrutural", você há de concordar comigo que já teria acabado, vista a sua identificação, concorda? E por que não acabou? A ausência desse resultado pode ser explicada pela inexistência de leis ou instituições formalmente declaradas que limitem a liberdade dos negros no Brasil, tanto no âmbito econômico, social, cultural e político. Ao contrário de países como os Estados Unidos e alguns países africanos, onde leis de segregação racial eram apoiadas pelo próprio governo, no Brasil não existem dispositivos legais desse tipo. Ou seja, o negro tem total participação em todas as camadas da sociedade brasileira sem quaisquer impedimentos formais.
Esta reflexão evidencia a complexidade do tema e a necessidade de uma análise mais aprofundada sobre as estruturas sociais e históricas que permeiam o racismo.
@@ricardohenrique7788 Acho que você entendeu errado o comentário do Eduardo. Ele disse que a academia não permite a interpretação de que o racismo *não é* estrutural.
Excelente entrevista! Parabéns ao Opera Mundi!👏🏽👏🏽👏🏽
Montezuma, foi deputado das Cortes Constituinte de Lisboa de 1820 e Deputado da Assembleia Constituinte brasileira de 1823! Homem negro!!!
Nazifascista se combate sempre !
Por isso tudo que o mais importante é a luta de classes e ponto final.
Aula extraordinária!
Apresentação magnífica. Parabéns, professor.
Valeu!
Valeu!
Valeu !!! Valeu demais!!!
Uau!" Qual o papel da igreja católica na construção do racismo?"
Eu seguiria indagando: o " catolicismo social" no que enuncia o discurso (hegemônico atual) de fome, em sua relação estomacal contribui para o racismo no Brasil!?
Valeu demaaaaais!!!
Excelente! Parabéns!
Excelente!❤
Importante ressaltar que a ideia de mãe esquizofrenizante, que esquinofriza o filho, já caiu por terra. Essa hipótese causou muito preconceito com os esquizofrênicos e suas famílias. O próprio bateson repensa o duplo vínculo durante a vida dele.
A verdadeira luta é a luta de classes !
Muito boa a entrevista.
Ótima problematização professor.
Jogos de linguagem. Em Bezerros , Pernambuco, quando uma pessoa estava sendo agredida, ouvi de um pedido ao agressor - nao judia, nao!
alguem acha que esse pensamento do Muniz dialoga com Clovis Moura?
Se a gente também visse o que o Estado brasileiro não faz, não seria outra a resposta acerca do estrutural e do estruturante? Por que o judiciário não condena ninguém por racismo? Por que os ricos não pagam impostos?
Nos EEUU temos "racismo estadual" ou "racismo estrutural"?
Breno a atriz é a Adriana Esteves e o ator o Tomaz Aquino que interpretou o Pacote em Bacurau. Os outros vc conhece.
O professor Sodré nega a posição subalterna do ofício de músico nas monarquias e democracias burguesas?
Acho que o Muniz confunde um pouco Igreja Católica como institucional, movimentos protestantes e grupos monásticos.
O homem que copiava é de 2003 😊
Uma entrevista estranha de Muniz ... sobre o filme não pobrematizar é porque quem escreveu e dirigiu é um homem branco . Mesmo pós a abolição as estruturas continuaram racistas .
O homem que copiava é de vinte anos atrás kk
No caso, os escravos eram mercadorias.
Apesar de tudo, nunca os pretos foram tão felizes. Que o digam o Pelé, o Grande Otelo, o Pixinguinha, o Milton Santos, o Alberto Guerreiro Ramos, o Sammy Davis Junior, o Didi folha seca, o Leônidas, o diamante negro, o Lázaro Ramos, o Joaquim Barbosa, o Sílvio Almeida, o Thomas Sowell, o Gilberto Gil. Até a Billy Holiday, em tempos de Strange Fruit, foi feliz. O próprio Muniz Sodré não nos deixa mentir.
Agora, se o preto brasileiro ficar imitando o preto americano, que não estuda nem lê, que gosta de hip-hop, fica fumando maconha na periferia das cidades e reclamando do sistema, aí o bicho pega.
E se você tivesse conhecimento de causa, você perceberia que esses "pretos" que você citou aí, são a exceção da exceção, nunca foi regra. Se fosse regra, você não poderia contar. Você consegue contar assim, em um comentário, quantos brancos estão em posição de poder? No dia que você conseguir essa equivalência, aí você pode discutir.
sensata @@ceciliavale5670
Tudo é uma questão de humanidade.
Nem todo branco é privilegiado e racista como nem todo negro é vítima e oprimido, tudo é questão de ser humano.
Há racismo? Óbvio, há racismo estrutural? Não acredito, existe um racismo cultural Potencializado muitas vezes pelos movimentos políticos anti racismo.
Sou um negro da periferia, de pai preto retinto e nunca me senti negro, nem branco e sim humano
Eu não concordo com o professor
Eu também não concordo com isso.A estrutura social funciona,muitas vezes,à margem da lei no que tange ao racismo,ou seja, existem leis que criminalizam o racismo, porém há códigos sociais racistas que se sobrepõem às leis, fazendo a estrutura social funcionar de forma racista,o que determina o funcionamento das instituições e produz subjetividades racistas.
Tenho a impressão de que o professor Sodré reproduz o conteúdo do livro Racismo Estrutural, ao mesmo tempo que o nega.
Isso tem se repetido na fala de outros críticos ao livro.
Interessante, pra dizer o mínimo.
Valeu!