Um roteiro que tem força para concorrer tranquilamente à melhor filme nas premiações. Carrega o sci-fi e o drama como gêneros base, mas que abre espaço pro “body horror” dar seu espetáculo. Até o thriller e o humor passam a fazer parte dessa construção cinematográfica que vem chamando bastante atenção nos festivais, e não é pra menos. Quando se fala de “crítica social” em 2024, já começa a soar como um estereótipo redundante quando mal-empregado. Nem sempre um filme consegue utilizar disso de forma assertiva, sem parecer forçado, ou apenas para tentar chamar atenção do público e de premiações que antes de tudo, querem ver um bom filme, se divertir, refletir sobre uma mensagem e ter algum tipo de emoção (ou até várias). Conseguindo unir todos esses elementos e estruturá-los com originalidade e naturalidade, é o que vemos como riqueza de um resultado final em filmes consagrados, como “Parasita” (2019) por exemplo. Escrito e dirigido pela francesa Coralie Fargeat, “A Substância” (2024) consegue se nivelar a Bong Joon-ho nessa explosão de sentimentos numa salada mista de gêneros, surpreendendo muito com o que seria o auge do horror corporal atrelado ao drama sobre etarismo e padrões de beleza exigidos na sociedade. Algo que foi possível por conta de um marketing inteligente vale ressaltar, com um trailer que mostra apenas o necessário. Com suas 2 horas e 20 minutos que passam despercebidos, já recebemos uma resposta sobre o primeiro questionamento ao vermos sua premissa: "O que o filme terá de tão interessante para preencher todo esse tempo?". Eu pelo menos não senti o tempo passar. Edição e roteiro que nos envolve como um feitiço travestido de ficção científica, se sustentando dentro de sua proposta sem muitas explicações, numa montanha-russa que se eleva mais em seu final e nos faz “comprar” sua beleza cinematográfica. Entenda. Não estou querendo entrar por becos estranhos (som misterioso da trilha-sonora). Espero que não haja preconceitos pela “grosseria” bem utilizada em suas boas doses de horror e gore “típicas de filmes B”. E sua classificação para +18 com nudez explícita seja encarada como metáfora, onde aqui, foi oportuna. Longe de "Saltburn" (2023) e "Pobres Criaturas" (2023) estarem fazendo algum tipo de moda. Quando falamos sobre liberdade, “A Substância” (2024) nos mostra um outro lado. _______________________________ ★★★★ (Ótimo | Nota: 8/10) Outras reviews (sem spoilers): do-anjinho.blogspot.com/
Um roteiro que tem força para concorrer tranquilamente à melhor filme nas premiações. Carrega o sci-fi e o drama como gêneros base, mas que abre espaço pro “body horror” dar seu espetáculo. Até o thriller e o humor passam a fazer parte dessa construção cinematográfica que vem chamando bastante atenção nos festivais, e não é pra menos.
Quando se fala de “crítica social” em 2024, já começa a soar como um estereótipo redundante quando mal-empregado. Nem sempre um filme consegue utilizar disso de forma assertiva, sem parecer forçado, ou apenas para tentar chamar atenção do público e de premiações que antes de tudo, querem ver um bom filme, se divertir, refletir sobre uma mensagem e ter algum tipo de emoção (ou até várias). Conseguindo unir todos esses elementos e estruturá-los com originalidade e naturalidade, é o que vemos como riqueza de um resultado final em filmes consagrados, como “Parasita” (2019) por exemplo.
Escrito e dirigido pela francesa Coralie Fargeat, “A Substância” (2024) consegue se nivelar a Bong Joon-ho nessa explosão de sentimentos numa salada mista de gêneros, surpreendendo muito com o que seria o auge do horror corporal atrelado ao drama sobre etarismo e padrões de beleza exigidos na sociedade. Algo que foi possível por conta de um marketing inteligente vale ressaltar, com um trailer que mostra apenas o necessário.
Com suas 2 horas e 20 minutos que passam despercebidos, já recebemos uma resposta sobre o primeiro questionamento ao vermos sua premissa: "O que o filme terá de tão interessante para preencher todo esse tempo?". Eu pelo menos não senti o tempo passar. Edição e roteiro que nos envolve como um feitiço travestido de ficção científica, se sustentando dentro de sua proposta sem muitas explicações, numa montanha-russa que se eleva mais em seu final e nos faz “comprar” sua beleza cinematográfica. Entenda. Não estou querendo entrar por becos estranhos (som misterioso da trilha-sonora).
Espero que não haja preconceitos pela “grosseria” bem utilizada em suas boas doses de horror e gore “típicas de filmes B”. E sua classificação para +18 com nudez explícita seja encarada como metáfora, onde aqui, foi oportuna. Longe de "Saltburn" (2023) e "Pobres Criaturas" (2023) estarem fazendo algum tipo de moda. Quando falamos sobre liberdade, “A Substância” (2024) nos mostra um outro lado.
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★★★★ (Ótimo | Nota: 8/10)
Outras reviews (sem spoilers): do-anjinho.blogspot.com/
Filme escroto...perdi meu tempo.....só fui pela atriz
@@vadoSantos-my3lzfds
Uma pegada de Black Mirror e essa trilha sonora, Brasil????
Tantos famosos que não querem envelhecer 😮