Eu sei que esse vídeo vai dividir opiniões, mas foi um trabalho que exigiu tanto esforço e dedicação quanto qualquer outro. Pra quem quiser ajudar o canal, dá uma olhadinha na nossa campanha de financiamento! Se tornando nosso apoiador, você recebe recomendações especiais e adicionais aos vídeos, e pode participar dos nossos grupos fechados no Facebook e no Whatsapp (onde eu já havia falado sobre Mãe ainda no ano passado). Segue o link: apoia.se/quadroembranco E segue nossas redes sociais, as camisetas no instagram já estão acabando, corre pra garantir a tua! Loja no Instagram: instagram.com/quadroembrancoficial/ Facebook: facebook.com/quadroembrancoficial/ Twitter: twitter.com/quadroembranco Também dá pra pedir as camisetas pelo e-mail: equipequadroembranco@gmail.com Um forte abraço e até o próximo vídeo ❤
Quadro em Branco seu canal e muito show eu queria muito Fazer isso também Indicar relações de filosofia psicologia o física Com filmes séries e animes E análises criteriosos
Dividir opiniões é justamento o ponto chave, isso é o necessário, estar rodeado de opiniões iguais, nunca vai desenvolver completamente o pensamento critico. Eu adorei o filme e continuo adorando, mas muito bom o ponto em que tocou no video, que me fez ter outro olhar sobre ele. Obrigado!
Esse vídeo de vocês me tirou o sono, hahaha! Eu preciso entrar na conversa! Adoraria fazer um vídeo-resposta, mas acho que o nosso cronograma no mimimidias não vai permitir! :( Eu concordo demais com vários pontos do vídeo. Primeiro que mãe! é um ótimo exemplo sobre como as críticas no RUclips são muitas vezes repetitivas e rasas. Muitos desses vídeos que pretendiam apontar as referências bíblicas foram realmente sofríveis! Além disso, eu amo que vocês estejam apresentando uma leitura tão nova do filme, mas mais que isso, eu acho incrível a motivação por trás dessa crítica: a violação do corpo feminino não deve servir ao entretenimento. Sim, eu não poderia concordar mais! Agora, é a hora de discordar, mas com todo o respeito do mundo, que é o que eu sinto pelo trabalho de vocês! Da forma como eu assisti ao filme no cinema (e foi a única vez que eu o assisti) as referências à bíblia tem uma superficialidade proposital. É importante que a audiência tenha certeza absoluta que o filme se trata de uma alegoria, porque é só a partir disso que surgem outras leituras muito mais interessantes (como a sua, Henrique!). Existe também aquela que o diretor tentou lembrar todo mundo o tempo todo e que você já sabe: a mãe é a natureza. E entre varias outras, existe a minha. Eu entendo a mãe! como uma representação do ser mulher (bem parecido com você), mas o que eu tirei da alegoria bíblica é que essa representação não é de uma relação entre indivíduos (um relacionamento abusivo), mas uma relação de opressão estrutural. É a igreja, a sociedade, os relacionamentos, a família, o espaço doméstico e porque não, o próprio corpo. Tudo aquilo que sufoca, agride, exige, limita. Assim, a violência gráfica e extrema ao corpo da atriz representa a pior das violências: a violência da estrutura (exatamente essa que silencia as mulheres que dirigem filmes). A estrutura é cruel e atinge a todas nós, é bem pior que aquilo que está no campo do individual ou do romântico. Se for pra trazer a violência estrutural para a tela, que seja feio, que seja grotesco, que faça a gente tremer na cadeira do cinema, porque a realidade das mulheres dentro da estrutura que a gente vive é realmente um soco no estômago. Com toda admiração, ~ Clara
Ah, que massa ter tua opinião por aqui, de verdade!!! E sim, tem essa linha que o filme também constrói de a violência (parte do problema que eu aponto) ser de fato um dos pontos do filme, e eu concordo contigo que o é. Mas acho que ele ainda glamuriza, fetichiza e normaliza - não só tratando como normalizada, mas ativamente normalizando - a situação, perpetuando e até justificando alguns vacilos. Botando na balança, eu ainda não acho que é o melhor filme do mundo pra se levar consigo. E muito carinho por vcs do mimimidias também!!!
Acredito que por ela ser a Mãe Natureza, ele fez bem em retrata-la como uma personagem reativa, afinal, a natureza não tem como se defender das ações humanas, pois ela reage da forma como é possível, pelos fenômenos naturais, como diluvio, ou o incêndio no final. A passividade não vem por ela ser mulher, vem por ela ser a natueza, você não acha que exista um relacionamento abusivo entre os homens e a natureza?
Mas daí as duas críticas se misturam e ele se vê mais reafirmando a postura do que criticando ela. No caso da terra, é inerente, mas no caso da mulher, é um erro enxergar essa passividade, como eu falo no vídeo.
Como o filme nos dá várias interpretações, primeiro fiquei incomodado com o fato de ela quase não reagir, e ai concordo com a sua opinião. Depois passei a enxergar pelo lado de ela ser a representação da natureza, passou a fazer mais sentido. E como o filme se propõe a contar uma mini-história da humanidade, ai entra o fator histórico mais uma vez, a mulher tanto na religião como na história, é mostrada de maneira passiva, quase sem voz, como fosse um adereço ou um troféu. E sim é um erro, alias, um erro histórico. Mas faz mais sentido, ao você se enxergar como aquele cara que chama ela de piranha, ou como o personagem do Javier Barden.
A mulher não é retratada como passiva pelas religiões. Ela é tratada como culpada de todo mal, suja, induzidora de homens e que por isso têm de serem domadas. De nada.
Parabéns pra galera, a minha vontade quando acabei de ver o vídeo era xingar ele. Até que me acalmei quando vi os comentários educados criticando. Mas o fato é que o vídeo é horrível. A crítica é tenebrosa.
Eu já estava quase dando dislike quando vi que ele ia criticar mainha!, mas a crítica foi tão bem apresentada que me fez ver de outra maneira o filme, esquecendo da mensagem ambiental que eu tanto me agarrei na interpretação acabei deixando de lado a crítica social que também não deveria ter sido esquecida e analisada. Ótimo vídeo Mas também concordo com um comentário que vi por aqui, as alegorias são rasas propositalmente pra que a audiência tenha certeza do que se trata, no cinema mesmo vi muita gente saindo sem entender, fora que o maior erro da distribuidora foi ter vendido o filme como filme de terror
Realmente dessa vez eu não concordei com vocês. (O que não é algo ruim, claro). Tive outra perspectiva, mas é ótimo ver visões diferentes. Vocês continuam trazendo boas reflexões a cada vídeo
Compartilho desse pensamento, assisti o video algumas vezes já e minha perspectiva é bem diferente também, mas é legal ver outras opiniões, principalmente vindo de vocês do Quadro em Branco
@Murilo D o problema não é ser sensual, o problema é erotizar a personagem, com planos q vão ressaltar suas curvas, seios, pernas entre outros, o filme faz exatamente isso.
@@thiagobruno2992 Erotizar a personagem serve justamente pra intenção do filme de mostrar que a natureza é exuberante. Quem tá reclamando disso é porque não entendeu o filme, simples.
@@BraziloCeaFort se fosse somente a mãe tratada de maneira sensual no filme seria uma coisa a se pensar, mas olhando com atenção não é o que acontece. Isso é algo que se repete muito hoje em dia, se tornou natural e por isso fingimos não ver pois parece normal demais aos nossos olhos. Na cena em que ele parte pra cima dela com violência mesmo ela dizendo que não quer e logo após se entrega a ele, seria uma alegoria a natureza gostando de ser abusada? Mais do que as mensagens claras e expositivas o filme quer nos mostrar algo mais. Cada obra tem a impressão de seu criador, mesmo muitas vezes sem ter consciência do motivos de ter feito algo de tal maneira, está no subconsciente de cada um.
Quando foi perguntado "como retratar e expor um relacionamento abusivo sem reforçar esses mesmos valores?" eu jurei que ia ser dito "Pra responder isso eu tive que subir a montanha mais alta e falar com a mulher mais sábia
Concordo com sua analise e ainda digo mais, a primeira hora do filme é bem interessante e consegue fazer a gente sentir na pele como é a vida de uma mulher nesse tipo de relacionamento tóxico e tem um suspense bacana também. A segunda metade é horrível, da pra ver claramente o diretor se perdendo em sua própria arrogância e esfregando na nossa cara um exagero de simbologias e exposições desnecessárias para parecer que é um filme mais inteligente do que é.
Não sei se concordo com tudo mas foi muito bom ter um um outro ponto de vista. Assistirei mais uma vez o filme e vou levar em consideração seus pontos. Grata por mais esse vídeo :)
Ele não é líder, ele não toma a frente pelos outros, ele deixa sua mulher ser abusada e seu filho ser assassinado, ele não faz nada pra proteger ninguém. Igual a realidade.
@@gabrielmirandabrasil9637 Deus é o ápice do ápice, justamente por isso é que ele não dar a mínima para você, sua vida é descartável, se você morrer em nada ele vai sentir, ele não sofre, você dedica a vida a ela e ele não se importa com você, afinal você não é ninguém. Ele vê toda a humanidade como um bando de ze ninguéns. Ele não é bom pelas atrocidades que ele aprova ou defende, como estupro ou escravidão por exemplo. Motivos para demonstrar o quão deus não é bom são inúmeros
Deus não existe pa ser "bom" ou pra vc compreender, ele tá acima do bem e mau não existe bem e mau só existe o lado de Deus e os outros, só prevalece os que o seguem a ele, nem o diabo é do mau até ele está acima disso
@@serperiorsserpetare3930 Bom, acreditar em Deus é uma escolha. Mas... ele não quer que sejamos robôs. Tudo o que acontece são consequências. Ele permite certas coisas justamente por deixar as coisas seguirem o seu curso, ele não quer ser o professor que pega na mão do aluno pra escrever as coisas corretamente, ele deixa o aluno fazer as coisas sozinhos e arcar com as consequências. Muitas pessoas vivem a vida inteira sem notar ele, ou sem dar atenção, mas quando ocorre algo por mais que não seja culpa da pessoa mas se outro ser humano maldoso, procuram culpar Deus. Eu não passo de ninguém para defender ou conseguir defender Deus, mas essa é mais uma opinião. ^^
A questão é “mother!” ser uma grande hipérbole indigesta. Um absurdo inspirado na “história do mundo”. Essa história horrenda se aproxima mais da nossa aversão e nojo. Por que será que o filme foi um fracasso comercial? Pessoas saíam das sessões aos 20min de exibição. Eu acho que críticas muito sutis são as que mais perpetuam as problemáticas nelas inseridas, em termos de cinema. Aronosfky optou por essa abordagem pesada e espalhafatosa, chocante - um perigo, mas funciona. Talvez não por completo, como toda crítica social corre risco, mas consegue. É algo que não apenas nos incomoda nas nossas poltronas, é algo que nos toca profundamente, revolta e nos expulsa da sessão. Muita gente detesta “mother!” justamente pelo retrato abusivo. Muita gente destesta “mother!” analisando a crítica por trás disso. Muita gente detesta ainda mais que tenha sido usado alegoria religiosa como fundo de tudo. Toca feridas sabe? Fere instituições, e por aí vai. Então, acho que valeu de algo, por mais insano que tenha sido o desenvolvimento e reação. Pra mim, “mother!” soa mais como um BASTA do que uma referência a ser seguida/perpetuada. Não é nada belo ou utópico. Não é perdoável, não é romantizado. É a própria desgraça da humanidade e do mundo.
pois é... foi bem arriscado na verdade. mother! é um filme cheio de camadas, merece uma crítica beeem melhor. na realidade até hoje vi poucas críticas bem construídas/fundamentadas sobre o filme.
Siiiiiiim! essa é exatamente a minha definição sobre o filme, me lembro de quando eu assisti o filme eu conseguia sentir tudo que a mother sentia e a minha vontade era realmente dizer CHEGA!
Ótimo vídeo, apesar de não concordar em quase nada. (Risos) Acredito o que eu discordei mais foi com o que você disse sobre a retratação da Mulher que o Aronofsky. Na minha visão como mulher, o grande ponto foi mostrar (principalmente na Bíblia), como as que não sofreram na mão dos homens, foram extremamente sexualizadas, até quando não existia isso (A cena que Eva critica as roupas da Mãe mostra bem isso). E outro ponto, é que nem todo mundo é conhecedor de cinema. Achar que o filme subestima o público é achar que todo mundo pega referências e alegorias de primeira. Conversei com bastante gente pra fazer um vídeo sobre o filme que acabou não saindo, e muitas delas demoraram um pouco ou tiveram que procurar mais sobre pra entender. Tem vários outros pontos, mas isso só se sentar pra tomar um café ou um chopp pra discutir. Mais uma ótima essay, como sempre. Abraços, Thaís.
Sim, sim, eu entendo que tem uma intenção de crítica ali. Mas usar a mulher como escada pra ela ainda é um problema, tipo, ter uma mulher deitada em um enquadramento de baixo pra cima com os peitos aparecendo e balançando de forma agressiva (enquanto apanha) é o fetiche de muita gente, só olhar as tags de qualquer pornô. Então de alguma forma ele se aproveita desse fetiche e realiza ele, perpetuando esse tipo de postura bem merda.
Claro, acredito que é o tipo de crítica que pode ser encarada de maneiras diferentes, inclusive discuti com a pessoa que escreveu esse comentário (tivemos opiniões parecidas) quando vimos o filme, e esse foi um tópico recorrente: Até que ponto vai uma crítica quando ela deixa de ser uma crítica. Infelizmente a gente vive numa sociedade que uma crítica ou qualquer coisa pode ser sexualizado. Talvez o grande objetivo de chocar de maneira tão escancarada tenha sido esse, mostrar pra quem gosta desses absurdos o quão é absurdo. Talvez tenha sido usar a mulher ainda mais como bode expiatório, sendo sofrer por sofrer. Mas só de causar todo esse debate, já acredito ser uma obra a ser admirada. Estamos vivendo numa era que a informação e a profundidade dele é cada vez mais irrelevante, e filmes como esse tendem a acender um pouco mais isso. E também concordo com a Thaís que essa é uma ótima dissertação. Seu canal sempre foi uma grande inspiração pro nosso, então continue sempre com o bom trabalho e a não ter medo de ter opiniões diferentes (porque esses são os mais legais). Forte abraço, Vítor.
Isso ser "fetiche de muita gente" é problema dessas pessoas, não do filme. A intenção do diretor foi enquadrar a cena de forma a causar incômodo e mostrar vulnerabilidade, colocando o espectador próximo do personagem ao qual ele vem construindo empatia, e ele atinge o efeito desejado. Se alguém realmente se sentiu excitado durante a cena, isso é a visão distorcida de mundo da própria pessoa, e isso não mudaria se o filme fosse dirigido de outra maneira. De forma alguma foi intenção explorar um fetiche, e fica claro desde o início que incômodo e a principal sensção que o filme quer causar (além do mais, a nudez é tão momentânea que fica ainda mais dificíl a comparação a pornôs de fetiche, se piscar, perdeu). Eu gosto muito do canal, mas não consigo enxergar essa afirmação a respeito da cena como crítica válida, mas como um questionamento de uma visão artística do diretor tomada com base no que ele acreditava ser o mais adequado para passar a mensagem da cena de forma efetiva, e a base desse questionamento é muito arbitrária, muito subjetiva, e parte de uma interpretação que com certeza não foi a intencionada pelos envolvidos. Ao meu ver, esse tipo de questionamento está mais longe do espectro crítico e muito mais perto do espectro da censura.
CDFs mãe é a mulher de Deus, fica óbvio na hr do velório onde dao a palavra a ela, e tbm qndo Caim diz vc me entende, pq ela é a mãe dele por isso ela entende ele!
Acho que é uma critica feita por cima de uma pré opinião, onde da p perceber que fez conclusões de forma muito propia e imparcial, como se a forma com que o diretor devesse se tratar de algum assunto de modo padronizado. Acredito que chegou a conclusao em relaçao a feminilidade com a mesma intenção que o diretor quis denunciar no filme.
Acho que não abordei nada que não tá objetivamente acontecendo ali no filme, mesmo que a proposta da crítica seja outra. Então não é nada tão absolutamente próprio assim, ainda que beleza, é sobre as coisas que eu quero e acho relevante serem faladas.
A delicia do quadro em branco é vê um vídeo, discordar dele, pensar de novo, concordar com ele, pensar mais uma vez e discordar e repetir esse ciclo até que sua visão da obra atinja um patamar muito mais amplo que antes do vídeo, mesmo que no final das contas você mantenha sua opinião.
Olá, primeiro queria parabenizá-lo pelo canal. O Quando em Branco é excelente. Sem dúvidas, um dos melhores canais brasileiros. Fico aguardando cada vídeo com ansiedade. É sempre um prazer assistir você. Além da competência técnica indiscutível de seus vídeos, o conteúdo, e isso é o mais importante, é muito bom. Okay, agora vamos ao assunto de seu vídeo. Vejo vários problemas na sua tese. O filme faz uma transição entre dois tipos de cinema de maneira orgânica: do cinema de prosa para o cinema de poesia. Com o termo cinema de prosa quero me referir aos filmes que se propõem a acontecerem em sua própria literalidade, isto é, nesses filmes, o que está acontecendo em tela é o próprio foco narrativo, a história em si é fim e meio. Não há necessidade de uma interpretação. E com cinema de poesia, como você já deve imaginar, estabelece-se na antítese do conceito anterior, precisando de uma interpretação pessoal para que o filme se torne completo. Em dado momento do filme, você diz: "A verdade é que não dá para tirar mais dali do que cada coisa objetivamente representa". E depois disso você traz partes do filme para defender a tese de que cada elemento não diz nada além do que ele representa em termos alegóricos. Por exemplo, o homem que, na verdade, é Adão, o bebê, que é jesus. Ai temos um problema infantil no que diz respeito aos aspectos narratológicos de uma obra. Você confunde identificação de alegoria com interpretação. Isso é bem grave, e acaba por malograr seu ponto de vista. Em "Revolução dos Bichos", de George Orwell, por exemplo, a interpretação final do livro não se resume ao fato de o porco velho representa, de alguma forma, Karl Marx. Nem que o personagem "x" remeta à figura histórica "y". Isso é apenas identificar alegorias. Só isso. A interpretação, de fato, vai para além desse aspecto. O significado da obra, de maneira nenhuma, é a ideia de que cada animal representa uma pessoa importante da Revolução Russa. Dizer isso é uma forma de debilidade hermenêutica. O livro está preocupado, na verdade, em dissertar acerca da corrupção humana, que é fértil até nos contextos em que tal corrupção é massivamente criticada. "Revolução dos Bichos" é um relato da desilusão. Da mesma forma, "mother!", sendo uma narrativa alegórica, não se resume ao exercício de identificação "ah, aquele é Adão, aquela é eva". Vejo que o filme, para além da discussão cultural sobre o patriarcado mitologicamente estabelecido, pauta-se em representar uma perspectiva teológica diante de duas divindades de igual dignidade, uma transcendente (o poeta) e outra imanente (mãe). O Darren Aronofsky é muito influenciado pela literatura mística, em especial pela Cabala, vertente mística do Judaísmo, e pela Gnose, vertente mística do Cristianismo. Nesse sentido, assim como "Noé", "Pi" e "Fonte da Vida", em "mother!" diretor traz esse repertório. É muito interessante como ele emprega à mãe um caráter panteísta no sentido Spinozista, situando-a, por exemplo, no tempo, já que ela pertence à imanência e, por isso, está imersa na lógica cíclica do Devir, enquanto o poeta, por ser transcendente, apenas se revela na existência, tendo consciência de que sua substância não está contida no espaço-tempo. Mas, ao contrário do que normalmente identificam, o poeta não é exatamente Deus, pensando Deus a partir de uma noção ortodoxa. O poeta é uma espécie de Demiurgo vaidoso, que funda sua prole de admiradores no que vulgarmente chamamos de existência. O filme confronta a ideologia mítica da ortodoxia Cristã com suas seitas heréticas, percebendo, genialmente, que essa mesmas seitas, há dois mil anos atrás, carregavam consigo ideias que estabeleceram sua supremacia somente no século XX. A modernidade é profundamente Gnóstica. Caso queira mais da minha interpretação, sugiro que entre com contato comigo, porque eu não vou escrever um texto mais detalhado sobre o que eu enxerguei, porque é muita coisa. Prefiro mandar áudio. Quanto à sua acusação moral ao fato de que o cineasta representou "um relacionamento abusivo", não consigo em pensar nada mais nocivo à arte. "Até onde é saudável mostrar um relacionamento abusivo em um filme?" Sinceramente, não vejo muita diferença entre o que você diz e o que o MBL disse à respeito do Queermuseu. Vocês dois partem de um conceito de arte degenerada do ponto de vista moral. A diferença é que seus valores estão ao espectro da esquerda e os dele ao espectro da direita. Talvez os maiores inimigos da arte sejam os moralistas. Isso me faz lembrar, por exemplo, as acusações morais feitas ao movimento cinematográfico que trouxe o modernismo para a sétima arte. No final da década de 50, um grupo de cineastas queriam representar a sexualidade e a violência de maneira mais evidente. Esse movimento ficou conhecido como Nouvelle Vague, e ele chega em Hollywood sob a forma de "Bonnie e Clyde" e "A Primeira Noite de um Homem". As pessoas se perguntavam: "até que ponto é saudável representar a violência?" O Tarantino sofre com essas perguntas até hoje, muito porque, de certa forma, ele é herdeiro da ideologia estética da Nouvelle Vague. Agora vamos à outra questão. O desenho Rick and Morty, que eu adoro, representa um avó degenerado que corrompe seus netos e que não se importa a existência da maioria das pessoas. O desenho, constantemente, faz piada da desgraça alheia. Coloca situações trágicas como engraçadas. Em dado momento no primeiro episódio, o avó manda o neto matar uma forma vida sob a justificativa de que ele simplesmente não respeita aquele ser. Banalização da violência? E Breaking Bad (que eu também amo)? É o cúmulo da degeneração. Novamente, uma banalização da violência. A arte, principalmente do século XX em diante, pautou-se em evidencias essas questões. Acusar o "mother!" de representar um relacionamento abusivo, dizendo que isso é perigoso é um tanto hipócrita. Pense. É condenável mostrar um relacionamento que você identificou como abusivo, mas representa, exaustivamente, a violência, tudo bem? Pegue a lista da Wikipedia de filmes com maior bilheteria, você vai ver que os mais assistidos tratam de questões imorais, por exemplo, o assassinato. Pegue agora a lista de melhores filmes feita pelos críticos de Chicago. De novo, o mesmo resultado. Sinceramente, quando um entusiasta da arte se vale de um puritanismo e passa a criticar a arte por considerar que determinada representação é imoral, ele cai em um paradoxo. Voltando à discussão acima, talvez o problema de "mother!" seja o grande problema de todas as narrativas alegóricas, que são constantemente atacadas partindo do mesmo argumento que o seu. Nesse sentido, há uma questão amplamente debatida quando se trata de uma obra alegórica: tais obras são, geralmente, herméticas. Não é possível enxergar a minha interpretação desconhecendo os estudos da "Religião Comparada" e a tradição filosófica. Acredito que é válida a perspectiva que tentar colocar em xeque essa modalidade narrativa, e você pode trazer isso, mas dizer que o "mother!" é um filme vazio apenas porque você talvez não tenha repertório suficiente para interpretá-lo ou porque você não conseguiu tirar nenhum significado e se limitou apenas a identificar alegorias assim como a esmagadora maioria dos youtubers que você criticou no início do vídeo, com todo o respeito, é uma perspectiva leviana e simplista.
Acho que o argumento já vacila quando tu cita o queermuseum. Tipo, a intenção lá é muito mais bem resolvida quanto a criticar e negar as agressões e opressões retratadas ali. No filme, ele quase justifica elas. E o que eu quero dizer com só achar as metáforas, é que o lance da costela de Adão por exemplo, nem mesmo tem efeito narrativo. Se vale realmente só da identificação, e por isso destaquei. Alguns outros exemplos levam à outros comentários, como as outras pessoas da casa, mas é nesse momento que começam a surgir mais agressões que o filme perpetua na medida que glamuriza e normaliza elas - não apenas retratando. Aí o filme tem mais a dizer, mas bom, é sintoma do problema maior que ele quer transbordar. O problema não é o quanto ele tem a dizer (apesar de eu achar que não é lá muita coisa), mas COMO ele diz.
Neste assunto, a polêmica do queermuseum é completamente pertinente. A diferença entre o que você disse sobre o "mother!" e o que as pessoas da direita disseram sobre o queermuseum se diferem enquanto julgamentos estabelecidos a partir de um sistema de valores diametralmente opostos, mas se aproximam na medida em que ambos submetem a arte à uma hermenêutica paranoica e puritana a partir de espectros políticos polarizados. Tão absurdo quanto dizer que os quadros do queermuseum são apologias à zoofilia e à pedofilia é dizer que os cartazes de "X-men" e "mother!" são apologias ao feminicídio (assim como fizeram várias pessoas à esquerda) por estamparem o rosto da Jennifer Lawrence surrado. No seu comentário, você diz que o diretor "quase justifica elas", referindo-se às agressões. Neste momento, você confunde, assim como confundiu identificação de alegorias com interpretação narrativa, representação artística e apologia. E foi exatamente isso que as pessoas mais reacionárias fizeram. Por isso eu digo que o comentário sobre o queermuseum é pertinente. Sei que você não está dizendo que o filme faz exatamente uma apologia, mas, pelo seu comentário, você sugere que ele se aproxima disso pela forma como narra, ainda que esta não seja a verdadeira intenção do diretor. Mas essa é uma interpretação sua, assim como é a interpretação de centenas de sulistas que olharam para o quadro de um homem fazendo sexo com um animal e chegaram a conclusão de que, ali, havia uma apologia à zoofilia, ou quase isso. E, para mim, as duas posições se equivocam ao confundirem, repito, representação e apologia. A arte é livre. Essa polêmica que você está levantando me lembra a recepção ao filme "Laranja Mecânica" de Stanley Kubrick. Nesse filme, há, evidentemente, cenas de estupro explícito e de violência gráfica. Melhor, ultraviolência gráfica. Consegue imaginar como o longa foi recebido? Disseram que ele era degenerado e doente. Inclusive, o grande crítico do cinema norte americano, Roger Ebert, acusou o filme de ser completamente imoralista na época, perspectiva esta que ele reviu anos depois. O filme foi proibido em vários países porque, segundo o debate público, ele poderia incentivar a violência e o estupro. Hegel parece estar, de alguma forma, certo: o tempo é cíclico. Mudam-se os objetos, mas permanecem as polêmicas. Essa nossa discussão é apenas uma variação do antigo confronto entre moral e arte, prevista já nos textos de Platão, há dois mil e quinhentos anos atrás.
Sobre a cena da pia, eis a questão: Depois de recusar 2 vezes o figurante, a crítica já estava realmente feita? Hmm qual crítica, hein? Porque se por um acaso a intenção foi retratar criticamente o assédio/abuso à mulher, machismo/misoginia, tenho certeza que a resposta de saída do figurante foi o ponto crucial. Será que na realidade basta que a mulher recuse quantas vezes quiser? O que ela ganha pela negação? O desrespeito? A ofensa? A violência? Sim? E para nós espectadores, basta se incomodar/sentir um desconforto com uma crítica leve? Pra mim, mother! acerta em cheio com as cenas chocantes (não meros exageros ou estilos, mas retratos fiéis das capacidades humanas mais bizarras), que estapeiam a nossa cara.
Fora que, apesar de ter gostado muito do vídeo, ele voltou muito as críticas à lados que eu, como espectador, não senti que era o real intuito do diretor. O filme se sustenta justamente nesse grotesco, nesse exagero, no desconforto proposital por conta de como a religiosidade se propaga, e isso pra mim é o que torna esse filme genial.
Concordo. Achei muito prepotente da parte dele falar sobre como a violência contra a mulher já estava explícita. Queria que fosse verdade que, uma mulher ao negar duas vezes, pode seguir com sua vida porque o macho vai aceitar. Ele não tem nem espaço de fala pra esse comentário em específico. Parei o vídeo aí
Vitória Rosa Realmente é a questão do lugar de fala. Achei o filme sensacional, a forma que tudo é retratado no filme e o quão cruel e perverso é, e depois ver essa análise pedindo para que tivesse sido "suavizado" por já ter sido entendido chega a ser piada.
Falando sobre a parte do se vender como inteligente mas n ser (concordo mt com isso kkk) vc n acha q isto já é uma tendência tbm ? Por exemplo : fui reassitir Rick and morthy e percebi uma coisa : pera isso n é tão inteligente assim as pessoas tão exagerando mt kkk, vc concorda cmg? Q esse coisa de se vender como inteligente seria mais um lógica do mercado do tipo : tome se satisfaça se sentindo "inteligente" , vc concorda ou acha q peguei um viagem loka aqui???
nossa, eu paro pra pensar nisso tbm. Com certeza muita coisa é vendida como um pseudo inteligente pra alimentar o ego das pessoas, é uma forma tendenciosa sim
Antes de reclamar da cena da 'mãe' sendo espancada, lembra que tem a do bebê quebrando o pescoço, e que tu repete ela umas três vezes nesse vídeo. Esse um filme para mostrar as mazelas da humanidade, dentre elas a forma como a mulher é tratada pela sociedade ao longo da história. Sempre existiu a liberdade narrativa para tratar de temas como depressão, suicídio, violência e outros das mais variadas formas possíveis (desde documentários até filmes de humor) e isso é importante pra caramba pra arte. Mesmo que cause incomodo e seja trigger pra alguns.
Cara eu adoro seus vídeos e são uma inspiração pra mim mas eu acho que nesse você perdeu muito o ponto do filme. As cenas que você diz serem uma "glorificação" do machismo são o exato oposto. Não é para o público se identificar ou mesmo justificar os atos de Javier, e sim perceber o quanto ele é manipulador, egoísta e machista. Dá para usar "mãe!" como uma reflexão sobre relacionamento abusivo mas em como é destrutivo. Mesmo no final quando ela ainda mostra que ama ele se reforça como é degradante para ela, a qual está literalmente morrendo e diz "Você não me ama, você ama o meu amor por você" mas não é uma romantizado, não é recíproco, não é bonito de se ver, só mostra o quanto Ele é manipulador e que não liga para ela tanto que logo que ela se vai ele a substitui com outra. Várias coisas que você achou ruim como o valor de choque para fazer o filme ser um blockbuster é o completo oposto do que você chegou a conclusão. Falar que o filme tenta ser um blockbuster de ação inclusive é o completo oposto do que esse filme foi feito pra ser. Claro que a pia quebra muito mais do que só ela, é uma analogia ao dilúvio mas também sobre como as pessoas insistem em domar a natureza e ignorar seus sinais. É por isso que a personagem é agredida o tempo inteiro pelos humanos, seja xingando ela, desobedecendo etc Sobre o bebê: "Então Jesus lhes disse: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. João 6:53" Pois fica bem mais difícil ver que Jesus deu sua carne quando é mostrado literalmente não é mesmo? E é esse o objetivo do filme, ver que o que as pessoas tanto romantizam e acham bonito de se ver na realidade é algo bruto, violento. O choque não vem de graça, todos eles são impactantes pq a metáfora é algo que dá para relacionar com a história da humanidade em si e todos são paralelos com a bíblia mas de forma crua, não são postos em um pedestal como a religião traz.
Eu não disse que ele glorifica, disse que ele glamuriza. Meu problema não é com o que o filme quer dizer ou diz, mas com COMO ele faz isso, e como isso contribuir pra perpetuar várias posturas escrotas por aí, inclusive algumas que o próprio filme pretende criticar.
É por isso que eu amo o canal: eu discordo com quase tudo da sua análise mas ela me fez muito bem por mostrar pontos diferentes e e tao bem explicados. Ótimo vídeo
Conheço o canal de vocês a pouco tempo, mas nossa, estou encantada com as análises de vocês. Cada vídeo melhor do que o outro, da pra ver que vocês pesquisam mesmo a fundo cada um dos conceitos. A equipe está de parabéns.
Nossa, finalmente alguém falou exatamente o que eu achei! Mas eu ainda acho que você pode surpreender e amadurecer o canal fazendo um vídeo sobre o seu próprio canal, porque, infelizmente, muitos dos seus seguidores passam a te enxergar como o Rick and Morty, e, dessa forma, poder revolucionar a estética que utiliza atualmente.
Aah cara, curto seu canal, mas nessa vou discordar. Primeiro acho muito presunçoso assumir que todas as metáforas relacionadas à Bíblia são facilmente percebidas, pessoas assistem filmes de diferentes maneiras, entendem de diferentes maneiras. Aí eu acho o mérito do diretor, ele constrói a história de uma maneira inicialmente confusa que gradativamente vai ficando clara. Esse é o mérito do filme. Agora entendo sua frustração ao dizer que ela é unilateral demais, muito fácil. Aí está o demérito, só tem graça da primeira vez. Não tem espaço para segundas interpretações.
Isso! O que eu quis dizer mesmo foi que a partir do momento em que ela é unilateral, o único esforço é em "descobrir". Não realiza muito mais do que isso, saca?
Ângelo Antônio é ridiculamente óbvio todo o argumento bíblico. O diretor foi presunçoso de se achar um gênio e enviou uma cartilha explicando o filme à imprensa e foi devidamente debochado por isso.
Eu acho que o maior problema do filme na verdade é ser usado quase somente como uma metáfora , a narrativa vira só um veiculo pras criticas e alegorias do filme , que não tem sutileza quase que alguma ( o que não torna elas fáceis de perceber só que elas só tem espaço pra uma interpretação e se você não entendeu se fudeu , aquela cena perdeu todo o sentido pra você) e dai tira todo o propósito de o filme ter uma "história" seria mais fácil escrever todas as críticas numa folha de papel e dar pra pessoa ler ao invés de ver o filme , porque o fato aquilo estar contido numa história no formato de filme não tem quase propósito nenhum.
*cara fiquei de cara com esse incrível trabalho seu, muito fluído e ótimas explicação e comparações* parabéns ótimo canal ahh e esse final sensacional!
O erro está em achar q alegoria por alegoria é ruim. A obra não é arrogante, ela justamente é obvia por obvia e essa é a beleza dela. O coração dela está em não tentar ser inteligente ou desfaçar suas alegorias, q em outras obras pode sim ser uma boa escolha esconder, mas nesse caso não. Já q a ideia do filme é vc inicialmente se sentir perdido em uma historia a qual vc ñ sabe sobre oq é, até q ela te da uma ponta q com isso vc puxa todo o resto, a partir dai vc simplesmente aproveita as criticas q o filme faz. Esperar q a obra esconda e seja pouco obvia é um erro, pois isso não faria o menor sentido. Porque ela te esconderia essas coisas se obviamente vc já entendeu? Em relação a destruição vazia: ela é vazia pq é para ser vazia, o exagero desacerbado é bem obvio para chocar. Dizer q é um problema um filme q faz com q o publico fique chocado, ou até mesmo perdido em meio a um exagero (uma parede caindo por causa de uma simples pia) é outro grande erro. A ideia é chocar, e isso é mt bem alcançado pela destruição vazia. O filme está errado em usar as cartas que tem para chocar? Obvio q não. Varias outras coisas sobre o vídeo eu descordo, mas essas me tocaram um pouco mais forte. Nem toda obra precisa ser uma alegoria desfaçada, o filme nem msm tenta isso, o problema estaria se ele tentasse. O problema de fazer uma critica a proposta d qualquer obra é q muito provavelmente vc vai cair no q é a ideia dela, e não no q é o problema dela. No mais gosto do seu canal e foi um bom video!
Nick concordo totalmente. Quando vi pela primeira vez (sendo bem desligada do cristianismo),eu foquei mt mais na mãe e nas relações ali. Então algumas das coisas que ele disse sobre ela eu concordo. Mas acho que msm ele sexualizando ela mais do que devia, em vários momentos fiquei orgulhosa dele não ter feito. Como na cena do banho em que ela está grávida. O filme segue tanto o rosto dela, que a gnt fica preso nesse desconforto do personagem. Mas quando assisti como alegoria, é exatamente o que vc disse. A violência é vazia pq na vida ela tb é. A visão de deus é mt boa, pra mim é o ponto alto.
Nick Exatamente. É preciso analisar sob a ótica da proposta trazida na obra. E o exagero, a metáfora etc. são os elementos principais de composição do filme. Essa é a sua linguagem!
Eu só encontrei esse vídeo só agora, mas ele é TUDO que eu sempre falei. Sinceramente, nessa cena dela apanhando eu gritava no cinema de indignação pq essa cena no fim não significa NADA que já não tenha sido mostrado. E quando o filme acaba é PÉSSIMO pq nem uma sensação de consequência pro personagem do Javier Barden tem, é tudo simplesmente vazio. Você resumiu: é um fetiche do Darren
Acompanho o canal há algum tempo e esse é o primeiro vídeo que não concordo em quase nada. Achei a sugestão de filmes no final totalmente desconexa. Muita coisa no filme Mãe que justificam as cenas criticadas foram deixadas de lado. A obra se propõe pela alegoria e crítica incômoda, praticamente uma conversa direta com o espectador, se vc não entrar nessa vibe, é claro que vai parecer tudo gratuito. Sem contar no fato de um blockbuster precisar encontrar aquele meio termo entre mensagem e forma para poder se pagar, questão que foi totalmente ignorada. Enfim, toda a argumentação do vídeo é válida e bem escrita como sempre - mas acho que a premissa está equivocada. Me soou mais arrogante e intelectualóide do que lúcido como nos outros vídeos. Quase como se você sentisse a necessidade de falar mal de algo para variar um pouco os temas.
Ah, todos os exemplos do final são de coisas que eu adoro e queria falar sobre, não era na intenção de mudar algo à respeito do mãe. Esse eu só acho um mal exemplo mesmo, dentro de toda argumentação que eu usei sobre esses aspectos específicos do filme
Admirada ainda mais pelo trabalho que vocês entregam aos vídeos, e sempre com um conteúdo diferenciado, e ainda melhor esse possuindo um ponto de vista trabalhado. Parabéns pela jornada, e que venham mais vitórias. Não parem com o bom trabalho!
Falando com todo o respeito, eu sinto mais arrogância vinda de você do que do Aranofsky quando tenta dizer o que pode e o que não pode na arte. Concordo que em alguns momentos o filme peca pelo excesso, como na cena final que ele acaba explicando tudo verborragicamente, mas o erro é seu ao colocar que expor uma ação é reafirmá-la. Você desconsidera o fator provocativo e incomodo (propositalmente) da ação. Parou pra pensar que nesses momentos (ou durante simplesmente todo o filme) o objetivo do Aranofsky é deixar as pessoas realmente agoniadas e incomodadas? Parou pra pensar que o que é óbvio pra você pode não ser pra outros espectadores? É uma questão de background pessoal... muita gente não entendeu de cara Adão e Eva, Caim e Abel, A marca de sangue na terra, As pragas, O dilúvio, etc.... Enfim, amigo, arte não precisa ser panfletária. Não concordo nem um pouco que coisa X ou Y não pode ser retratada porque reforça situações. É uma questão de construção de sentido. Colocar em patamar de abusivo um filme tão autêntico porque você acha que as cenas de violência contra a personagem são fora de tom não faz sentido, o tom do filme é justamente incomodar através do absurdo, é expor para sociedade um retrato dela mesma. Acho que o filme é bem sucedido em todas as críticas que faz, a mensagem é alcançada da melhor forma: aberta para interpretações. O filme permite que você olhe de uma perspectiva religiosa, através das metáforas bíblicas; diria cósmica e mística através da perspectiva hermética de relação de poder entre a Mãe e O Poeta; também social, através da relação de todos os personagens entre si. Fica claro desde o início que ninguém dá voz a Mãe, nem mesmo o próprio Poeta, que pode ser visto como a alienação religiosa que idolatra um deus egocêntrico e vaidoso mas não tem cuidado algum com seu reino. Não é simplesmente e somente "ninguém respeita ela, olha a crítica ao machismo aí". Se fosse apenas isso aí sim seria mastigado e panfletário e dispensável. Talvez você não tenha gostado porque perdeu tempo focando em certos aspectos e deixando outros passarem despercebidos. Até mesmo crísticas técnicas feitas no vídeo como a cena do parto e a luz branca eu discordo, porque estava com a atenção em outro aspecto, o que me dá um gancho pra falar sobre como eu acho genial o Aranofsky abrir mão de detalhes de continuidade que amarrariam a arte e são completamente dispensáveis na atmosfera de realismo fantástico que ele cria, por exemplo o fato da casa estar no meio do nada e ter eletricidade mesmo sem postes e cabos por perto, não haver estradas, trilhas e nem nada do tipo e as pessoas aparecerem e sumirem diante da casa, a criança nascer e não precisar cortar o cordão umbilical, etc... detalhes dispensáveis para o andamento do filme que o diretor com bastante destreza resolve não explicar. Não sei o quanto você sabia do filme quando assistiu, mas você já partiu do pressuposto errado de que é tudo muito óbvio, se foi pra você, pode ter estragado a sua experiência. Arte é emoção, é catarse. Você pode não gostar do filme por várias razões, mas não pode diminuir um trabalho a "abusivo" partindo de uma perspectiva que subestima a inteligência de quem assiste. Adoro o canal, adoro o trabalho de vocês, mas excepcionalmente nesse vídeo eu acho que você só cagou regra mesmo. Mas continuo acompanhando, espero que entenda minha opinião e esteja aberto a refletir ou debater.
Não é questão de impor limites, é de observar quando ele tá agredindo (ou perpetuando uma agressão, que seja) alguém, de forma real. Não falo da mulher apanhar no filme, falo do efeito social de COMO ela é retratada apanhando.
Mas o problema é que essa violência toda, justamente pela falta de crítica consistente e pouco válida em si própria, se torna vazia. Algo que o diretor acaba usando só pra chocar e para causar discussão já que o filme é muito raso. The Handmaids Tale mostra a violência contra a mulher de todas as formas e mostra como essa violência é estrutural, também, por meio de alegorias. Mas a violência não é fetichizada ou eroticizada. O estupro não é romântico ou carnal como em Mãe. É duro, automático e antisséptico, algo muito mais feio e perturbador. Mas não é explorado. Nao é gratuito. Tem uma justificativa e causa reflexão. E justamente por isso não choca tanto, mas te perturba por muito mais tempo...
Maria Paula , primeiramente que o filme está longe, muito longe, mas MUITO longe de ser raso. Você está partindo de um ponto de vista raso. O filme cria uma alegoria realista para alegorias bíblicas religiosas, no meio disso tudo ele crítica a relação da humanidade com a natureza e com Deus e expõe as relações de poder e estereótipos entre o feminino e o masculino segundo essa mitologia judaico cristã. Tudo isso de forma muito autêntica e SIM, chocante. Se isso é ser raso, eu to doido pra vocês me indicarem coisas mais profundas, e espero que você não esteja falando de The Handsmade Tales, que é uma ótima série, mas não dá pra comparar B com C. Essencialmente são produtos audiovisuais diferentes, com objetivos diferentes que partem de pontos de vistas e cenários diferentes. Só pra te mostrar uma pequena grande diferença, em THMT a crítica a religião e ao patriarcado parte da perspectiva de uma pessoa comum (uma mulher "fiel") para as estruturas de poder. Em Mãe a crítica parte do DIVINO para a HUMANIDADE. Consegue entender a diferença? Mais uma vez galera, arte não tem compromisso com o belo, arte pode ser sim grotesco e desprezível dependendo do objetivo e com certeza o objetivo do Aranofsky era chocar, incomodar para PROVOCAR, não reafirmar. É super compreensível que vc como mulher tenha se sentido incomodada com as cenas mais violentas com a personagem, questão de empatia. Mas isso não faz do filme abusivo, outras coisas fariam, não isso. O filme tem um objetivo bem definido.
Quadro em Branco , amigos, e o contexto? O contexto do filme tende ao expectador acreditar que quem comete a agressão está certo? Se não, não tem impacto social negativo algum. A violência é uma forma de expressão muito efetiva. Só o fato dessas cenas terem incomodado tanto você já é prova da efetividade da mensagem. Acho que o sentimento natural do filme é, primeiro sentir raiva do Poeta por não ouvir a Mãe, segundo, sentir raiva daquelas pessoas que chegam na casa e não respeitam a Mãe. A estereotipação das personagens femininas também é proposital já que a alegoria parte da mitologia judaico cristã. O filme é efetivo em fazer o espectador sentir raiva do Poeta (deus) e das pessoas que invadem a casa (humanidade), sendo assim eu acho que está longe de ser um "mal exemplo". A indignação sua é prova disso. Porque vc acredita que em outras pessoas o efeito foi outro? Em mim os efeitos foram esses, pelo menos.
Eu saí chorando que nem uma criança desse filme, de tenta emoção, seila... Foi algo muito particular pra mim. Eu tenho um grupo de rap e eu vi esse filme com os olhos de um escritor. O bebê pra mim é como se fosse a mensagem que o artista passa pro público. (SPOILER ALERT) Eu vi a mulher como a intuição, e o homem como alguém que perde seu valores e autenticidade artística para cativar a massa ou quem o ouve. Quando começam a maltratar o bebê e o matam, pra mim, o bebê representa esse mensagem pura, essa intuição e sensibilidade sendo destruída, jogada no lixo... Quando ele tirou de dentro da mulher (intuição) aquela 'pedra preciosa' seria pra mim, a restauração de sua mensagem, a oportunidade de fazer denovo, algo que venha da essência, depois de passar por aquele caos traumático. Vocês podem achar viagem mas foi uma das experiências mais intensas da minha vida com um filme. É o meu filme favorito, pelo impacto dessa mensagem, para mim.
Ambulant Cosmos Cara, que interpretação mais linda... Vc aproximou o jogo de metáforas do filme para a sua realidade artística pessoal. Imagino o quão emocionante deve ter sido. Devo dizer que peguei um pouco disso na cena em que o poeta deus termina o poema. A busca incessante pela inspiração e reconhecimento.
capra hircus Foi realmente muito intenso! Esse filme é uma obra de arte incrível, espiritual demais e cheio de detalhes. Essa parte do poema é realmente linda e real. Obrigado pela importância que deu ao meu comentário e por tirar um momento do seu dia pra comentar sobre. Muita paz pra você...
se vc levar em conta a metáfora do abuso da personagem e a degradação da natureza esse tratamento faz todo o sentido. A exposição dessas situações de forma chocante e revoltante só contribui para a transposição desses mesmos sentimentos à situação ambiental
Sim, sim, isso tá dito ali no vídeo. Mas usar uma mulher TEM UM EFEITO, e não dá pra considerar o lance da natureza alheio à isso. O vídeo é sobre esse feito.
Olha, toda a retratação da violência contra a mulher nesse filme tem uma conotação repulsiva; na minha opinião não há apologia já que em nenhum momento temos qualquer tipo de simpatia por essa situação. Inúmeras obras artísticas contém atitudes deploráveis como estupro e tortura, geralmente em tom de denúncia ou crítica. Aqui enxergo esse tipo de crítica tanto do ponto de vista literal (na violência contra aquela dona de casa, realidade que o expectador abomina o tempo todo) como, principalmente, na metáfora da natureza. Assim, não vejo um real efeito negativo uma vez q a obra expõe os maus tratos como algo terrível... mas respeito sua opinião.
Eu amo sua visão e seu senso crítico sobre os assuntos abordados, seus argumentos bem construídos e pensados de forma perfeita para nos fazer questionar e repensar idéias encrostadas em nossos mentes, são absolutamente admiráveis. Obrigada.
você verbalizou as mais diversas sensações que eu tive ao decorrer do filme mas não conseguia explicar. a verdade é que só assisti mesmo porque ele foi vendido como inteligente, mas enquanto eu caminhava nessa jornada, toda aquela analogia só me pareceu rasa e apresentada de maneira dolorosamente irresponsável. com certeza a intenção do filme não foi conscientizar ninguém, mas honestamente, também não deu nenhum material para reflexão, apesar das inúmeras metáforas. a única coisa que fez foi chocar mesmo. ah, a cruel humanidade e a condescendente mãe natureza! calm down, darren, we get it. ótimo vídeo, aliás.
Deveria mudar o título do vídeo para " O que eu vejo com um problemas do filme Moher" ou " O que eu acho problemático no filme Mother" Considere que existe uma chance de o que vc vê como problema não ser necessariamente isso..
@@QuadroemBrancoBlz Feministo, entendi... Esse lance de pegar o bonde da justiça social deve estar mesmo compensando pra audiência... Enquanto isso temas importantes são esvaziados pq o garotinho não considera interpretar uma obra de ficção
@@clarissebento1257 O filme é uma metáfora, Deus, bíblia, e a mulher parece ser a terra, que está sempre sendo invadida, desrespeitada etc e tal... A tal cena de estupro é uma alegoria, o ato sexual nem é exibindo em cena aberta( se fosse pra comparar, The handmades tale tem cenas bem mais problemáticas), enfim, pra mim faltou contexto na crítica. Não é uma normatização do estupro, é uma alegoria pra mostrar como estamos fecundado a terra, o que acontece na sequência do filme então... Assassinato de Recem nascido seguido de antropofagia... certeza que todos aqui TMB são contra, mas somos capazes de entender que, dentro de uma história completa, existe um porquê de aquilo ser retratado ali daquela forma, não é bonito, mas acho válido que mesmo as coisas desconfortáveis possam ser exibidas pra gente refletir honestamente sobre elas, sem floreios, pensando a parttir do que é realidade e não do que a gente gostaria que fosse. A gente sabe que não é qquer pessoa que tem paciência pra assistir um filme como esse, quem se der ao trabalho de ver até o fim vai pensar em alguma coisa além de uma cena específica.
Eu conheci esse canal semana passada, e estou muito muito feliz por isso. Não paro de assistir, é realmente muito rico, faz a gente pensar fora da caixinha, com conteúdos absurdamente validos! Por mais canais assim !!! Parabéns
Tá acontecendo a mesma coisa com o filme chamado " O poço", mesmo eu gostando dos videos e as teorias que esses(a) youtubers trazem, em diferente perspectivas! A maioria desses videso dão alegorias e informações que já foram faladas por outros youtubers! Que torna esses video na maioria das vezes "iguais". Parecendo que esses youtubers tá querendo entrar onda e na popularidade, em que o filme tá fazendo (que é muito bom por sinal!) Em ves da a sua opinião pro filme.
Mais uma vez, vocês aparecem com um ponto de vista diferente que eu nem tinha cogitado, vale a pena refletir e chegar as próprias conclusões. Muito obrigado por existirem!
Ainda não assisti o filme (apesar de já ter visto algumas críticas favoráveis e negativas a respeito) então não posso dizer muito sobre esse ponto. O que posso dizer é que esse foi um dos melhores, senão o melhor, vídeo que vi aqui no canal. Além de ter explicado tudo muito bem, você conseguiu associar sua visão sobre a obra e trazer à discussão um outro assunto real e importante. Talvez eu não concorde com alguns pontos, como uma certa “”censura”” da arte que você traz ao falar sobre uma limitação ou “higienização” da obra na hora de falar sobre alguns temas (creio que as vezes é preciso sim chocar e expor o espectador a sensações desagradáveis - o que ainda não posso falar se nesse caso isso é feito de forma correta). O que posso afirmar é que você me deixou com bastante vontade de ver o filme. ;)
Gosto muito de você, não vou deixar de ver seus vídeos nunca. Mas eu discordo muito de você, acho que o choque é contextualizado, já que o filme se trata, de maneira muito clara, sobre a humanidade e seu desenvolvimento.
"Eu sei que a intenção do Aronofsky, aparentemente, foi criticar uma condição social aqui: da mulher que é agredida e reprimida pela sociedade. Mas da forma que ele faz, ele ta simplesmente realizando um fetiche. Com a justificativa da crítica ele pode expor essa mulher, colocar ela numa posição de vulnerabilidade e entoar as piores palavras possíveis de ofensa. Tudo no enquadramento mais hipersexualizado possível." Esse parágrafo não faz o menor sentido. Primeiro você fala que sabe a intenção do diretor, depois explica qual era essa intenção com um "aparentemente" (você sabe ou não?) e depois você diz que ele só usa essa intenção como justificativa pra expor a mulher. Ou seja, a intenção foi criticar uma condição social, a intenção, aparentemente, foi criticar uma condição social ou a intenção foi expor a mulher? E por fim, você realmente acha que uma mulher deitada com os seios à mostra, vista de cima etc. é a posição mais hipersexualizada possível? "Mas quem dera esse fosse a maior das ofensas do vídeo." (^^) Não acho nada do filme tão perigoso quanto essa censura forçada da arte. Nem tão perigoso como acusar o diretor de misoginia, normalização do estupro, objetificação da mulher por fazer uma arte crítica. Ps: Não gostei nem um pouco do filme e concordo que é um filme, na melhor das hipóteses, pretensioso.
Não tem como fazer sentido se uma condição anula a outra. Ou você sabe que ele quis criticar uma condição social, ou você está deduzindo ("aparentemente") isso, ou ele usa essa crítica como justificativa pra expor a mulher. Mas, pela sua resposta, você quis dizer que ele tenta fazer uma crítica social e acaba, sem querer, expondo a mulher? (o que seria uma quarta opção) Ainda que e eu discorde das 4.
@@EpifaniaExperiencia "não tem como fazer sentido se uma condiçao anula a outra" Claro que tem. A realidade é mais criativa q nossa filosofia. Nela, se encontra variadas contradições.
Eu pensei em escrever uma opinião bem embasada que ao mesmo tempo concorda e discorda do vídeo. Mas ao mesmo tempo me perguntei se seria lido respondido pelo autor ou apenas seria ignorado. Então deixo apenas esse pensamento mostrando meu medo de ser ignorado. Parabéns. Curto muito seus vídeos e é o meu segundo canal favorito (ficando atrás somente de tralhas do jon).
Comentario do diretor sobre o filme : “Quis fazer um filme sobre a Mãe Natureza e como a tratamos”, contou num painel da SXSW ontem. “A forma como eu vejo a gente tratar a Mãe Natureza é completamente desrespeitosa. Nós violentamos ela, a estupramos, a chamamos de suja. Por isso Jennifer [Lawrence] interpretou a personagem daquela forma. Há muita emoção”. Aronofsky também confirmou as referências bíblicas e a representação de Javier Barden como Deus. “Eu olhei a Bíblia e vi como o Deus do velho testamento e descrito. Quando você pensa nesse Deus, se você não ora por ele, ele te mata. Que tipo de personagem faz isso? Para mim, isso foi sobre traduzir aquilo para uma emoção humana”.
5:45 SIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! 7:32 SIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Era isso que me incomodava e eu não sabia como dizer... Isso e a retratação da imagem de Deus que o diretor expôs. Mas, aí já é uma questão de opinião. Tenho uma relação de ódio e admiração pelo filme porque gosto da autenticidade, das técnicas... Mas, a mensagem.....
Exato, eu fico nesse lugar tênue também. Acho que o filme tem uma identidade bem forte, mas erra muito no efeito social que causa. Mais reprovo do que gosto, provavelmente.
Sobre sua pontuação em 7:32 . Por mim isso claramente também foi intenção do diretor. Muita gente interpreta que a bíblia coloca as mulheres nessa situação, como seres que causam o pecado, causam a luxúria. Foi óbvio que a intenção era mostrar Eva (ou seria Lilith?) como esse ser manipulador,
Ruan Rosetti Mother! não se trata de uma simples adaptação. Nessa obra, ele expõe suas opiniões. Podemos discutir sobre as questões levantadas pelo filme e intenção do diretor e também das técnicas do filme.
Então mano, eu tinha adotado o filme... Mas vc veio c um olhar bem diferente que por exemplo eu tive... Achei q os comentários feitos pelo diretor era BEEEEM crítico e pontual... Mas agora tô repensando todo esse meu olhar... Valeu o vídeo mano! 😉
Primeiro vídeo do canal que vejo e acho nada a ver. ¯\_(ツ)_/¯ Tudo bem, todo mundo erra as vezes. Problematizou demais e ficou patinando. É ainda mais irônico quando boa parte do vídeo crítica o filme por ser ~~fácil demais~~, uma ofensa ao intelecto do espectador, mas aí o vídeo é repleto de má interpretações da obra. Seria mais honesto dizer que não gostou, tem que saber dosar crítica com gosto pessoal, se não vira bagunça. De qualquer forma, parabéns pelo canal e pelo esforço. Segue o jogo... aheuhea
Cara, não é má interpretação. Eu comento no começo do vídeo que não vou me propor a explicar o filme, isso milhares de vídeos já fizeram. A interpretação sobre a representação da mulher é sobre coisas que OBJETIVAMENTE estão ali no filmes, mesmo com as outras intenções de comentários sociais e críticas do diretor.
Fantástico, eu assisti ao filme por indicação, o achei muito bem escrito mas algo no final me incomodou e agora vendo o vídeo me ajudou a refletir na falta de proposito das exposições, das cenas tão fortes e intensas que não chegam a conclusão alguma.
Cara, estou acompanhando seu projeto faz mt tempo e com certeza sou apaixonado por td teor intelectual, filosofico e o estilo incomparavelmente fluido de seus videos. De verdade ,parabéns, nunca tinha visto nd q se compare com sua habilidade de assimilação entre culturas, temas e outras formas de arte e filosofia. Continue com o bom trabalho, por favor, esse projeto está definitivamente mudando a forma de um adolescente ver o mundo. (Não se a quantas pessoas devo agradecer mas utilizei o singular nesse texto pra me referir a totalidade do projeto)
Achei o filme bom sim e nao concordei com quase nada q vc disse, apenas aquela cena q ele começa a agarrar ela com força e depois ela aceita achei meio pesada e incentivadora
também gostei muito do filme! (Foi um dos meus filmes favoritos de 2017) sinceramente achei que o quadro em branco tava encontrando cabelo em ovo, mas a cena de estupro foi desnecessária. poderia ser uma simples relação sexual.
Melhor crítica do filme, deveria ter um blog seu sobre obras de entretenimento pois sei que fazer vídeo pra tudo é pesado ou em um mundo no pretérito mais que perfeito um podcast
mano eu curto de mais seu canal, fico em branco com tanta informação, e esse pensamento que enxerga todos os lados da sociedade de uma forma materialista e humanista me trás muita inspiração. Parabéns cara sucesso e longa vida ao canal.
De fato o filme não é a maior obra de arte do século e, apesar de boa, foi muito superestimada, mas ainda assim gosto de ver um filme com uma pegada mais artística do que meramente comercial. Em Mother existem de fato muitos assuntos abordados, mas eu não vi nenhum aspecto machista no mesmo ou problemático (o que nos mostra o valor subjetivo do cinema). Acho legal haver diretoras e vi alguns dos filmes citados sem nem saber que eram mulheres que haviam feito, o que pra mim é ainda mais maravilhoso, pois mostra que por detrás das câmeras não há sexo, há um profissional/artista criando a sua obra. Na medida que você precisa de dizer "vá ver um filme dirigido por mulher" você tira todo crédito que a pessoa tem e atribui seu trabalho a seu sexo. Exatamente como foi feito anos atrás "vá pedir sua mãe pra passar a sua blusa menino". Vejam bona filmes, de bons diretores. P.S: a pia quebrar é uma alegoria ao dilúvio bíblico (por isso os constantes aviso, assim como os avisos de Noé).Da mesma forma a morte do bebê ser o sacrifício de Cristo, por isso o teor mais assombroso e chocante.
Eu discordaria com vontade, não fosse a última cena do filme. Nela tem uma concentração de exposição desnecessária, obviedades e, principalmente, o momento aonde a violência contra a Mãe (como mulher) é justificada e quase romantizada - ainda não acho q é 100% considerando que a mulher tá completamente carbonizada e não se sente bem com aquela decisão final dela. Não fosse essa cena final, eu conseguiria argumentar que o filme apenas retrata, de forma até meio cínica, os abusos do Homem (com e sem H maíusculo). Até porque eu acho q a primeira crítica - da obviedade - tira um pouco de peso da segunda, pois o esforço do diretor em deixar óbvia a alegoria bíblica é uma tentativa desesperada de desumanizar todo mundo no filme. A Mãe é só uma imagem, mas tudo no filme é, tudo nele é simbólico e as mudanças de conduta dos personagens prova que estamos acompanhando conceitos, não pessoas. É um filme extremamtente experimental (no sentido de ser um experimento do diretor, não de ser diferentão) e que serve mt bem como estudo de caso sobre vários aspectos técnicos e aspectos filosóficos do cinema, do valor de representações sem conclusões e sem "conteúdo"; e esse vídeo é um ótimo ponto para esta discussão. E, por causa da última cena, não posso discordar dos argumentos usados aqui. Obs: Achei meio triste xingar tanto a obviedade do filme considerando que a maioria das pessoas que conversei não entenderam de primeira, e alguns nem de segunda. Achei que era uma coisa do meu meio, mas os muitos "mother explained" provam que muita gente precisa de uma ajudinha pra sacar. Confesso que eu entendi só depois do Caim e Abel. Não sou nem o espertão nem o perdido hehehe
Façam um vídeo falando um pouco das histórias de vocês, de como foi começar o canal, seus gostos, etc. Por favoor Sei que não é o foco do canal, mas gostaria muito de saber mais sobre as pessoas envolvidas por trás dos vídeos, abraços. Canal tá foda
Bom, se entender o filme é o que algum dos canais aqui do RUclips disse sobre ele, eu provavelmente entendi, já que vi todos. Fiz uma abordagem diferente exatamente porque apesar de tudo que o filme pode querer dizer, ele OBJETIVAMENTE realiza os problemas que eu citei aqui.
Quadro em Branco Vc nao entendeu o que eu disse. "Nem todos entenderam o filme" mesmo ele usando algumas obviedades e tacando na cara do expectador, ainda assim ha quem o considera complexo, acho apenas que é um filme sem grandes extraordinários, com seus defeitos, mas não vi todo esse mimimi machista e etc. Uma vez que fala de alegorias como elas são
Eu discordo da maioria das coisas, mas achei bons os argumentos que vc pôs no vídeo, é uma crítica com bastante embasamento. Eu interpretei que é uma crítica a nós seres humanos, da nossa relação com a natureza, me fez pensar bastante nisso e no fanatismo religioso. O fato da protagonista sofrer abuso de todas as partes no filme inteiro é pq a relação do ser humano com a Natureza é essa, nós só tiramos, nós só "batemos" nela o tempo todo e não damos nada em troca, eu discordo quando dizem que o filme não é inteligente pq ele força vc a pensar sobre as questões por mais que vc não goste do filme. Pra mim funcionou perfeitamente, ainda mais por estarmos numa época em que os diretores tem cada vez mais medo de arriscar, é compreensível que muita gente tenha detestado ao filme, o próprio Aronofsky admitiu que esse filme não ía agradar todo mundo pq ele toca em temas bem delicados, inclusive senti falta disso no vídeo, algumas partes de entrevistas do Aronofsky falando sobre o filme, acho que enriqueceria mais o vídeo.
FINALMENTE!!! Alguém que não achou Mother! tudo aquilo glamuroso! Eu morria de raiva vendo a atriz sem personalidade, levada pelas ações alheias e principalmente o marido LITERALMENTE ignorando qualquer coisa que ela tenha pedido de forma muito egoísta, e ainda a fazendo se sentir péssima. Até falei pro meu namorado, meu acompanhante nessa assistida, que tava morrendo de vontade de dar uma bifa na cara de todo mundo. Na cara do marido porque é um abusador (e sinceramente aquela cena de estupro romantizado merecia uma mordida ou um chute nas bolas), na cara do "fã fanático" porque é muito folgado, e na família dele toda que fodeu a casa toda e também na Mãe que precisa parar de ser trouxa! PQP ainda tô com raiva desse filme. Isso quer dizer que ele me impressionou de alguma forma. Enfim, adorei seu trabalho comparando Mother com Batman a série animada, 50 tons (a história é meio fraca porque é adaptação de uma fanfic de crepúsculo) e Trama fantasma (que irei buscar assistir). Obrigada.
Vc conseguiu elucidar um pouco do meu incomodo com esse filme. No cinema, fiquei inquieta e não sabia explicar o porquê. Essa perspectiva, pra mim, se encaixa perfeitamente! Excelente vídeo! Parabéns!
Gosto muito do canal, mas discordo de diversos pontos abordados nesse vídeo e gostaria de pontuar algumas coisas a respeito: - Não penso que o filme ofenda a inteligência do espectador por ser óbvio demais, ele simplesmente não foi dirigido pensando em ser sutil ou trazer multiplicidade de interpretações pra cada elemento. Ele tenta ser bem direto e deixar claro seus aspectos fundamentais - Boa parte dos personagens são esteriotipados para fortalecer os símbolos que eles representam e tornar suas emoções, intenções e comportamentos facilmente legíveis - Aos 7:51 você diz que "o filme quase justifica todas as agressões que a personagem sofre, a ponto dela ceder conscientemente o amor por uma espécie de bem maior, e do ponto de vista cíclico, representar isso como uma condição inerente à mulher", como assim?? O filme depois de criar uma imagem abominável do deus, reforçar a imagem da mãe como vítima (muito reforçada pela cena da agressão) e criticar o comportamento machista das sociedades (como você mesmo pontuou como óbvio em determinado ponto do vídeo), como poderia ser isso justificado?
Sobre a última questão, principalmente, ele subtende uma espécie de amor e instinto de proteção por aquela situação. É bem perigoso sim, porque diferente da terra - onde isso talvez faça mais sentido - no caso da mulher isso é quase que completamente imposto.
Melhor filme sobre "mother!" que vi. e olha que saí do cinema ansiosa pra chegar em casa e fuçar o youtube atrás de alguma coisa boa. diversas observações eu nem tinha considerado quando vi o filme e já estou na mesma página que vocês. Excelente trabalho!!! Obrigada!
Adoro o canal, mas achei a argumentação do vídeo bem confusa... O filme mãe! reforça esteriótipos sobre a objetificação da mulher e isso é um problema por conta da violência contra a personagem, mas a série do Batman onde o Coringa só valoriza a Arlequina quando seu esconderijo vira uma bagunça (pq não uma mulher para limpar) é uma boa crítica?? Isso não é um reforço do papel doméstico da mulher de maneira mais descarada? Concordo com o final onde se discute o papel da mulher enquanto criadora de conteúdo e que devemos valorizar isso, o vídeo poderia ter mais minutos falando sobre isso...
Ah, não, nessa caso do esconderijo é sobre como o CORINGA enxerga a arlequina. A série enxerga ela como uma personagem super ativa, com muito mais ação e gerência do que o próprio coringa as vezes (procura o episódio Crazy Love, lá mostra como ele é reativo ao Batman e ela poderia resolver tudo de forma muito mais organizada - é outro retrato interessante do relacionamento manipulativo/abusivo).
Sim, entendo. Mas o argumento do vídeo é que mãe! expressa as ideias do autor pelos personagens e como isso é perigoso, mas como podemos fazer um comparativo com outra obra sem usar a mesma métrica? O personagem "Coringa" atende as mesmas questões dos personagens do filme, ele não pensa por si, é obra de um autor. Acho que o filme tem problemas sim, não discordo nem um pouco. O canal tem sempre uma narrativa muito bem fundamentada, mas nesse vídeo eu achei que faltou um pouco de simetria na hora de tratar sobre as obras. Saca? PS. Estou emocionado pq fui respondido por vcs (💙).
Sim, entendo. Mas o argumento do vídeo é que mãe! expressa as ideias do autor pelos personagens e como isso é perigoso, mas como podemos fazer um comparativo com outra obra sem usar a mesma métrica? O personagem "Coringa" atende as mesmas questões dos personagens do filme, ele não pensa por si, é obra de um autor. Acho que o filme tem problemas sim, não discordo nem um pouco. O canal tem sempre uma narrativa muito bem fundamentada, mas nesse vídeo eu achei que faltou um pouco de simetria na hora de tratar sobre as obras. Saca? PS. Estou emocionado pq fui respondido por vcs (💙).
Obrigado por compartilhar o seu ponto de vista! Confesso que fiquei vislumbrado pela atmosfera sufocante e instigante do filme, mas foi ótimo ver a obra de uma outra perspectiva. Estou conhecendo o seu canal aos poucos e estou curtindo cada vez mais!
c a r a l h o você me surpreende a cada vídeo postado.Eu fico meio com o pé atrás quando falam sobre a pretensiosidade de uma obra,que ela tá querendo pagar de cult e tal,eu logo penso "porra,deixa os garoto brinca" mas sua crítica foi incrível.Alguns pontos desse filme me incomodavam mas eu não consegui identificar muito bem,o enquadramento da câmera na jlaw em diversos momentos que não faziam o menor sentido,sem falar da cena que você mostrou em que ela recusava as investidas do marido e no final acabou sentindo prazer com aquilo...Enfim,tu me ajudou a esclarecer muita coisa.VÍDEO INCRÍVEL COMO SEMPRE
Gosto do conteúdo do canal de vocês, mas essa crítica foi extremamente simplória e medíocre. Parece que em muitos vídeos vocês conseguem uma profundidade de conteúdo que varia de mediana a boa, mas nesse parece que foi só uma válvula de escape pra falar mal de um filme que vocês não gostaram. Eu assisti o filme várias vezes e simplesmente tem um roteiro genial e cheio de hipérboles que servem para reforçar cada alegoria e metáfora (O filmes é obviamente uma metáfora do inicio ao fim), o filme choca pessoas Cultizinhas e também as pessoas comuns... no estilo Nolan, não é uma ofensa para quem está assistindo reforçar algumas ideias e alguns pontos ao longo do filme, nem todo mundo que vai ao cinema é Cult. E sobre o relacionamento abusivo, lembrem-se que o filme é metafórico! isso muda a interpretação de muitas cenas ;)
Eu sei que esse vídeo vai dividir opiniões, mas foi um trabalho que exigiu tanto esforço e dedicação quanto qualquer outro. Pra quem quiser ajudar o canal, dá uma olhadinha na nossa campanha de financiamento! Se tornando nosso apoiador, você recebe recomendações especiais e adicionais aos vídeos, e pode participar dos nossos grupos fechados no Facebook e no Whatsapp (onde eu já havia falado sobre Mãe ainda no ano passado). Segue o link: apoia.se/quadroembranco
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Um forte abraço e até o próximo vídeo ❤
Quadro em Branco oloooooko
Quadro em Branco seu canal e muito show eu queria muito
Fazer isso também
Indicar relações de filosofia psicologia o física
Com filmes séries e animes
E análises criteriosos
Dividir opiniões é justamento o ponto chave, isso é o necessário, estar rodeado de opiniões iguais, nunca vai desenvolver completamente o pensamento critico. Eu adorei o filme e continuo adorando, mas muito bom o ponto em que tocou no video, que me fez ter outro olhar sobre ele. Obrigado!
Meu querido, essa foi, talvez, a melhor crítica já feita sobre esse filme! Parabéns.
Quadro em Branco a forma que é representada à Eva, Eu também não achei certo.
Vc fala que o filme subestima MT o público, mas grande parte das pessoas que viram não entenderem
EXATO
Esse vídeo de vocês me tirou o sono, hahaha!
Eu preciso entrar na conversa! Adoraria fazer um vídeo-resposta, mas acho que o nosso cronograma no mimimidias não vai permitir! :(
Eu concordo demais com vários pontos do vídeo. Primeiro que mãe! é um ótimo exemplo sobre como as críticas no RUclips são muitas vezes repetitivas e rasas. Muitos desses vídeos que pretendiam apontar as referências bíblicas foram realmente sofríveis! Além disso, eu amo que vocês estejam apresentando uma leitura tão nova do filme, mas mais que isso, eu acho incrível a motivação por trás dessa crítica: a violação do corpo feminino não deve servir ao entretenimento. Sim, eu não poderia concordar mais!
Agora, é a hora de discordar, mas com todo o respeito do mundo, que é o que eu sinto pelo trabalho de vocês! Da forma como eu assisti ao filme no cinema (e foi a única vez que eu o assisti) as referências à bíblia tem uma superficialidade proposital. É importante que a audiência tenha certeza absoluta que o filme se trata de uma alegoria, porque é só a partir disso que surgem outras leituras muito mais interessantes (como a sua, Henrique!). Existe também aquela que o diretor tentou lembrar todo mundo o tempo todo e que você já sabe: a mãe é a natureza. E entre varias outras, existe a minha. Eu entendo a mãe! como uma representação do ser mulher (bem parecido com você), mas o que eu tirei da alegoria bíblica é que essa representação não é de uma relação entre indivíduos (um relacionamento abusivo), mas uma relação de opressão estrutural. É a igreja, a sociedade, os relacionamentos, a família, o espaço doméstico e porque não, o próprio corpo. Tudo aquilo que sufoca, agride, exige, limita. Assim, a violência gráfica e extrema ao corpo da atriz representa a pior das violências: a violência da estrutura (exatamente essa que silencia as mulheres que dirigem filmes). A estrutura é cruel e atinge a todas nós, é bem pior que aquilo que está no campo do individual ou do romântico. Se for pra trazer a violência estrutural para a tela, que seja feio, que seja grotesco, que faça a gente tremer na cadeira do cinema, porque a realidade das mulheres dentro da estrutura que a gente vive é realmente um soco no estômago.
Com toda admiração,
~ Clara
Ah, que massa ter tua opinião por aqui, de verdade!!! E sim, tem essa linha que o filme também constrói de a violência (parte do problema que eu aponto) ser de fato um dos pontos do filme, e eu concordo contigo que o é. Mas acho que ele ainda glamuriza, fetichiza e normaliza - não só tratando como normalizada, mas ativamente normalizando - a situação, perpetuando e até justificando alguns vacilos. Botando na balança, eu ainda não acho que é o melhor filme do mundo pra se levar consigo.
E muito carinho por vcs do mimimidias também!!!
Faz o vídeo resposta, por favor! Kkkk
mimimidias gosto de ser desafiado a pensar e esse víeos e muito isso
mimimidias, quanto mais vocês falarem sobre mãe, mais feliz ficarei.
Foi exatamente isso que eu entendi e que ia comentar aqui, Clara. Mas você já o fez lindamente!
Acredito que por ela ser a Mãe Natureza, ele fez bem em retrata-la como uma personagem reativa, afinal, a natureza não tem como se defender das ações humanas, pois ela reage da forma como é possível, pelos fenômenos naturais, como diluvio, ou o incêndio no final. A passividade não vem por ela ser mulher, vem por ela ser a natueza, você não acha que exista um relacionamento abusivo entre os homens e a natureza?
Mas daí as duas críticas se misturam e ele se vê mais reafirmando a postura do que criticando ela. No caso da terra, é inerente, mas no caso da mulher, é um erro enxergar essa passividade, como eu falo no vídeo.
Como o filme nos dá várias interpretações, primeiro fiquei incomodado com o fato de ela quase não reagir, e ai concordo com a sua opinião. Depois passei a enxergar pelo lado de ela ser a representação da natureza, passou a fazer mais sentido. E como o filme se propõe a contar uma mini-história da humanidade, ai entra o fator histórico mais uma vez, a mulher tanto na religião como na história, é mostrada de maneira passiva, quase sem voz, como fosse um adereço ou um troféu. E sim é um erro, alias, um erro histórico. Mas faz mais sentido, ao você se enxergar como aquele cara que chama ela de piranha, ou como o personagem do Javier Barden.
Concordo cntg.
Sei lá, acho que quadro em branco problematizou demais
A mulher não é retratada como passiva pelas religiões. Ela é tratada como culpada de todo mal, suja, induzidora de homens e que por isso têm de serem domadas. De nada.
Público desse canal faz críticas lúcidas, se fosse em qualquer outro estaria mó treta
Parabéns pra galera, a minha vontade quando acabei de ver o vídeo era xingar ele. Até que me acalmei quando vi os comentários educados criticando. Mas o fato é que o vídeo é horrível. A crítica é tenebrosa.
@@BraziloCeaFort um dos raros vídeos ruins do quadro em branco
Eu já estava quase dando dislike quando vi que ele ia criticar mainha!, mas a crítica foi tão bem apresentada que me fez ver de outra maneira o filme, esquecendo da mensagem ambiental que eu tanto me agarrei na interpretação acabei deixando de lado a crítica social que também não deveria ter sido esquecida e analisada. Ótimo vídeo
Mas também concordo com um comentário que vi por aqui, as alegorias são rasas propositalmente pra que a audiência tenha certeza do que se trata, no cinema mesmo vi muita gente saindo sem entender, fora que o maior erro da distribuidora foi ter vendido o filme como filme de terror
Deve ter muita gente dando dislike sem parar pra refletir no que eu comento aqui, muito obrigado por não ser um desses ahahaahha
Realmente dessa vez eu não concordei com vocês. (O que não é algo ruim, claro). Tive outra perspectiva, mas é ótimo ver visões diferentes. Vocês continuam trazendo boas reflexões a cada vídeo
Fico feliz com esse tipo de comentário, não rejeitar o argumento alheio já é uma decisão tri saudável pra como as coisas tão hoje em dia.
Compartilho desse pensamento, assisti o video algumas vezes já e minha perspectiva é bem diferente também, mas é legal ver outras opiniões, principalmente vindo de vocês do Quadro em Branco
Isso, esse é meu sereno sentimento... :)
Definitivamente esse vídeo é um divisor de águas, eu entendo seu ponto de vista mas não concordo com muita coisa dita
Murilo D a natureza é linda , faz sentido que seja bonita
@Murilo D o problema não é ser sensual, o problema é erotizar a personagem, com planos q vão ressaltar suas curvas, seios, pernas entre outros, o filme faz exatamente isso.
@@thiagobruno2992 Erotizar a personagem serve justamente pra intenção do filme de mostrar que a natureza é exuberante. Quem tá reclamando disso é porque não entendeu o filme, simples.
@@BraziloCeaFort se fosse somente a mãe tratada de maneira sensual no filme seria uma coisa a se pensar, mas olhando com atenção não é o que acontece. Isso é algo que se repete muito hoje em dia, se tornou natural e por isso fingimos não ver pois parece normal demais aos nossos olhos. Na cena em que ele parte pra cima dela com violência mesmo ela dizendo que não quer e logo após se entrega a ele, seria uma alegoria a natureza gostando de ser abusada? Mais do que as mensagens claras e expositivas o filme quer nos mostrar algo mais. Cada obra tem a impressão de seu criador, mesmo muitas vezes sem ter consciência do motivos de ter feito algo de tal maneira, está no subconsciente de cada um.
Quando foi perguntado "como retratar e expor um relacionamento abusivo sem reforçar esses mesmos valores?" eu jurei que ia ser dito "Pra responder isso eu tive que subir a montanha mais alta e falar com a mulher mais sábia
Concordo com sua analise e ainda digo mais, a primeira hora do filme é bem interessante e consegue fazer a gente sentir na pele como é a vida de uma mulher nesse tipo de relacionamento tóxico e tem um suspense bacana também. A segunda metade é horrível, da pra ver claramente o diretor se perdendo em sua própria arrogância e esfregando na nossa cara um exagero de simbologias e exposições desnecessárias para parecer que é um filme mais inteligente do que é.
"O filme se vende como inteligente"
NÃO!
Os fãs arrogantes metidos a niilistas é que selam as obras dessa forma
Eu sou niilista e amei o filme, acho que está muito atrelado a idéia da misantropia
@@anarky_jay ngm é realmente niilista
@@tiagocorrea5578 boto fé
Sou arrogante por achar que as coisas que eu gosto são inteligentes?
@@vondervent interpretação de texto tá em dia
Não sei se concordo com tudo mas foi muito bom ter um um outro ponto de vista. Assistirei mais uma vez o filme e vou levar em consideração seus pontos. Grata por mais esse vídeo :)
Muito obrigado pela compreensão 💖
depois de anos que esse filme saiu eu consigo ver que ele envelheceu como vinho
Acho que justamente meu ateísmo fez eu não ver problema nesse filme, porque nele, como na Bíblia, Deus não é um cara tão legal assim
Como assim Deus não é tão bom assim?as besteiras do ser humano e o ser humano que tem culpa não Deus
Ele não é líder, ele não toma a frente pelos outros, ele deixa sua mulher ser abusada e seu filho ser assassinado, ele não faz nada pra proteger ninguém. Igual a realidade.
@@gabrielmirandabrasil9637
Deus é o ápice do ápice, justamente por isso é que ele não dar a mínima para você, sua vida é descartável, se você morrer em nada ele vai sentir, ele não sofre, você dedica a vida a ela e ele não se importa com você, afinal você não é ninguém. Ele vê toda a humanidade como um bando de ze ninguéns.
Ele não é bom pelas atrocidades que ele aprova ou defende, como estupro ou escravidão por exemplo.
Motivos para demonstrar o quão deus não é bom são inúmeros
Deus não existe pa ser "bom" ou pra vc compreender, ele tá acima do bem e mau não existe bem e mau só existe o lado de Deus e os outros, só prevalece os que o seguem a ele, nem o diabo é do mau até ele está acima disso
@@serperiorsserpetare3930 Bom, acreditar em Deus é uma escolha. Mas... ele não quer que sejamos robôs. Tudo o que acontece são consequências. Ele permite certas coisas justamente por deixar as coisas seguirem o seu curso, ele não quer ser o professor que pega na mão do aluno pra escrever as coisas corretamente, ele deixa o aluno fazer as coisas sozinhos e arcar com as consequências. Muitas pessoas vivem a vida inteira sem notar ele, ou sem dar atenção, mas quando ocorre algo por mais que não seja culpa da pessoa mas se outro ser humano maldoso, procuram culpar Deus. Eu não passo de ninguém para defender ou conseguir defender Deus, mas essa é mais uma opinião. ^^
A questão é “mother!” ser uma grande hipérbole indigesta. Um absurdo inspirado na “história do mundo”. Essa história horrenda se aproxima mais da nossa aversão e nojo. Por que será que o filme foi um fracasso comercial? Pessoas saíam das sessões aos 20min de exibição. Eu acho que críticas muito sutis são as que mais perpetuam as problemáticas nelas inseridas, em termos de cinema. Aronosfky optou por essa abordagem pesada e espalhafatosa, chocante - um perigo, mas funciona. Talvez não por completo, como toda crítica social corre risco, mas consegue.
É algo que não apenas nos incomoda nas nossas poltronas, é algo que nos toca profundamente, revolta e nos expulsa da sessão. Muita gente detesta “mother!” justamente pelo retrato abusivo. Muita gente destesta “mother!” analisando a crítica por trás disso. Muita gente detesta ainda mais que tenha sido usado alegoria religiosa como fundo de tudo. Toca feridas sabe? Fere instituições, e por aí vai. Então, acho que valeu de algo, por mais insano que tenha sido o desenvolvimento e reação. Pra mim, “mother!” soa mais como um BASTA do que uma referência a ser seguida/perpetuada. Não é nada belo ou utópico. Não é perdoável, não é romantizado. É a própria desgraça da humanidade e do mundo.
capra hircus Foi direto ao ponto , nesse vídeo o quadro em branco derrapou !!! Pesou a mão quando quis definir limites para a arte !
pois é... foi bem arriscado na verdade. mother! é um filme cheio de camadas, merece uma crítica beeem melhor. na realidade até hoje vi poucas críticas bem construídas/fundamentadas sobre o filme.
Siiiiiiim! essa é exatamente a minha definição sobre o filme, me lembro de quando eu assisti o filme eu conseguia sentir tudo que a mother sentia e a minha vontade era realmente dizer CHEGA!
Gabriel Souza valeuu
Rafael Alves Acompanhamos o filme todo na perspectiva dela justamente para sentir quase que na pele todos aqueles danos
Voltei com a fé na humanidade depois de ver que tem bastante gente discordando desse vídeo, porque eu já iria apontar vários argumentos discordando
Sim
Henrique tem uma voz tão calma que quando parece estar puto da vida fica engraçado.
Eu gravei esse vídeo de madrugada, definitivamente eu tava puto.
Quadro em Branco Kkkkkkkkkkkkkkk tá explicado
Meus deus, parece que você pontuou todos meus incomodos com o filme! Obrigada!
Ótimo vídeo, apesar de não concordar em quase nada. (Risos) Acredito o que eu discordei mais foi com o que você disse sobre a retratação da Mulher que o Aronofsky. Na minha visão como mulher, o grande ponto foi mostrar (principalmente na Bíblia), como as que não sofreram na mão dos homens, foram extremamente sexualizadas, até quando não existia isso (A cena que Eva critica as roupas da Mãe mostra bem isso).
E outro ponto, é que nem todo mundo é conhecedor de cinema. Achar que o filme subestima o público é achar que todo mundo pega referências e alegorias de primeira. Conversei com bastante gente pra fazer um vídeo sobre o filme que acabou não saindo, e muitas delas demoraram um pouco ou tiveram que procurar mais sobre pra entender.
Tem vários outros pontos, mas isso só se sentar pra tomar um café ou um chopp pra discutir.
Mais uma ótima essay, como sempre.
Abraços,
Thaís.
Sim, sim, eu entendo que tem uma intenção de crítica ali. Mas usar a mulher como escada pra ela ainda é um problema, tipo, ter uma mulher deitada em um enquadramento de baixo pra cima com os peitos aparecendo e balançando de forma agressiva (enquanto apanha) é o fetiche de muita gente, só olhar as tags de qualquer pornô. Então de alguma forma ele se aproveita desse fetiche e realiza ele, perpetuando esse tipo de postura bem merda.
Claro, acredito que é o tipo de crítica que pode ser encarada de maneiras diferentes, inclusive discuti com a pessoa que escreveu esse comentário (tivemos opiniões parecidas) quando vimos o filme, e esse foi um tópico recorrente: Até que ponto vai uma crítica quando ela deixa de ser uma crítica.
Infelizmente a gente vive numa sociedade que uma crítica ou qualquer coisa pode ser sexualizado. Talvez o grande objetivo de chocar de maneira tão escancarada tenha sido esse, mostrar pra quem gosta desses absurdos o quão é absurdo. Talvez tenha sido usar a mulher ainda mais como bode expiatório, sendo sofrer por sofrer. Mas só de causar todo esse debate, já acredito ser uma obra a ser admirada. Estamos vivendo numa era que a informação e a profundidade dele é cada vez mais irrelevante, e filmes como esse tendem a acender um pouco mais isso.
E também concordo com a Thaís que essa é uma ótima dissertação. Seu canal sempre foi uma grande inspiração pro nosso, então continue sempre com o bom trabalho e a não ter medo de ter opiniões diferentes (porque esses são os mais legais).
Forte abraço,
Vítor.
Isso ser "fetiche de muita gente" é problema dessas pessoas, não do filme. A intenção do diretor foi enquadrar a cena de forma a causar incômodo e mostrar vulnerabilidade, colocando o espectador próximo do personagem ao qual ele vem construindo empatia, e ele atinge o efeito desejado. Se alguém realmente se sentiu excitado durante a cena, isso é a visão distorcida de mundo da própria pessoa, e isso não mudaria se o filme fosse dirigido de outra maneira. De forma alguma foi intenção explorar um fetiche, e fica claro desde o início que incômodo e a principal sensção que o filme quer causar (além do mais, a nudez é tão momentânea que fica ainda mais dificíl a comparação a pornôs de fetiche, se piscar, perdeu). Eu gosto muito do canal, mas não consigo enxergar essa afirmação a respeito da cena como crítica válida, mas como um questionamento de uma visão artística do diretor tomada com base no que ele acreditava ser o mais adequado para passar a mensagem da cena de forma efetiva, e a base desse questionamento é muito arbitrária, muito subjetiva, e parte de uma interpretação que com certeza não foi a intencionada pelos envolvidos. Ao meu ver, esse tipo de questionamento está mais longe do espectro crítico e muito mais perto do espectro da censura.
CDFs mãe é a mulher de Deus, fica óbvio na hr do velório onde dao a palavra a ela, e tbm qndo Caim diz vc me entende, pq ela é a mãe dele por isso ela entende ele!
Acho que é uma critica feita por cima de uma pré opinião, onde da p perceber que fez conclusões de forma muito propia e imparcial, como se a forma com que o diretor devesse se tratar de algum assunto de modo padronizado. Acredito que chegou a conclusao em relaçao a feminilidade com a mesma intenção que o diretor quis denunciar no filme.
Acho que não abordei nada que não tá objetivamente acontecendo ali no filme, mesmo que a proposta da crítica seja outra. Então não é nada tão absolutamente próprio assim, ainda que beleza, é sobre as coisas que eu quero e acho relevante serem faladas.
A delicia do quadro em branco é vê um vídeo, discordar dele, pensar de novo, concordar com ele, pensar mais uma vez e discordar e repetir esse ciclo até que sua visão da obra atinja um patamar muito mais amplo que antes do vídeo, mesmo que no final das contas você mantenha sua opinião.
adorei
Olá, primeiro queria parabenizá-lo pelo canal. O Quando em Branco é excelente. Sem dúvidas, um dos melhores canais brasileiros. Fico aguardando cada vídeo com ansiedade. É sempre um prazer assistir você. Além da competência técnica indiscutível de seus vídeos, o conteúdo, e isso é o mais importante, é muito bom. Okay, agora vamos ao assunto de seu vídeo. Vejo vários problemas na sua tese. O filme faz uma transição entre dois tipos de cinema de maneira orgânica: do cinema de prosa para o cinema de poesia. Com o termo cinema de prosa quero me referir aos filmes que se propõem a acontecerem em sua própria literalidade, isto é, nesses filmes, o que está acontecendo em tela é o próprio foco narrativo, a história em si é fim e meio. Não há necessidade de uma interpretação. E com cinema de poesia, como você já deve imaginar, estabelece-se na antítese do conceito anterior, precisando de uma interpretação pessoal para que o filme se torne completo. Em dado momento do filme, você diz: "A verdade é que não dá para tirar mais dali do que cada coisa objetivamente representa". E depois disso você traz partes do filme para defender a tese de que cada elemento não diz nada além do que ele representa em termos alegóricos. Por exemplo, o homem que, na verdade, é Adão, o bebê, que é jesus. Ai temos um problema infantil no que diz respeito aos aspectos narratológicos de uma obra. Você confunde identificação de alegoria com interpretação.
Isso é bem grave, e acaba por malograr seu ponto de vista. Em "Revolução dos Bichos", de George Orwell, por exemplo, a interpretação final do livro não se resume ao fato de o porco velho representa, de alguma forma, Karl Marx. Nem que o personagem "x" remeta à figura histórica "y". Isso é apenas identificar alegorias. Só isso. A interpretação, de fato, vai para além desse aspecto. O significado da obra, de maneira nenhuma, é a ideia de que cada animal representa uma pessoa importante da Revolução Russa. Dizer isso é uma forma de debilidade hermenêutica. O livro está preocupado, na verdade, em dissertar acerca da corrupção humana, que é fértil até nos contextos em que tal corrupção é massivamente criticada. "Revolução dos Bichos" é um relato da desilusão.
Da mesma forma, "mother!", sendo uma narrativa alegórica, não se resume ao exercício de identificação "ah, aquele é Adão, aquela é eva". Vejo que o filme, para além da discussão cultural sobre o patriarcado mitologicamente estabelecido, pauta-se em representar uma perspectiva teológica diante de duas divindades de igual dignidade, uma transcendente (o poeta) e outra imanente (mãe). O Darren Aronofsky é muito influenciado pela literatura mística, em especial pela Cabala, vertente mística do Judaísmo, e pela Gnose, vertente mística do Cristianismo. Nesse sentido, assim como "Noé", "Pi" e "Fonte da Vida", em "mother!" diretor traz esse repertório. É muito interessante como ele emprega à mãe um caráter panteísta no sentido Spinozista, situando-a, por exemplo, no tempo, já que ela pertence à imanência e, por isso, está imersa na lógica cíclica do Devir, enquanto o poeta, por ser transcendente, apenas se revela na existência, tendo consciência de que sua substância não está contida no espaço-tempo. Mas, ao contrário do que normalmente identificam, o poeta não é exatamente Deus, pensando Deus a partir de uma noção ortodoxa. O poeta é uma espécie de Demiurgo vaidoso, que funda sua prole de admiradores no que vulgarmente chamamos de existência. O filme confronta a ideologia mítica da ortodoxia Cristã com suas seitas heréticas, percebendo, genialmente, que essa mesmas seitas, há dois mil anos atrás, carregavam consigo ideias que estabeleceram sua supremacia somente no século XX. A modernidade é profundamente Gnóstica. Caso queira mais da minha interpretação, sugiro que entre com contato comigo, porque eu não vou escrever um texto mais detalhado sobre o que eu enxerguei, porque é muita coisa. Prefiro mandar áudio.
Quanto à sua acusação moral ao fato de que o cineasta representou "um relacionamento abusivo", não consigo em pensar nada mais nocivo à arte. "Até onde é saudável mostrar um relacionamento abusivo em um filme?" Sinceramente, não vejo muita diferença entre o que você diz e o que o MBL disse à respeito do Queermuseu. Vocês dois partem de um conceito de arte degenerada do ponto de vista moral. A diferença é que seus valores estão ao espectro da esquerda e os dele ao espectro da direita. Talvez os maiores inimigos da arte sejam os moralistas. Isso me faz lembrar, por exemplo, as acusações morais feitas ao movimento cinematográfico que trouxe o modernismo para a sétima arte. No final da década de 50, um grupo de cineastas queriam representar a sexualidade e a violência de maneira mais evidente. Esse movimento ficou conhecido como Nouvelle Vague, e ele chega em Hollywood sob a forma de "Bonnie e Clyde" e "A Primeira Noite de um Homem". As pessoas se perguntavam: "até que ponto é saudável representar a violência?" O Tarantino sofre com essas perguntas até hoje, muito porque, de certa forma, ele é herdeiro da ideologia estética da Nouvelle Vague. Agora vamos à outra questão. O desenho Rick and Morty, que eu adoro, representa um avó degenerado que corrompe seus netos e que não se importa a existência da maioria das pessoas. O desenho, constantemente, faz piada da desgraça alheia. Coloca situações trágicas como engraçadas. Em dado momento no primeiro episódio, o avó manda o neto matar uma forma vida sob a justificativa de que ele simplesmente não respeita aquele ser. Banalização da violência? E Breaking Bad (que eu também amo)? É o cúmulo da degeneração. Novamente, uma banalização da violência. A arte, principalmente do século XX em diante, pautou-se em evidencias essas questões. Acusar o "mother!" de representar um relacionamento abusivo, dizendo que isso é perigoso é um tanto hipócrita. Pense. É condenável mostrar um relacionamento que você identificou como abusivo, mas representa, exaustivamente, a violência, tudo bem? Pegue a lista da Wikipedia de filmes com maior bilheteria, você vai ver que os mais assistidos tratam de questões imorais, por exemplo, o assassinato. Pegue agora a lista de melhores filmes feita pelos críticos de Chicago. De novo, o mesmo resultado. Sinceramente, quando um entusiasta da arte se vale de um puritanismo e passa a criticar a arte por considerar que determinada representação é imoral, ele cai em um paradoxo.
Voltando à discussão acima, talvez o problema de "mother!" seja o grande problema de todas as narrativas alegóricas, que são constantemente atacadas partindo do mesmo argumento que o seu. Nesse sentido, há uma questão amplamente debatida quando se trata de uma obra alegórica: tais obras são, geralmente, herméticas. Não é possível enxergar a minha interpretação desconhecendo os estudos da "Religião Comparada" e a tradição filosófica. Acredito que é válida a perspectiva que tentar colocar em xeque essa modalidade narrativa, e você pode trazer isso, mas dizer que o "mother!" é um filme vazio apenas porque você talvez não tenha repertório suficiente para interpretá-lo ou porque você não conseguiu tirar nenhum significado e se limitou apenas a identificar alegorias assim como a esmagadora maioria dos youtubers que você criticou no início do vídeo, com todo o respeito, é uma perspectiva leviana e simplista.
Sem palavras pra descrever a qualidade da sua observação. Talvez a única coisa justa seja dizer que seu comentário deveria estar em destaque.
Obrigado ;)
Acho que o argumento já vacila quando tu cita o queermuseum. Tipo, a intenção lá é muito mais bem resolvida quanto a criticar e negar as agressões e opressões retratadas ali. No filme, ele quase justifica elas. E o que eu quero dizer com só achar as metáforas, é que o lance da costela de Adão por exemplo, nem mesmo tem efeito narrativo. Se vale realmente só da identificação, e por isso destaquei. Alguns outros exemplos levam à outros comentários, como as outras pessoas da casa, mas é nesse momento que começam a surgir mais agressões que o filme perpetua na medida que glamuriza e normaliza elas - não apenas retratando. Aí o filme tem mais a dizer, mas bom, é sintoma do problema maior que ele quer transbordar. O problema não é o quanto ele tem a dizer (apesar de eu achar que não é lá muita coisa), mas COMO ele diz.
Neste assunto, a polêmica do queermuseum é completamente pertinente. A diferença entre o que você disse sobre o "mother!" e o que as pessoas da direita disseram sobre o queermuseum se diferem enquanto julgamentos estabelecidos a partir de um sistema de valores diametralmente opostos, mas se aproximam na medida em que ambos submetem a arte à uma hermenêutica paranoica e puritana a partir de espectros políticos polarizados. Tão absurdo quanto dizer que os quadros do queermuseum são apologias à zoofilia e à pedofilia é dizer que os cartazes de "X-men" e "mother!" são apologias ao feminicídio (assim como fizeram várias pessoas à esquerda) por estamparem o rosto da Jennifer Lawrence surrado. No seu comentário, você diz que o diretor "quase justifica elas", referindo-se às agressões. Neste momento, você confunde, assim como confundiu identificação de alegorias com interpretação narrativa, representação artística e apologia. E foi exatamente isso que as pessoas mais reacionárias fizeram. Por isso eu digo que o comentário sobre o queermuseum é pertinente. Sei que você não está dizendo que o filme faz exatamente uma apologia, mas, pelo seu comentário, você sugere que ele se aproxima disso pela forma como narra, ainda que esta não seja a verdadeira intenção do diretor. Mas essa é uma interpretação sua, assim como é a interpretação de centenas de sulistas que olharam para o quadro de um homem fazendo sexo com um animal e chegaram a conclusão de que, ali, havia uma apologia à zoofilia, ou quase isso. E, para mim, as duas posições se equivocam ao confundirem, repito, representação e apologia. A arte é livre. Essa polêmica que você está levantando me lembra a recepção ao filme "Laranja Mecânica" de Stanley Kubrick. Nesse filme, há, evidentemente, cenas de estupro explícito e de violência gráfica. Melhor, ultraviolência gráfica. Consegue imaginar como o longa foi recebido? Disseram que ele era degenerado e doente. Inclusive, o grande crítico do cinema norte americano, Roger Ebert, acusou o filme de ser completamente imoralista na época, perspectiva esta que ele reviu anos depois. O filme foi proibido em vários países porque, segundo o debate público, ele poderia incentivar a violência e o estupro. Hegel parece estar, de alguma forma, certo: o tempo é cíclico. Mudam-se os objetos, mas permanecem as polêmicas. Essa nossa discussão é apenas uma variação do antigo confronto entre moral e arte, prevista já nos textos de Platão, há dois mil e quinhentos anos atrás.
Cinco anos depois, ainda um dos melhores comentários que já tive o prazer de ler. Uau.
Sobre a cena da pia, eis a questão:
Depois de recusar 2 vezes o figurante, a crítica já estava realmente feita? Hmm qual crítica, hein? Porque se por um acaso a intenção foi retratar criticamente o assédio/abuso à mulher, machismo/misoginia, tenho certeza que a resposta de saída do figurante foi o ponto crucial. Será que na realidade basta que a mulher recuse quantas vezes quiser? O que ela ganha pela negação? O desrespeito? A ofensa? A violência? Sim?
E para nós espectadores, basta se incomodar/sentir um desconforto com uma crítica leve? Pra mim, mother! acerta em cheio com as cenas chocantes (não meros exageros ou estilos, mas retratos fiéis das capacidades humanas mais bizarras), que estapeiam a nossa cara.
capra hircus concordo!
Fora que, apesar de ter gostado muito do vídeo, ele voltou muito as críticas à lados que eu, como espectador, não senti que era o real intuito do diretor.
O filme se sustenta justamente nesse grotesco, nesse exagero, no desconforto proposital por conta de como a religiosidade se propaga, e isso pra mim é o que torna esse filme genial.
Concordo. Achei muito prepotente da parte dele falar sobre como a violência contra a mulher já estava explícita. Queria que fosse verdade que, uma mulher ao negar duas vezes, pode seguir com sua vida porque o macho vai aceitar. Ele não tem nem espaço de fala pra esse comentário em específico. Parei o vídeo aí
Parece que uma critica só pode ser feita se ela for implicita, criticas explicitas podem ser feitas e não há nada de errado nisso.
Vitória Rosa Realmente é a questão do lugar de fala. Achei o filme sensacional, a forma que tudo é retratado no filme e o quão cruel e perverso é, e depois ver essa análise pedindo para que tivesse sido "suavizado" por já ter sido entendido chega a ser piada.
Falando sobre a parte do se vender como inteligente mas n ser (concordo mt com isso kkk) vc n acha q isto já é uma tendência tbm ? Por exemplo : fui reassitir Rick and morthy e percebi uma coisa : pera isso n é tão inteligente assim as pessoas tão exagerando mt kkk, vc concorda cmg? Q esse coisa de se vender como inteligente seria mais um lógica do mercado do tipo : tome se satisfaça se sentindo "inteligente" , vc concorda ou acha q peguei um viagem loka aqui???
O Inteligente é o novo alternativo. Kkk
Julio Cesar eu concordo com você completamente
eu concordo contigo man, e vejo a mesma coisa em bojack
nossa, eu paro pra pensar nisso tbm. Com certeza muita coisa é vendida como um pseudo inteligente pra alimentar o ego das pessoas, é uma forma tendenciosa sim
Ricki e Morty não se vende como inteligente, se vende como uma paródia. 🤔
brilhante simplesmente a tua visao, eu achei que fosse mais um daqueles videos sobre o filme mas msm assim assisti e me surpreendi!
Vei eu simplesmente amo teu canal, é maravilhoso o jeito que tu usa as palavras e identifica cada coisa, eu tenho uma grande admiração por ti ❤
Antes de reclamar da cena da 'mãe' sendo espancada, lembra que tem a do bebê quebrando o pescoço, e que tu repete ela umas três vezes nesse vídeo.
Esse um filme para mostrar as mazelas da humanidade, dentre elas a forma como a mulher é tratada pela sociedade ao longo da história. Sempre existiu a liberdade narrativa para tratar de temas como depressão, suicídio, violência e outros das mais variadas formas possíveis (desde documentários até filmes de humor) e isso é importante pra caramba pra arte. Mesmo que cause incomodo e seja trigger pra alguns.
Cara eu adoro seus vídeos e são uma inspiração pra mim mas eu acho que nesse você perdeu muito o ponto do filme. As cenas que você diz serem uma "glorificação" do machismo são o exato oposto. Não é para o público se identificar ou mesmo justificar os atos de Javier, e sim perceber o quanto ele é manipulador, egoísta e machista.
Dá para usar "mãe!" como uma reflexão sobre relacionamento abusivo mas em como é destrutivo. Mesmo no final quando ela ainda mostra que ama ele se reforça como é degradante para ela, a qual está literalmente morrendo e diz "Você não me ama, você ama o meu amor por você" mas não é uma romantizado, não é recíproco, não é bonito de se ver, só mostra o quanto Ele é manipulador e que não liga para ela tanto que logo que ela se vai ele a substitui com outra.
Várias coisas que você achou ruim como o valor de choque para fazer o filme ser um blockbuster é o completo oposto do que você chegou a conclusão. Falar que o filme tenta ser um blockbuster de ação inclusive é o completo oposto do que esse filme foi feito pra ser.
Claro que a pia quebra muito mais do que só ela, é uma analogia ao dilúvio mas também sobre como as pessoas insistem em domar a natureza e ignorar seus sinais. É por isso que a personagem é agredida o tempo inteiro pelos humanos, seja xingando ela, desobedecendo etc
Sobre o bebê: "Então Jesus lhes disse: Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes a carne do Filho do Homem, e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós mesmos. João 6:53" Pois fica bem mais difícil ver que Jesus deu sua carne quando é mostrado literalmente não é mesmo? E é esse o objetivo do filme, ver que o que as pessoas tanto romantizam e acham bonito de se ver na realidade é algo bruto, violento. O choque não vem de graça, todos eles são impactantes pq a metáfora é algo que dá para relacionar com a história da humanidade em si e todos são paralelos com a bíblia mas de forma crua, não são postos em um pedestal como a religião traz.
Eu não disse que ele glorifica, disse que ele glamuriza. Meu problema não é com o que o filme quer dizer ou diz, mas com COMO ele faz isso, e como isso contribuir pra perpetuar várias posturas escrotas por aí, inclusive algumas que o próprio filme pretende criticar.
É por isso que eu amo o canal: eu discordo com quase tudo da sua análise mas ela me fez muito bem por mostrar pontos diferentes e e tao bem explicados.
Ótimo vídeo
Ahahahaha isso é massa! Valeu!!
Conheço o canal de vocês a pouco tempo, mas nossa, estou encantada com as análises de vocês. Cada vídeo melhor do que o outro, da pra ver que vocês pesquisam mesmo a fundo cada um dos conceitos. A equipe está de parabéns.
Nossa, finalmente alguém falou exatamente o que eu achei! Mas eu ainda acho que você pode surpreender e amadurecer o canal fazendo um vídeo sobre o seu próprio canal, porque, infelizmente, muitos dos seus seguidores passam a te enxergar como o Rick and Morty, e, dessa forma, poder revolucionar a estética que utiliza atualmente.
Aah cara, curto seu canal, mas nessa vou discordar. Primeiro acho muito presunçoso assumir que todas as metáforas relacionadas à Bíblia são facilmente percebidas, pessoas assistem filmes de diferentes maneiras, entendem de diferentes maneiras. Aí eu acho o mérito do diretor, ele constrói a história de uma maneira inicialmente confusa que gradativamente vai ficando clara. Esse é o mérito do filme. Agora entendo sua frustração ao dizer que ela é unilateral demais, muito fácil. Aí está o demérito, só tem graça da primeira vez. Não tem espaço para segundas interpretações.
Isso! O que eu quis dizer mesmo foi que a partir do momento em que ela é unilateral, o único esforço é em "descobrir". Não realiza muito mais do que isso, saca?
Ângelo Antônio é ridiculamente óbvio todo o argumento bíblico. O diretor foi presunçoso de se achar um gênio e enviou uma cartilha explicando o filme à imprensa e foi devidamente debochado por isso.
Eu acho que o maior problema do filme na verdade é ser usado quase somente como uma metáfora , a narrativa vira só um veiculo pras criticas e alegorias do filme , que não tem sutileza quase que alguma ( o que não torna elas fáceis de perceber só que elas só tem espaço pra uma interpretação e se você não entendeu se fudeu , aquela cena perdeu todo o sentido pra você) e dai tira todo o propósito de o filme ter uma "história" seria mais fácil escrever todas as críticas numa folha de papel e dar pra pessoa ler ao invés de ver o filme , porque o fato aquilo estar contido numa história no formato de filme não tem quase propósito nenhum.
*cara fiquei de cara com esse incrível trabalho seu, muito fluído e ótimas explicação e comparações* parabéns ótimo canal ahh e esse final sensacional!
Muito obrigado cara!
Vocês se superam a cada vídeo.
Parabéns.
E obrigado por inspirar pensamento crítico em tanta gente.
O erro está em achar q alegoria por alegoria é ruim. A obra não é arrogante, ela justamente é obvia por obvia e essa é a beleza dela. O coração dela está em não tentar ser inteligente ou desfaçar suas alegorias, q em outras obras pode sim ser uma boa escolha esconder, mas nesse caso não. Já q a ideia do filme é vc inicialmente se sentir perdido em uma historia a qual vc ñ sabe sobre oq é, até q ela te da uma ponta q com isso vc puxa todo o resto, a partir dai vc simplesmente aproveita as criticas q o filme faz. Esperar q a obra esconda e seja pouco obvia é um erro, pois isso não faria o menor sentido. Porque ela te esconderia essas coisas se obviamente vc já entendeu? Em relação a destruição vazia: ela é vazia pq é para ser vazia, o exagero desacerbado é bem obvio para chocar. Dizer q é um problema um filme q faz com q o publico fique chocado, ou até mesmo perdido em meio a um exagero (uma parede caindo por causa de uma simples pia) é outro grande erro. A ideia é chocar, e isso é mt bem alcançado pela destruição vazia. O filme está errado em usar as cartas que tem para chocar? Obvio q não. Varias outras coisas sobre o vídeo eu descordo, mas essas me tocaram um pouco mais forte. Nem toda obra precisa ser uma alegoria desfaçada, o filme nem msm tenta isso, o problema estaria se ele tentasse. O problema de fazer uma critica a proposta d qualquer obra é q muito provavelmente vc vai cair no q é a ideia dela, e não no q é o problema dela. No mais gosto do seu canal e foi um bom video!
Nick concordo totalmente. Quando vi pela primeira vez (sendo bem desligada do cristianismo),eu foquei mt mais na mãe e nas relações ali. Então algumas das coisas que ele disse sobre ela eu concordo. Mas acho que msm ele sexualizando ela mais do que devia, em vários momentos fiquei orgulhosa dele não ter feito. Como na cena do banho em que ela está grávida. O filme segue tanto o rosto dela, que a gnt fica preso nesse desconforto do personagem. Mas quando assisti como alegoria, é exatamente o que vc disse. A violência é vazia pq na vida ela tb é. A visão de deus é mt boa, pra mim é o ponto alto.
Nick Exatamente. É preciso analisar sob a ótica da proposta trazida na obra. E o exagero, a metáfora etc. são os elementos principais de composição do filme. Essa é a sua linguagem!
Exatamente , faz parte da proposta !!! Como dizer que uma proposta está errada ???????
Nick Concordo !!!!
Se metáforas óbvias fossem ruins Orwell seria um péssimo escritor
Eu só encontrei esse vídeo só agora, mas ele é TUDO que eu sempre falei. Sinceramente, nessa cena dela apanhando eu gritava no cinema de indignação pq essa cena no fim não significa NADA que já não tenha sido mostrado. E quando o filme acaba é PÉSSIMO pq nem uma sensação de consequência pro personagem do Javier Barden tem, é tudo simplesmente vazio. Você resumiu: é um fetiche do Darren
Acompanho o canal há algum tempo e esse é o primeiro vídeo que não concordo em quase nada. Achei a sugestão de filmes no final totalmente desconexa. Muita coisa no filme Mãe que justificam as cenas criticadas foram deixadas de lado. A obra se propõe pela alegoria e crítica incômoda, praticamente uma conversa direta com o espectador, se vc não entrar nessa vibe, é claro que vai parecer tudo gratuito. Sem contar no fato de um blockbuster precisar encontrar aquele meio termo entre mensagem e forma para poder se pagar, questão que foi totalmente ignorada.
Enfim, toda a argumentação do vídeo é válida e bem escrita como sempre - mas acho que a premissa está equivocada. Me soou mais arrogante e intelectualóide do que lúcido como nos outros vídeos. Quase como se você sentisse a necessidade de falar mal de algo para variar um pouco os temas.
Ah, todos os exemplos do final são de coisas que eu adoro e queria falar sobre, não era na intenção de mudar algo à respeito do mãe. Esse eu só acho um mal exemplo mesmo, dentro de toda argumentação que eu usei sobre esses aspectos específicos do filme
e de blockbuster esse filme não tem nada, quem gosta desse tipo de filme nem assistiu até o final pq não tava entendendo bulhufas
Admirada ainda mais pelo trabalho que vocês entregam aos vídeos, e sempre com um conteúdo diferenciado, e ainda melhor esse possuindo um ponto de vista trabalhado. Parabéns pela jornada, e que venham mais vitórias. Não parem com o bom trabalho!
os vídeos do canal sempre levantam reflexões muito validas! facam sobre o filme get out!
Falando com todo o respeito, eu sinto mais arrogância vinda de você do que do Aranofsky quando tenta dizer o que pode e o que não pode na arte. Concordo que em alguns momentos o filme peca pelo excesso, como na cena final que ele acaba explicando tudo verborragicamente, mas o erro é seu ao colocar que expor uma ação é reafirmá-la. Você desconsidera o fator provocativo e incomodo (propositalmente) da ação. Parou pra pensar que nesses momentos (ou durante simplesmente todo o filme) o objetivo do Aranofsky é deixar as pessoas realmente agoniadas e incomodadas? Parou pra pensar que o que é óbvio pra você pode não ser pra outros espectadores? É uma questão de background pessoal... muita gente não entendeu de cara Adão e Eva, Caim e Abel, A marca de sangue na terra, As pragas, O dilúvio, etc....
Enfim, amigo, arte não precisa ser panfletária. Não concordo nem um pouco que coisa X ou Y não pode ser retratada porque reforça situações. É uma questão de construção de sentido. Colocar em patamar de abusivo um filme tão autêntico porque você acha que as cenas de violência contra a personagem são fora de tom não faz sentido, o tom do filme é justamente incomodar através do absurdo, é expor para sociedade um retrato dela mesma.
Acho que o filme é bem sucedido em todas as críticas que faz, a mensagem é alcançada da melhor forma: aberta para interpretações.
O filme permite que você olhe de uma perspectiva religiosa, através das metáforas bíblicas; diria cósmica e mística através da perspectiva hermética de relação de poder entre a Mãe e O Poeta; também social, através da relação de todos os personagens entre si.
Fica claro desde o início que ninguém dá voz a Mãe, nem mesmo o próprio Poeta, que pode ser visto como a alienação religiosa que idolatra um deus egocêntrico e vaidoso mas não tem cuidado algum com seu reino. Não é simplesmente e somente "ninguém respeita ela, olha a crítica ao machismo aí". Se fosse apenas isso aí sim seria mastigado e panfletário e dispensável.
Talvez você não tenha gostado porque perdeu tempo focando em certos aspectos e deixando outros passarem despercebidos. Até mesmo crísticas técnicas feitas no vídeo como a cena do parto e a luz branca eu discordo, porque estava com a atenção em outro aspecto, o que me dá um gancho pra falar sobre como eu acho genial o Aranofsky abrir mão de detalhes de continuidade que amarrariam a arte e são completamente dispensáveis na atmosfera de realismo fantástico que ele cria, por exemplo o fato da casa estar no meio do nada e ter eletricidade mesmo sem postes e cabos por perto, não haver estradas, trilhas e nem nada do tipo e as pessoas aparecerem e sumirem diante da casa, a criança nascer e não precisar cortar o cordão umbilical, etc... detalhes dispensáveis para o andamento do filme que o diretor com bastante destreza resolve não explicar.
Não sei o quanto você sabia do filme quando assistiu, mas você já partiu do pressuposto errado de que é tudo muito óbvio, se foi pra você, pode ter estragado a sua experiência.
Arte é emoção, é catarse. Você pode não gostar do filme por várias razões, mas não pode diminuir um trabalho a "abusivo" partindo de uma perspectiva que subestima a inteligência de quem assiste.
Adoro o canal, adoro o trabalho de vocês, mas excepcionalmente nesse vídeo eu acho que você só cagou regra mesmo.
Mas continuo acompanhando, espero que entenda minha opinião e esteja aberto a refletir ou debater.
Não é questão de impor limites, é de observar quando ele tá agredindo (ou perpetuando uma agressão, que seja) alguém, de forma real. Não falo da mulher apanhar no filme, falo do efeito social de COMO ela é retratada apanhando.
Saulo Adão Expor uma ação não é necessariamente reafirmá-la. this
Mas o problema é que essa violência toda, justamente pela falta de crítica consistente e pouco válida em si própria, se torna vazia. Algo que o diretor acaba usando só pra chocar e para causar discussão já que o filme é muito raso. The Handmaids Tale mostra a violência contra a mulher de todas as formas e mostra como essa violência é estrutural, também, por meio de alegorias. Mas a violência não é fetichizada ou eroticizada. O estupro não é romântico ou carnal como em Mãe. É duro, automático e antisséptico, algo muito mais feio e perturbador. Mas não é explorado. Nao é gratuito. Tem uma justificativa e causa reflexão. E justamente por isso não choca tanto, mas te perturba por muito mais tempo...
Maria Paula , primeiramente que o filme está longe, muito longe, mas MUITO longe de ser raso. Você está partindo de um ponto de vista raso. O filme cria uma alegoria realista para alegorias bíblicas religiosas, no meio disso tudo ele crítica a relação da humanidade com a natureza e com Deus e expõe as relações de poder e estereótipos entre o feminino e o masculino segundo essa mitologia judaico cristã. Tudo isso de forma muito autêntica e SIM, chocante. Se isso é ser raso, eu to doido pra vocês me indicarem coisas mais profundas, e espero que você não esteja falando de The Handsmade Tales, que é uma ótima série, mas não dá pra comparar B com C. Essencialmente são produtos audiovisuais diferentes, com objetivos diferentes que partem de pontos de vistas e cenários diferentes. Só pra te mostrar uma pequena grande diferença, em THMT a crítica a religião e ao patriarcado parte da perspectiva de uma pessoa comum (uma mulher "fiel") para as estruturas de poder. Em Mãe a crítica parte do DIVINO para a HUMANIDADE. Consegue entender a diferença?
Mais uma vez galera, arte não tem compromisso com o belo, arte pode ser sim grotesco e desprezível dependendo do objetivo e com certeza o objetivo do Aranofsky era chocar, incomodar para PROVOCAR, não reafirmar.
É super compreensível que vc como mulher tenha se sentido incomodada com as cenas mais violentas com a personagem, questão de empatia. Mas isso não faz do filme abusivo, outras coisas fariam, não isso. O filme tem um objetivo bem definido.
Quadro em Branco , amigos, e o contexto? O contexto do filme tende ao expectador acreditar que quem comete a agressão está certo? Se não, não tem impacto social negativo algum. A violência é uma forma de expressão muito efetiva. Só o fato dessas cenas terem incomodado tanto você já é prova da efetividade da mensagem. Acho que o sentimento natural do filme é, primeiro sentir raiva do Poeta por não ouvir a Mãe, segundo, sentir raiva daquelas pessoas que chegam na casa e não respeitam a Mãe. A estereotipação das personagens femininas também é proposital já que a alegoria parte da mitologia judaico cristã. O filme é efetivo em fazer o espectador sentir raiva do Poeta (deus) e das pessoas que invadem a casa (humanidade), sendo assim eu acho que está longe de ser um "mal exemplo". A indignação sua é prova disso. Porque vc acredita que em outras pessoas o efeito foi outro? Em mim os efeitos foram esses, pelo menos.
Eu saí chorando que nem uma criança desse filme, de tenta emoção, seila... Foi algo muito particular pra mim. Eu tenho um grupo de rap e eu vi esse filme com os olhos de um escritor. O bebê pra mim é como se fosse a mensagem que o artista passa pro público. (SPOILER ALERT) Eu vi a mulher como a intuição, e o homem como alguém que perde seu valores e autenticidade artística para cativar a massa ou quem o ouve. Quando começam a maltratar o bebê e o matam, pra mim, o bebê representa esse mensagem pura, essa intuição e sensibilidade sendo destruída, jogada no lixo... Quando ele tirou de dentro da mulher (intuição) aquela 'pedra preciosa' seria pra mim, a restauração de sua mensagem, a oportunidade de fazer denovo, algo que venha da essência, depois de passar por aquele caos traumático.
Vocês podem achar viagem mas foi uma das experiências mais intensas da minha vida com um filme. É o meu filme favorito, pelo impacto dessa mensagem, para mim.
Ambulant Cosmos Cara, que interpretação mais linda... Vc aproximou o jogo de metáforas do filme para a sua realidade artística pessoal. Imagino o quão emocionante deve ter sido. Devo dizer que peguei um pouco disso na cena em que o poeta deus termina o poema. A busca incessante pela inspiração e reconhecimento.
capra hircus Foi realmente muito intenso! Esse filme é uma obra de arte incrível, espiritual demais e cheio de detalhes. Essa parte do poema é realmente linda e real. Obrigado pela importância que deu ao meu comentário e por tirar um momento do seu dia pra comentar sobre. Muita paz pra você...
caracaaaaaaaaa achei que só eu tinha achado isso e que tivesse maluco
se vc levar em conta a metáfora do abuso da personagem e a degradação da natureza esse tratamento faz todo o sentido. A exposição dessas situações de forma chocante e revoltante só contribui para a transposição desses mesmos sentimentos à situação ambiental
Sim, sim, isso tá dito ali no vídeo. Mas usar uma mulher TEM UM EFEITO, e não dá pra considerar o lance da natureza alheio à isso. O vídeo é sobre esse feito.
Olha, toda a retratação da violência contra a mulher nesse filme tem uma conotação repulsiva; na minha opinião não há apologia já que em nenhum momento temos qualquer tipo de simpatia por essa situação. Inúmeras obras artísticas contém atitudes deploráveis como estupro e tortura, geralmente em tom de denúncia ou crítica. Aqui enxergo esse tipo de crítica tanto do ponto de vista literal (na violência contra aquela dona de casa, realidade que o expectador abomina o tempo todo) como, principalmente, na metáfora da natureza. Assim, não vejo um real efeito negativo uma vez q a obra expõe os maus tratos como algo terrível... mas respeito sua opinião.
só pra deixar claro, to fazendo essa crítica aqui mas sou fã do seu canal!
Eu amo sua visão e seu senso crítico sobre os assuntos abordados, seus argumentos bem construídos e pensados de forma perfeita para nos fazer questionar e repensar idéias encrostadas em nossos mentes, são absolutamente admiráveis. Obrigada.
eu assisti esse filme ontem, e vim correndo ver se tinha vídeo sobre ele aqui!! e ainda bem que tem! esse canal é incrível, parabéns
Faz sobre o filme Clube da Luta .pfvr
Nathany Pires up , e nao e qualquer um que ta pedido
Up
up
up
UP
você verbalizou as mais diversas sensações que eu tive ao decorrer do filme mas não conseguia explicar. a verdade é que só assisti mesmo porque ele foi vendido como inteligente, mas enquanto eu caminhava nessa jornada, toda aquela analogia só me pareceu rasa e apresentada de maneira dolorosamente irresponsável. com certeza a intenção do filme não foi conscientizar ninguém, mas honestamente, também não deu nenhum material para reflexão, apesar das inúmeras metáforas. a única coisa que fez foi chocar mesmo. ah, a cruel humanidade e a condescendente mãe natureza! calm down, darren, we get it. ótimo vídeo, aliás.
Deveria mudar o título do vídeo para " O que eu vejo com um problemas do filme Moher" ou " O que eu acho problemático no filme Mother" Considere que existe uma chance de o que vc vê como problema não ser necessariamente isso..
Normatização de estupro eu não vou colocar como simplesmente um problema na minha visão, sinceramente, fui objetivo mesmo
@@QuadroemBrancoBlz Feministo, entendi... Esse lance de pegar o bonde da justiça social deve estar mesmo compensando pra audiência... Enquanto isso temas importantes são esvaziados pq o garotinho não considera interpretar uma obra de ficção
???
@@clarissebento1257 O filme é uma metáfora, Deus, bíblia, e a mulher parece ser a terra, que está sempre sendo invadida, desrespeitada etc e tal... A tal cena de estupro é uma alegoria, o ato sexual nem é exibindo em cena aberta( se fosse pra comparar, The handmades tale tem cenas bem mais problemáticas), enfim, pra mim faltou contexto na crítica. Não é uma normatização do estupro, é uma alegoria pra mostrar como estamos fecundado a terra, o que acontece na sequência do filme então... Assassinato de Recem nascido seguido de antropofagia... certeza que todos aqui TMB são contra, mas somos capazes de entender que, dentro de uma história completa, existe um porquê de aquilo ser retratado ali daquela forma, não é bonito, mas acho válido que mesmo as coisas desconfortáveis possam ser exibidas pra gente refletir honestamente sobre elas, sem floreios, pensando a parttir do que é realidade e não do que a gente gostaria que fosse. A gente sabe que não é qquer pessoa que tem paciência pra assistir um filme como esse, quem se der ao trabalho de ver até o fim vai pensar em alguma coisa além de uma cena específica.
Eu conheci esse canal semana passada, e estou muito muito feliz por isso. Não paro de assistir, é realmente muito rico, faz a gente pensar fora da caixinha, com conteúdos absurdamente validos! Por mais canais assim !!! Parabéns
pouha compaça, chega deu dor de cabeça. otimo trabalho, casteloso e esclarecedor demais esses videos
Nem vi o filme, mas o vídeo do quadro em branco não da pra perder.
Se já tiver assistido skins, faz uma análise global mas pontual nos dilemas, metáforas e rejeição humana. Vlw
Skins tem uns problemas de roteiro, mas os personagens sao bens trabalhados mesmo
Acho que ela ta falando do filme Skins, e não da série Skins, até porque não faria o menor sentido
É da série, sim!
luiz felipe, pq não faria sentido?
Dayane Fernandes porque em Skins não há metáforas, inclusive é uma série que retrata a fase da adolescência de um jeito bem cru
Tá acontecendo a mesma coisa com o filme chamado " O poço", mesmo eu gostando dos videos e as teorias que esses(a) youtubers trazem, em diferente perspectivas! A maioria desses videso dão alegorias e informações que já foram faladas por outros youtubers! Que torna esses video na maioria das vezes "iguais". Parecendo que esses youtubers tá querendo entrar onda e na popularidade, em que o filme tá fazendo (que é muito bom por sinal!) Em ves da a sua opinião pro filme.
Mais uma vez, vocês aparecem com um ponto de vista diferente que eu nem tinha cogitado, vale a pena refletir e chegar as próprias conclusões. Muito obrigado por existirem!
Esse é o espírito!
Ainda não assisti o filme (apesar de já ter visto algumas críticas favoráveis e negativas a respeito) então não posso dizer muito sobre esse ponto. O que posso dizer é que esse foi um dos melhores, senão o melhor, vídeo que vi aqui no canal. Além de ter explicado tudo muito bem, você conseguiu associar sua visão sobre a obra e trazer à discussão um outro assunto real e importante.
Talvez eu não concorde com alguns pontos, como uma certa “”censura”” da arte que você traz ao falar sobre uma limitação ou “higienização” da obra na hora de falar sobre alguns temas (creio que as vezes é preciso sim chocar e expor o espectador a sensações desagradáveis - o que ainda não posso falar se nesse caso isso é feito de forma correta). O que posso afirmar é que você me deixou com bastante vontade de ver o filme. ;)
Gosto muito de você, não vou deixar de ver seus vídeos nunca. Mas eu discordo muito de você, acho que o choque é contextualizado, já que o filme se trata, de maneira muito clara, sobre a humanidade e seu desenvolvimento.
"Eu sei que a intenção do Aronofsky, aparentemente, foi criticar uma condição social aqui: da mulher que é agredida e reprimida pela sociedade. Mas da forma que ele faz, ele ta simplesmente realizando um fetiche. Com a justificativa da crítica ele pode expor essa mulher, colocar ela numa posição de vulnerabilidade e entoar as piores palavras possíveis de ofensa. Tudo no enquadramento mais hipersexualizado possível."
Esse parágrafo não faz o menor sentido.
Primeiro você fala que sabe a intenção do diretor, depois explica qual era essa intenção com um "aparentemente" (você sabe ou não?) e depois você diz que ele só usa essa intenção como justificativa pra expor a mulher.
Ou seja, a intenção foi criticar uma condição social, a intenção, aparentemente, foi criticar uma condição social ou a intenção foi expor a mulher?
E por fim, você realmente acha que uma mulher deitada com os seios à mostra, vista de cima etc. é a posição mais hipersexualizada possível?
"Mas quem dera esse fosse a maior das ofensas do vídeo." (^^)
Não acho nada do filme tão perigoso quanto essa censura forçada da arte.
Nem tão perigoso como acusar o diretor de misoginia, normalização do estupro, objetificação da mulher por fazer uma arte crítica.
Ps: Não gostei nem um pouco do filme e concordo que é um filme, na melhor das hipóteses, pretensioso.
faz sentido cara, ele se coloca como crítico mas acaba reafirmando o que ele propõe reafirmar por uma série de fatores, é isso
Não tem como fazer sentido se uma condição anula a outra. Ou você sabe que ele quis criticar uma condição social, ou você está deduzindo ("aparentemente") isso, ou ele usa essa crítica como justificativa pra expor a mulher.
Mas, pela sua resposta, você quis dizer que ele tenta fazer uma crítica social e acaba, sem querer, expondo a mulher? (o que seria uma quarta opção)
Ainda que e eu discorde das 4.
mimimimi
Kkk o cara fez todo um discurso só por que o Henrique disse "aparentemente" que pedancia do krl
@@EpifaniaExperiencia "não tem como fazer sentido se uma condiçao anula a outra"
Claro que tem. A realidade é mais criativa q nossa filosofia. Nela, se encontra variadas contradições.
Eu pensei em escrever uma opinião bem embasada que ao mesmo tempo concorda e discorda do vídeo. Mas ao mesmo tempo me perguntei se seria lido respondido pelo autor ou apenas seria ignorado. Então deixo apenas esse pensamento mostrando meu medo de ser ignorado.
Parabéns. Curto muito seus vídeos e é o meu segundo canal favorito (ficando atrás somente de tralhas do jon).
Tô sempre lendo meu bom!
Jhon Batista faaaaz! quero ler tbm. os donos do canal normalmente respondem.
Cara, esse é um dos melhores vídeos que já vi na vida. Serião. Obrigada!
Caramba, obrigado por esse vídeo. Continue com esse conteúdo de qualidade. Parabéns.
Comentario do diretor sobre o filme :
“Quis fazer um filme sobre a Mãe Natureza e como a tratamos”, contou num painel da SXSW ontem. “A forma como eu vejo a gente tratar a Mãe Natureza é completamente desrespeitosa. Nós violentamos ela, a estupramos, a chamamos de suja. Por isso Jennifer [Lawrence] interpretou a personagem daquela forma. Há muita emoção”.
Aronofsky também confirmou as referências bíblicas e a representação de Javier Barden como Deus. “Eu olhei a Bíblia e vi como o Deus do velho testamento e descrito. Quando você pensa nesse Deus, se você não ora por ele, ele te mata. Que tipo de personagem faz isso? Para mim, isso foi sobre traduzir aquilo para uma emoção humana”.
Mãe é o filme mais interessante que assisti nos últimos anos justamente por isso, dar margem a várias interpretações.
5:45 SIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
7:32 SIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
Era isso que me incomodava e eu não sabia como dizer...
Isso e a retratação da imagem de Deus que o diretor expôs. Mas, aí já é uma questão de opinião.
Tenho uma relação de ódio e admiração pelo filme porque gosto da autenticidade, das técnicas... Mas, a mensagem.....
Exato, eu fico nesse lugar tênue também. Acho que o filme tem uma identidade bem forte, mas erra muito no efeito social que causa. Mais reprovo do que gosto, provavelmente.
Ele não contou nenhuma história nova apenas a retratou, não poderia fazer diferente do que realmente é.
Sobre sua pontuação em 7:32 . Por mim isso claramente também foi intenção do diretor. Muita gente interpreta que a bíblia coloca as mulheres nessa situação, como seres que causam o pecado, causam a luxúria. Foi óbvio que a intenção era mostrar Eva (ou seria Lilith?) como esse ser manipulador,
Ruan Rosetti Mother! não se trata de uma simples adaptação. Nessa obra, ele expõe suas opiniões. Podemos discutir sobre as questões levantadas pelo filme e intenção do diretor e também das técnicas do filme.
mas qual a mensagem que o diretor quis passar na sua opinião?
É sempre mt prazeroso ver seus trabalhos. Vcs inspiram! Parabéns!
Valeu bro!
Cara sem palavras pra essa análise! Muito foda! incrível! Total acordo!
Valeu meu irmão!!
Rapaz... um video bem corajoso! To aqui bem pensativo agora... :/
Né! A reação tá bem dividida, mas isso é positivo!
Então mano, eu tinha adotado o filme... Mas vc veio c um olhar bem diferente que por exemplo eu tive... Achei q os comentários feitos pelo diretor era BEEEEM crítico e pontual... Mas agora tô repensando todo esse meu olhar... Valeu o vídeo mano! 😉
Esse final foi incrível. Preciso assistir mais filmes com direção feminina.
Primeiro vídeo do canal que vejo e acho nada a ver. ¯\_(ツ)_/¯ Tudo bem, todo mundo erra as vezes. Problematizou demais e ficou patinando. É ainda mais irônico quando boa parte do vídeo crítica o filme por ser ~~fácil demais~~, uma ofensa ao intelecto do espectador, mas aí o vídeo é repleto de má interpretações da obra. Seria mais honesto dizer que não gostou, tem que saber dosar crítica com gosto pessoal, se não vira bagunça. De qualquer forma, parabéns pelo canal e pelo esforço. Segue o jogo... aheuhea
Cara, não é má interpretação. Eu comento no começo do vídeo que não vou me propor a explicar o filme, isso milhares de vídeos já fizeram. A interpretação sobre a representação da mulher é sobre coisas que OBJETIVAMENTE estão ali no filmes, mesmo com as outras intenções de comentários sociais e críticas do diretor.
Fantástico, eu assisti ao filme por indicação, o achei muito bem escrito mas algo no final me incomodou e agora vendo o vídeo me ajudou a refletir na falta de proposito das exposições, das cenas tão fortes e intensas que não chegam a conclusão alguma.
Cara, estou acompanhando seu projeto faz mt tempo e com certeza sou apaixonado por td teor intelectual, filosofico e o estilo incomparavelmente fluido de seus videos. De verdade ,parabéns, nunca tinha visto nd q se compare com sua habilidade de assimilação entre culturas, temas e outras formas de arte e filosofia. Continue com o bom trabalho, por favor, esse projeto está definitivamente mudando a forma de um adolescente ver o mundo. (Não se a quantas pessoas devo agradecer mas utilizei o singular nesse texto pra me referir a totalidade do projeto)
*sei
Achei o filme bom sim e nao concordei com quase nada q vc disse, apenas aquela cena q ele começa a agarrar ela com força e depois ela aceita achei meio pesada e incentivadora
Murilo A pse essa cena foi a única desnecessária do filme. Até pq como alegoria não precisaria ser estupro, só sexo bastava.
também gostei muito do filme! (Foi um dos meus filmes favoritos de 2017) sinceramente achei que o quadro em branco tava encontrando cabelo em ovo, mas a cena de estupro foi desnecessária. poderia ser uma simples relação sexual.
Esperei tanto por isso
Esse eu cheguei a comentar em um vídeo lá no Omelete que ia fazer, tava guardadinho aqui na caixinha das ideias importantes
Melhor crítica do filme, deveria ter um blog seu sobre obras de entretenimento pois sei que fazer vídeo pra tudo é pesado ou em um mundo no pretérito mais que perfeito um podcast
Aroni Alves um podcast do Quadro em Branco seria meu sonho
mano eu curto de mais seu canal, fico em branco com tanta informação, e esse pensamento que enxerga todos os lados da sociedade de uma forma materialista e humanista me trás muita inspiração. Parabéns cara sucesso e longa vida ao canal.
Muito obrigado meu querido 💖
Henrique, tá ficando um vídeo mais incrível que o outro (e esse em especial)! Parabéns pelo roteiro!
Muito obrigado pelo carinho!!
De fato o filme não é a maior obra de arte do século e, apesar de boa, foi muito superestimada, mas ainda assim gosto de ver um filme com uma pegada mais artística do que meramente comercial.
Em Mother existem de fato muitos assuntos abordados, mas eu não vi nenhum aspecto machista no mesmo ou problemático (o que nos mostra o valor subjetivo do cinema).
Acho legal haver diretoras e vi alguns dos filmes citados sem nem saber que eram mulheres que haviam feito, o que pra mim é ainda mais maravilhoso, pois mostra que por detrás das câmeras não há sexo, há um profissional/artista criando a sua obra.
Na medida que você precisa de dizer "vá ver um filme dirigido por mulher" você tira todo crédito que a pessoa tem e atribui seu trabalho a seu sexo. Exatamente como foi feito anos atrás "vá pedir sua mãe pra passar a sua blusa menino". Vejam bona filmes, de bons diretores.
P.S: a pia quebrar é uma alegoria ao dilúvio bíblico (por isso os constantes aviso, assim como os avisos de Noé).Da mesma forma a morte do bebê ser o sacrifício de Cristo, por isso o teor mais assombroso e chocante.
Eu discordaria com vontade, não fosse a última cena do filme. Nela tem uma concentração de exposição desnecessária, obviedades e, principalmente, o momento aonde a violência contra a Mãe (como mulher) é justificada e quase romantizada - ainda não acho q é 100% considerando que a mulher tá completamente carbonizada e não se sente bem com aquela decisão final dela.
Não fosse essa cena final, eu conseguiria argumentar que o filme apenas retrata, de forma até meio cínica, os abusos do Homem (com e sem H maíusculo). Até porque eu acho q a primeira crítica - da obviedade - tira um pouco de peso da segunda, pois o esforço do diretor em deixar óbvia a alegoria bíblica é uma tentativa desesperada de desumanizar todo mundo no filme. A Mãe é só uma imagem, mas tudo no filme é, tudo nele é simbólico e as mudanças de conduta dos personagens prova que estamos acompanhando conceitos, não pessoas.
É um filme extremamtente experimental (no sentido de ser um experimento do diretor, não de ser diferentão) e que serve mt bem como estudo de caso sobre vários aspectos técnicos e aspectos filosóficos do cinema, do valor de representações sem conclusões e sem "conteúdo"; e esse vídeo é um ótimo ponto para esta discussão. E, por causa da última cena, não posso discordar dos argumentos usados aqui.
Obs: Achei meio triste xingar tanto a obviedade do filme considerando que a maioria das pessoas que conversei não entenderam de primeira, e alguns nem de segunda. Achei que era uma coisa do meu meio, mas os muitos "mother explained" provam que muita gente precisa de uma ajudinha pra sacar. Confesso que eu entendi só depois do Caim e Abel. Não sou nem o espertão nem o perdido hehehe
Bem, amo o canal gosto das abordagens, gosto de tudo mas arte é arte.. Cada um observa e absorve da maneira que lhe tocar..
puta merda que vídeo foda!! eu tô toda arrepiada com esse final. parabéns o trabalho de vocês é excepcional!
aaaaa muito obrigado por isso!!
Façam um vídeo falando um pouco das histórias de vocês, de como foi começar o canal, seus gostos, etc. Por favoor
Sei que não é o foco do canal, mas gostaria muito de saber mais sobre as pessoas envolvidas por trás dos vídeos, abraços. Canal tá foda
Achei a analise mimizenta, muita gente ainda assim nao entendeu o filme.
Bom, se entender o filme é o que algum dos canais aqui do RUclips disse sobre ele, eu provavelmente entendi, já que vi todos. Fiz uma abordagem diferente exatamente porque apesar de tudo que o filme pode querer dizer, ele OBJETIVAMENTE realiza os problemas que eu citei aqui.
Quadro em Branco Vc nao entendeu o que eu disse. "Nem todos entenderam o filme" mesmo ele usando algumas obviedades e tacando na cara do expectador, ainda assim ha quem o considera complexo, acho apenas que é um filme sem grandes extraordinários, com seus defeitos, mas não vi todo esse mimimi machista e etc. Uma vez que fala de alegorias como elas são
Eu discordo da maioria das coisas, mas achei bons os argumentos que vc pôs no vídeo, é uma crítica com bastante embasamento. Eu interpretei que é uma crítica a nós seres humanos, da nossa relação com a natureza, me fez pensar bastante nisso e no fanatismo religioso. O fato da protagonista sofrer abuso de todas as partes no filme inteiro é pq a relação do ser humano com a Natureza é essa, nós só tiramos, nós só "batemos" nela o tempo todo e não damos nada em troca, eu discordo quando dizem que o filme não é inteligente pq ele força vc a pensar sobre as questões por mais que vc não goste do filme. Pra mim funcionou perfeitamente, ainda mais por estarmos numa época em que os diretores tem cada vez mais medo de arriscar, é compreensível que muita gente tenha detestado ao filme, o próprio Aronofsky admitiu que esse filme não ía agradar todo mundo pq ele toca em temas bem delicados, inclusive senti falta disso no vídeo, algumas partes de entrevistas do Aronofsky falando sobre o filme, acho que enriqueceria mais o vídeo.
FINALMENTE!!!
Alguém que não achou Mother! tudo aquilo glamuroso! Eu morria de raiva vendo a atriz sem personalidade, levada pelas ações alheias e principalmente o marido LITERALMENTE ignorando qualquer coisa que ela tenha pedido de forma muito egoísta, e ainda a fazendo se sentir péssima. Até falei pro meu namorado, meu acompanhante nessa assistida, que tava morrendo de vontade de dar uma bifa na cara de todo mundo. Na cara do marido porque é um abusador (e sinceramente aquela cena de estupro romantizado merecia uma mordida ou um chute nas bolas), na cara do "fã fanático" porque é muito folgado, e na família dele toda que fodeu a casa toda e também na Mãe que precisa parar de ser trouxa!
PQP ainda tô com raiva desse filme. Isso quer dizer que ele me impressionou de alguma forma.
Enfim, adorei seu trabalho comparando Mother com Batman a série animada, 50 tons (a história é meio fraca porque é adaptação de uma fanfic de crepúsculo) e Trama fantasma (que irei buscar assistir).
Obrigada.
único conteúdo bom que vi sobre esse filme. conteúdo sincero e pessoal, muito bom!
Vc conseguiu elucidar um pouco do meu incomodo com esse filme. No cinema, fiquei inquieta e não sabia explicar o porquê. Essa perspectiva, pra mim, se encaixa perfeitamente! Excelente vídeo! Parabéns!
Fico muito feliz de ajudar de alguma forma! Muito obrigado!!!
Gosto muito do canal, mas discordo de diversos pontos abordados nesse vídeo e gostaria de pontuar algumas coisas a respeito:
- Não penso que o filme ofenda a inteligência do espectador por ser óbvio demais, ele simplesmente não foi dirigido pensando em ser sutil ou trazer multiplicidade de interpretações pra cada elemento. Ele tenta ser bem direto e deixar claro seus aspectos fundamentais
- Boa parte dos personagens são esteriotipados para fortalecer os símbolos que eles representam e tornar suas emoções, intenções e comportamentos facilmente legíveis
- Aos 7:51 você diz que "o filme quase justifica todas as agressões que a personagem sofre, a ponto dela ceder conscientemente o amor por uma espécie de bem maior, e do ponto de vista cíclico, representar isso como uma condição inerente à mulher", como assim?? O filme depois de criar uma imagem abominável do deus, reforçar a imagem da mãe como vítima (muito reforçada pela cena da agressão) e criticar o comportamento machista das sociedades (como você mesmo pontuou como óbvio em determinado ponto do vídeo), como poderia ser isso justificado?
Sobre a última questão, principalmente, ele subtende uma espécie de amor e instinto de proteção por aquela situação. É bem perigoso sim, porque diferente da terra - onde isso talvez faça mais sentido - no caso da mulher isso é quase que completamente imposto.
E mais uma coisa: O filme não se vende como inteligente, ele É INTELIGENTE. Diminuir o filme com esse argumento é vergonhoso. Sejam menos Cultzinhos.
Na verdade são os cultzinhos que gostam de Mãe
Abriu tanto minha mente q chegou a doer!
aaaaaa
Mente aberta dói na hora da abertura, mas gera bons frutos! haha
Melhor filme sobre "mother!" que vi. e olha que saí do cinema ansiosa pra chegar em casa e fuçar o youtube atrás de alguma coisa boa. diversas observações eu nem tinha considerado quando vi o filme e já estou na mesma página que vocês. Excelente trabalho!!! Obrigada!
Vídeo fantástico, trouxe um olhar bastante diferente do senso comum levantando questões extremamente relevantes. Parabéns pelo canal!
Se você entendeu todas as referências de primeira e ainda achou óbvias, você é um gênio, parabéns. Isso não faz do filme menos inteligente.
Esse filme é pura agonia
Vdd
Mas a ideia é essa
Adoro o canal, mas achei a argumentação do vídeo bem confusa... O filme mãe! reforça esteriótipos sobre a objetificação da mulher e isso é um problema por conta da violência contra a personagem, mas a série do Batman onde o Coringa só valoriza a Arlequina quando seu esconderijo vira uma bagunça (pq não uma mulher para limpar) é uma boa crítica?? Isso não é um reforço do papel doméstico da mulher de maneira mais descarada?
Concordo com o final onde se discute o papel da mulher enquanto criadora de conteúdo e que devemos valorizar isso, o vídeo poderia ter mais minutos falando sobre isso...
Ah, não, nessa caso do esconderijo é sobre como o CORINGA enxerga a arlequina. A série enxerga ela como uma personagem super ativa, com muito mais ação e gerência do que o próprio coringa as vezes (procura o episódio Crazy Love, lá mostra como ele é reativo ao Batman e ela poderia resolver tudo de forma muito mais organizada - é outro retrato interessante do relacionamento manipulativo/abusivo).
Sim, entendo. Mas o argumento do vídeo é que mãe! expressa as ideias do autor pelos personagens e como isso é perigoso, mas como podemos fazer um comparativo com outra obra sem usar a mesma métrica? O personagem "Coringa" atende as mesmas questões dos personagens do filme, ele não pensa por si, é obra de um autor. Acho que o filme tem problemas sim, não discordo nem um pouco. O canal tem sempre uma narrativa muito bem fundamentada, mas nesse vídeo eu achei que faltou um pouco de simetria na hora de tratar sobre as obras. Saca?
PS. Estou emocionado pq fui respondido por vcs (💙).
Sim, entendo. Mas o argumento do vídeo é que mãe! expressa as ideias do autor pelos personagens e como isso é perigoso, mas como podemos fazer um comparativo com outra obra sem usar a mesma métrica? O personagem "Coringa" atende as mesmas questões dos personagens do filme, ele não pensa por si, é obra de um autor. Acho que o filme tem problemas sim, não discordo nem um pouco. O canal tem sempre uma narrativa muito bem fundamentada, mas nesse vídeo eu achei que faltou um pouco de simetria na hora de tratar sobre as obras. Saca?
PS. Estou emocionado pq fui respondido por vcs (💙).
quanta demencia
Obrigado por compartilhar o seu ponto de vista! Confesso que fiquei vislumbrado pela atmosfera sufocante e instigante do filme, mas foi ótimo ver a obra de uma outra perspectiva. Estou conhecendo o seu canal aos poucos e estou curtindo cada vez mais!
c a r a l h o você me surpreende a cada vídeo postado.Eu fico meio com o pé atrás quando falam sobre a pretensiosidade de uma obra,que ela tá querendo pagar de cult e tal,eu logo penso "porra,deixa os garoto brinca" mas sua crítica foi incrível.Alguns pontos desse filme me incomodavam mas eu não consegui identificar muito bem,o enquadramento da câmera na jlaw em diversos momentos que não faziam o menor sentido,sem falar da cena que você mostrou em que ela recusava as investidas do marido e no final acabou sentindo prazer com aquilo...Enfim,tu me ajudou a esclarecer muita coisa.VÍDEO INCRÍVEL COMO SEMPRE
MUITO OBRIGADOOO
o tal do homem feminista
O problema De Mae!?: ser bom demais.
Adorei o video embora discordado De sua opninao
NESSE.. vocês foram foda pra buceta. parabéns pela pesquisa e interpretação!
tem canal melhor? não, não tem. esse éo melhor canal
a forma de explicar, aforma que te faz absorver as ideias.
com os seus videos vc me da uma vontade de pensar, até mais que o meus livros escolares, muito bom esse tampo ai mano (olha que eu leio eles)
Que massa!! Valeu pela força!
Gosto do conteúdo do canal de vocês, mas essa crítica foi extremamente simplória e medíocre. Parece que em muitos vídeos vocês conseguem uma profundidade de conteúdo que varia de mediana a boa, mas nesse parece que foi só uma válvula de escape pra falar mal de um filme que vocês não gostaram. Eu assisti o filme várias vezes e simplesmente tem um roteiro genial e cheio de hipérboles que servem para reforçar cada alegoria e metáfora (O filmes é obviamente uma metáfora do inicio ao fim), o filme choca pessoas Cultizinhas e também as pessoas comuns... no estilo Nolan, não é uma ofensa para quem está assistindo reforçar algumas ideias e alguns pontos ao longo do filme, nem todo mundo que vai ao cinema é Cult. E sobre o relacionamento abusivo, lembrem-se que o filme é metafórico! isso muda a interpretação de muitas cenas ;)