Amigo Myiagi, coloquei aqui informações importantes. Meu mestre Yoshihide Shinzato, foi discípulo de Shoshin Chibana, treinou com Funakoshi, e introduziu o Okinawa Shorin Ryu Karatê Do no Brasil.
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SHORIN RYU KARATE-DO Ao longo do tempo, na luta pela sobrevivência o Ser Humano tem procurado um meio de defesa para vencer as adversidades. Em todos os recantos da terra o homem tem desenvolvido instrumentos e técnicas para se defender, vencer ou dominar o ambiente que o cerca. Como meio de auto-defesa, em Okinawa no Japão, se desenvolveu o Karate-Do, inicialmente chamado “TE” (Mão) ou “TI”, com o mesmo significado do “TE”, porém em Okinawa-go (a língua de Okinawa). Esta luta ensinava o praticante a enfrentar sem armas o seu adversário. A Ilha de Okinawa, conhecida como uma “Corda no Oceano”, está situada no Oceano Pacifico; cerca de 600 Km ao sul da região continental do Japão; 600 Km ao norte de Formosa e 700 km à leste da China. Em 1371, Okinawa iniciou um intenso comércio com a China, Coréia e países do sudeste asiático como: Tailândia, Java, Filipinas, Indonésia, Sumatra, Malásia e outros. Em conseqüência, houve também um intercâmbio cultural que trouxe à Okinawa uma outra forma de luta procedente da China, semelhante ao “TE”, o “Kenpo” (ou Boxe Chinês). Com a presença dessa luta chinesa em Okinawa, aperfeiçoou-se uma nova modalidade de luta, o “Karate-Do”. Por duas vezes houve proibição do uso de armas em Okinawa. Nessa época a Ilha de Okinawa estava dividida em três Estados: Nazan, Chuzan e Hokuzan. A primeira proibição ocorreu em 1427, quando o rei de Chuzan, de nome Shohashi conquistou toda a Ilha após muitos conflitos. Em 1609, o dirigente da província de Satsuma, Tadatsune Iehisa Shimazu (1576-1638), invadiu Okinawa e anexou as ilhas Ryukyu ao seu território no sul de Kyushu. Neste período, a população dessas ilhas passou a ser obrigada a pagar um tributo ao clã Shimazu, quando ocorreu novamente a proibição do porte de armas. Em função de necessidade, o Karate-Do assumiu maior valor. Aqueles que não podiam usar armas, aperfeiçoaram e usaram o Karate-Do como meio de defesa ao enfrentar adversários armados. O Karate-Do se desenvolveu em três locais diferentes de Okinawa: Na capital Shuri, denominando-se “Shuri-Te”; na cidade comercial de Naha, denominando-se “Naha-Te” e na cidade portuária de Tomari, “Tomari-Te”. Shuri-Te e Tomari-Te deram origem ao estilo “Shorin” e Naha-Te ao estilo “Goju”. Atualmente existem vários estilos que surgiram como derivação do Shorin-Ryu e do Goju-Ryu, ou como conseqüência da integração dessas duas raízes. Em 1917, o Mestre Funakoshi que levou o karate-do de Okinawa para Tokyo pela primeira vez. Em seguida, outros Mestres como Kenwa Mabuni (Shito-Ryu), Kanken Toyama, Chojun Miyagui (Goju-Ryu), Choki Motobu e outros levaram o Karate-Do para várias cidades do Japão. Após a Segunda Guerra Mundial o Karate-Do se popularizou pelo Mundo. Não há registros antigos dos Karatedocas, pois a proibição da prática durante muitos anos fez com que esta arte fosse ensinada secretamente para os alunos selecionados. Fonte: Shihan Yoshihide Shinzato A origem da denominação Shorin-ryu é um estilo de Karate-Do que combina técnicas marciais provenientes da China com elementos advindos de estilos de luta tradicionais de Okinawa. Shorin é a pronúncia okinawana da palavra Shaolin - monastério budista localizado na provícia chinesa de Henan -, e que significa pequeno bosque. Considerando que ryu significa estilo, a tradução para Shorin-ryu é “estilo do pequeno bosque”, uma homenagem ao monastério chinês. As origens do estilo No século XV, os três reinos de Okinawa (Hokuzan, Chuzan e Nanzan) se tornaram um único reinado, sob a dinastia Sho. Nesse período - mais especificamente em 1477 - , o rei Sho Shin proibiu a poulação de portar armas. Nessa época, eram praticadas em Okinawa diversas técnicas marciais, entre elas o To-te (mãos chinesas) - também denominada Okinawa-te (mãos de Okinawa) - um estilo de defesa pessoal que usava chutes e socos e que tinha suas raízes em práticas marciais chinesas, e o Ryukyu kobu-do (caminho das antigas artes marciais), a utilização de instrumentos agrícolas tradicionais das ilhas do arquipélago de Ryukyu como armas. Essas técnicas marciais foram ensinadas em segredo por muitas décadas e disseminadas por várias gerações de aprendizes. A partir do século XVIII, diversas variantes do To-te desenvolveram-se em três localidades de Okinawa: o Naha-Te, na aldeia de Naha, o Shuri-Te, na região de Shuri e o Tomari-Te, no vilarejo de Tomari. Ou seja, As “mãos chinesas”, foram tornando-se “mãos de Okinawa” e, com o passar do tempo, foram ganhando características próprias às localidades onde eram praticadas. Uma dessas variantes - o Shuri-Te, dará origem ao estilo Shorin. A linhagem dos mestres da Shorin-ryu O mestre Matsumura Sokon (1800 - 1890) - que era discípulo de Sakugawa Kanga (1733 - 1815) - é reconhecido como um dos principais sintetizadores do Shuri-te, amalgamando conhecimentos das práticas marciais chinesas com as técnicas okinawanas, após diversas viagens que realizou à China, dando origem ao estilo Shorin. Um dos principais alunos de Matsumura foi Anko Itosu (1831 - 1915), General Supremo do Reino de Ryukyu, quando este foi anexado ao Japão, em 1879. É atribuído ao Mestre Itosu o treinamento com makiwara (palha enrolada), para calejar as mãos e os pés, potencializando os golpes, assim como seu trabalho para tornar a prática marcial acessível às crianças, com a introdução dos primeiros kihons (básico, fundamental) e da criação dos kata (forma) Naihanchi (avançando por dentro) Shodan, Nahanchi Nidan e Nahanchi Sandan. Na verdade estes kata são uma divisão de um kata muito extenso denominado Naihanchi, criado pelo seu mestre Matsumura. Itosu também teve o mérito de particionar (e adaptar) os dois Kata Kusanku (criados por Sakukawa, mestre de seu mestre) em cinco kata menores, batizando-os de Pinan (mente tranquila): Pinan Shodan, Pinan Nidan, Pinan Sandan, Pinan Yondan e Pinan Godan. Em 1933, um discípulo de Itosu, Choshin Chibana (1885 - 1969) foi quem escolheu denominar de Shorin-ryu o estilo marcial que aprendera com seu mestre, como uma homenagem às raízes chinesas, do monastério de Shaolin, e também como forma de diferenciá-lo de outros estilos que estavam sendo desenvolvidos por discípulos que se afastavam dos ensinamentos originais de Itosu. Em 1957, Chibana recebeu o título de hanshi (grão-mestre) da Dai Nippon Butoku Kai, criada em 1895, em Kyoto, pelo governo imperial com o objetivo de promover e padronizar as artes marciais no Japão. Em 1968 recebeu do Imperador Hirohito o título de comendador, por serviços prestados ao país. Após a morte de Chibana, o título de grão-mestre da escola Shorin-ryu coube ao seu discípulo Katsuya Miyahira (1918 - 2010). Sensei Miyahira foi o autor da renomeação dos dois kata Passai (invadir a fortaleza): Passai Sho passou a ser denominado Itosu no Passai (em homenagem ao mestre Itosu) e o antigo Passai Dai passou tornou-se Matsumura no Passai (o Passai de Matsumura). Shorin-ryu no Brasil A difusão do estilo Shorin no Brasil se deve ao empenho do mestre okinawano Yoshihide Shinzato (Haebaru, 15/3/1927 - Santos, 13/1/2008). Sensei Shinzato, Hanshi (grão-mestre), 10º Dan de Karatê e 9º Dan de Kobu-do, após sua chegada ao Brasil (em 15 de janeiro de 1954), começa a ensinar Karatê-Do aos membros da colônia japonesa. Em 1954, na cerimônia de inauguração do Parque Ibirapuera em São Paulo faz demonstrações de Karatê e Kobu-do, abertas ao público, contribuindo para a difusão da nossa nobre arte marcial. Em 1962 fundou seu primeiro Dojô, em Santos, a Academia Santista de Karatê-Do que, em 1965. viria a se chamar Associação Okinawa Shorin-ryu Karatê-Do do Brasil. Em 1967, sensei Shinzato fundou uma organização nacional, a União Shorin-ryu Karatê-Do do Brasil, que contribui, mesmo após a passagem do mestre, para a difusão do Karatê da escola Shorin-ryu, agora sob a liderança do mestre Masahiro Shinzato, 9º Dan, seu filho primogênito. Fontes bibliográficas: Anderson, Dan (2012). Itosu´s Legacy: The Mysteries of the Pinan & Naihanchi Katas Revealed. Volume 1. Gresham: Dama Publications. Bishop, Mark (2009). Okinawan Karate: Teachers, Styles and Secret Techniques. Boston: Tuttle Clark, Christopher (2012). Okinawan Karate: a History of Styles and Masters: Volume 1: Shuri-te and Shorin-ryu. Huntingtown: Clarke´s Canyon Press. Clark, Christopher (2013). Okinawan Kobudo: a History of Weaponry Styles and Masters. Huntingtown: Clarke´s Canyon Press. Cummins, William; Scaglione, Robert (1985). Shorin-Ryu: Okinawan Karate Question and Answer Book. North Clarendon: Tuttle Karaté-Bushido (1988). Le livre d´or du Karate. Paris: Européene de Magazines. Mahamud, Nassim e Tavares, Maurici (2010). O Samurai que não matava. São Vicente: Bortolomasi Comunicação. Nagamine, Shoshin (2007). Tales of Okinawa’s Great Masters. Cingapura: Tuttle Okinawa Prefectural Government (2003). History of Okinawan Karate. Naha: s.e. Okinawa Prefectural Government (2003). Kata of Shuri-te Karate. Naha: s.e. Revista Shorin-Ryu (1997). União Shorin-Ryu Karatê-Do Brasil: 25 anos. Santos: A Tribuna Texto preparado por: Ernesto Luiz Marques Nunes, Faixa Preta 2º Dan (estilo Shorin-Ryu, FPK e CBK), bacharel em Ciências Sociais (USP), MBA Executivo em Marketing (ESPM), especialista em Marketing Político e Campanhas Eleitorais (FESP), mestre em Ciências Sociais: Antropologia (PUCSP) e doutorando em Ciências Sociais: Sociologia (PUCSP).
Amigo Myiagi, coloquei aqui informações importantes. Meu mestre Yoshihide Shinzato, foi discípulo de Shoshin Chibana, treinou com Funakoshi, e introduziu o Okinawa Shorin Ryu Karatê Do no Brasil.
Que benefícios tem bom. Muito interessante e que pena que não prático mas penso bem interessante e realmente conhecimento 😕😕😕😕😊😊
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SHORIN RYU KARATE-DO
Ao longo do tempo, na luta pela sobrevivência o Ser Humano tem procurado um meio de defesa para vencer as adversidades. Em todos os recantos da terra o homem tem desenvolvido instrumentos e técnicas para se defender, vencer ou dominar o ambiente que o cerca. Como meio de auto-defesa, em Okinawa no Japão, se desenvolveu o Karate-Do, inicialmente chamado “TE” (Mão) ou “TI”, com o mesmo significado do “TE”, porém em Okinawa-go (a língua de Okinawa). Esta luta ensinava o praticante a enfrentar sem armas o seu adversário.
A Ilha de Okinawa, conhecida como uma “Corda no Oceano”, está situada no Oceano Pacifico; cerca de 600 Km ao sul da região continental do Japão; 600 Km ao norte de Formosa e 700 km à leste da China.
Em 1371, Okinawa iniciou um intenso comércio com a China, Coréia e países do sudeste asiático como: Tailândia, Java, Filipinas, Indonésia, Sumatra, Malásia e outros. Em conseqüência, houve também um intercâmbio cultural que trouxe à Okinawa uma outra forma de luta procedente da China, semelhante ao “TE”, o “Kenpo” (ou Boxe Chinês). Com a presença dessa luta chinesa em Okinawa, aperfeiçoou-se uma nova modalidade de luta, o “Karate-Do”.
Por duas vezes houve proibição do uso de armas em Okinawa. Nessa época a Ilha de Okinawa estava dividida em três Estados: Nazan, Chuzan e Hokuzan. A primeira proibição ocorreu em 1427, quando o rei de Chuzan, de nome Shohashi conquistou toda a Ilha após muitos conflitos.
Em 1609, o dirigente da província de Satsuma, Tadatsune Iehisa Shimazu (1576-1638), invadiu Okinawa e anexou as ilhas Ryukyu ao seu território no sul de Kyushu. Neste período, a população dessas ilhas passou a ser obrigada a pagar um tributo ao clã Shimazu, quando ocorreu novamente a proibição do porte de armas.
Em função de necessidade, o Karate-Do assumiu maior valor. Aqueles que não podiam usar armas, aperfeiçoaram e usaram o Karate-Do como meio de defesa ao enfrentar adversários armados.
O Karate-Do se desenvolveu em três locais diferentes de Okinawa: Na capital Shuri, denominando-se “Shuri-Te”; na cidade comercial de Naha, denominando-se “Naha-Te” e na cidade portuária de Tomari, “Tomari-Te”.
Shuri-Te e Tomari-Te deram origem ao estilo “Shorin” e Naha-Te ao estilo “Goju”.
Atualmente existem vários estilos que surgiram como derivação do Shorin-Ryu e do Goju-Ryu, ou como conseqüência da integração dessas duas raízes.
Em 1917, o Mestre Funakoshi que levou o karate-do de Okinawa para Tokyo pela primeira vez. Em seguida, outros Mestres como Kenwa Mabuni (Shito-Ryu), Kanken Toyama, Chojun Miyagui (Goju-Ryu), Choki Motobu e outros levaram o Karate-Do para várias cidades do Japão. Após a Segunda Guerra Mundial o Karate-Do se popularizou pelo Mundo.
Não há registros antigos dos Karatedocas, pois a proibição da prática durante muitos anos fez com que esta arte fosse ensinada secretamente para os alunos selecionados.
Fonte: Shihan Yoshihide Shinzato
A origem da denominação
Shorin-ryu é um estilo de Karate-Do que combina técnicas marciais provenientes da China com elementos advindos de estilos de luta tradicionais de Okinawa. Shorin é a pronúncia okinawana da palavra Shaolin - monastério budista localizado na provícia chinesa de Henan -, e que significa pequeno bosque. Considerando que ryu significa estilo, a tradução para Shorin-ryu é “estilo do pequeno bosque”, uma homenagem ao monastério chinês.
As origens do estilo
No século XV, os três reinos de Okinawa (Hokuzan, Chuzan e Nanzan) se tornaram um único reinado, sob a dinastia Sho. Nesse período - mais especificamente em 1477 - , o rei Sho Shin proibiu a poulação de portar armas.
Nessa época, eram praticadas em Okinawa diversas técnicas marciais, entre elas o To-te (mãos chinesas) - também denominada Okinawa-te (mãos de Okinawa) - um estilo de defesa pessoal que usava chutes e socos e que tinha suas raízes em práticas marciais chinesas, e o Ryukyu kobu-do (caminho das antigas artes marciais), a utilização de instrumentos agrícolas tradicionais das ilhas do arquipélago de Ryukyu como armas. Essas técnicas marciais foram ensinadas em segredo por muitas décadas e disseminadas por várias gerações de aprendizes.
A partir do século XVIII, diversas variantes do To-te desenvolveram-se em três localidades de Okinawa: o Naha-Te, na aldeia de Naha, o Shuri-Te, na região de Shuri e o Tomari-Te, no vilarejo de Tomari. Ou seja, As “mãos chinesas”, foram tornando-se “mãos de Okinawa” e, com o passar do tempo, foram ganhando características próprias às localidades onde eram praticadas.
Uma dessas variantes - o Shuri-Te, dará origem ao estilo Shorin.
A linhagem dos mestres da Shorin-ryu
O mestre Matsumura Sokon (1800 - 1890) - que era discípulo de Sakugawa Kanga (1733 - 1815) - é reconhecido como um dos principais sintetizadores do Shuri-te, amalgamando conhecimentos das práticas marciais chinesas com as técnicas okinawanas, após diversas viagens que realizou à China, dando origem ao estilo Shorin.
Um dos principais alunos de Matsumura foi Anko Itosu (1831 - 1915), General Supremo do Reino de Ryukyu, quando este foi anexado ao Japão, em 1879. É atribuído ao Mestre Itosu o treinamento com makiwara (palha enrolada), para calejar as mãos e os pés, potencializando os golpes, assim como seu trabalho para tornar a prática marcial acessível às crianças, com a introdução dos primeiros kihons (básico, fundamental) e da criação dos kata (forma) Naihanchi (avançando por dentro) Shodan, Nahanchi Nidan e Nahanchi Sandan. Na verdade estes kata são uma divisão de um kata muito extenso denominado Naihanchi, criado pelo seu mestre Matsumura. Itosu também teve o mérito de particionar (e adaptar) os dois Kata Kusanku (criados por Sakukawa, mestre de seu mestre) em cinco kata menores, batizando-os de Pinan (mente tranquila): Pinan Shodan, Pinan Nidan, Pinan Sandan, Pinan Yondan e Pinan Godan.
Em 1933, um discípulo de Itosu, Choshin Chibana (1885 - 1969) foi quem escolheu denominar de Shorin-ryu o estilo marcial que aprendera com seu mestre, como uma homenagem às raízes chinesas, do monastério de Shaolin, e também como forma de diferenciá-lo de outros estilos que estavam sendo desenvolvidos por discípulos que se afastavam dos ensinamentos originais de Itosu. Em 1957, Chibana recebeu o título de hanshi (grão-mestre) da Dai Nippon Butoku Kai, criada em 1895, em Kyoto, pelo governo imperial com o objetivo de promover e padronizar as artes marciais no Japão. Em 1968 recebeu do Imperador Hirohito o título de comendador, por serviços prestados ao país.
Após a morte de Chibana, o título de grão-mestre da escola Shorin-ryu coube ao seu discípulo Katsuya Miyahira (1918 - 2010). Sensei Miyahira foi o autor da renomeação dos dois kata Passai (invadir a fortaleza): Passai Sho passou a ser denominado Itosu no Passai (em homenagem ao mestre Itosu) e o antigo Passai Dai passou tornou-se Matsumura no Passai (o Passai de Matsumura).
Shorin-ryu no Brasil
A difusão do estilo Shorin no Brasil se deve ao empenho do mestre okinawano Yoshihide Shinzato (Haebaru, 15/3/1927 - Santos, 13/1/2008).
Sensei Shinzato, Hanshi (grão-mestre), 10º Dan de Karatê e 9º Dan de Kobu-do, após sua chegada ao Brasil (em 15 de janeiro de 1954), começa a ensinar Karatê-Do aos membros da colônia japonesa.
Em 1954, na cerimônia de inauguração do Parque Ibirapuera em São Paulo faz demonstrações de Karatê e Kobu-do, abertas ao público, contribuindo para a difusão da nossa nobre arte marcial.
Em 1962 fundou seu primeiro Dojô, em Santos, a Academia Santista de Karatê-Do que, em 1965. viria a se chamar Associação Okinawa Shorin-ryu Karatê-Do do Brasil.
Em 1967, sensei Shinzato fundou uma organização nacional, a União Shorin-ryu Karatê-Do do Brasil, que contribui, mesmo após a passagem do mestre, para a difusão do Karatê da escola Shorin-ryu, agora sob a liderança do mestre Masahiro Shinzato, 9º Dan, seu filho primogênito.
Fontes bibliográficas:
Anderson, Dan (2012). Itosu´s Legacy: The Mysteries of the Pinan & Naihanchi Katas Revealed. Volume 1. Gresham: Dama Publications.
Bishop, Mark (2009). Okinawan Karate: Teachers, Styles and Secret Techniques. Boston: Tuttle
Clark, Christopher (2012). Okinawan Karate: a History of Styles and Masters: Volume 1: Shuri-te and Shorin-ryu. Huntingtown: Clarke´s Canyon Press.
Clark, Christopher (2013). Okinawan Kobudo: a History of Weaponry Styles and Masters. Huntingtown: Clarke´s Canyon Press.
Cummins, William; Scaglione, Robert (1985). Shorin-Ryu: Okinawan Karate Question and Answer Book. North Clarendon: Tuttle
Karaté-Bushido (1988). Le livre d´or du Karate. Paris: Européene de Magazines.
Mahamud, Nassim e Tavares, Maurici (2010). O Samurai que não matava. São Vicente: Bortolomasi Comunicação.
Nagamine, Shoshin (2007). Tales of Okinawa’s Great Masters. Cingapura: Tuttle
Okinawa Prefectural Government (2003). History of Okinawan Karate. Naha: s.e.
Okinawa Prefectural Government (2003). Kata of Shuri-te Karate. Naha: s.e.
Revista Shorin-Ryu (1997). União Shorin-Ryu Karatê-Do Brasil: 25 anos. Santos: A Tribuna
Texto preparado por: Ernesto Luiz Marques Nunes, Faixa Preta 2º Dan (estilo Shorin-Ryu, FPK e CBK), bacharel em Ciências Sociais (USP), MBA Executivo em Marketing (ESPM), especialista em Marketing Político e Campanhas Eleitorais (FESP), mestre em Ciências Sociais: Antropologia (PUCSP) e doutorando em Ciências Sociais: Sociologia (PUCSP).
Muito obrigado pelas informações, otimo video
De nada! A primeira pessoa a comentar neste video, penso eu.
Alguem que se interessa pelas origens do karate!
👏🏾👏🏾👏🏾 belíssimo vídeo
Obrigado
Eu treino karatê kyokushin a 6 anos
Fale mais mestre oyama
Equilíbrio e formação 😊😊😕😕😕😕😕😕😕😕😕😕