Um perfil revelador

A leitura de perfis pessoais é tarefa agradável para alguns. Para mim, é muito agradável. Com essas pequenas biografias conseguimos construir um mundo de informações e parâmetros de autores e isso nos ajuda a compreender e a interpretar sua obra. Michel Winock, professor de História da Sciences Po de Paris, produziu duas ótimas pesquisas que transformou em obras acadêmicas para sua carreira e dois bons livros de pequenas biografias. Um, O século dos intelectuais, em que revela a vida e a fortuna dos autores da consciência francesa, sua solidez e sua influência para o mundo. O outro, As vozes da liberdade, que trata dos escritores engajados do século XIX, e que avança para o século XX.
Um terceiro livro que recomenda é de Rosa Montero, escritora e jornalista espanhola que teve publicado no o Brasil o romance A louca da casa, muito elogiado, e Paixões, que revela o furor que a paixão causou na vida de 18 casais. São 18 histórias de dor e desamor que revelam mais sofrimento que alegria. E com uma revelação curiosa: John Lennon era um homem violento. E que a paixão fê-lo casar-se com Yoko Ono, uma mulher violenta. Enfim, um casal estranho.
Dione busca na música de Billy Blanco o mote para um comentário na seção Momento. O que dá pra rir dá pra chorar. E o que dá para chorar dá pra rir, que é o que houve conosco depois de um acidente de moto de nosso filho. As condições, o cenário, as possibilidades, tudo contribuía para tragédia possível. Fortuitamente, para nossa felicidade, apenas escoriações e muita dor física restaram do acidente. E aí é o caso de rir de uma situação que poderia ser de chorar.