Boa noite, meu amigo, tudo certo aí por Bauru? Como anda a situação da estação da NOB? Acha que a atual prefeitura vai querer restaurá-la. Eu me desespero só de pensar que pode vir tudo abaixo. Abraço.
Manoel, fico muito feliz em saber que consegui trazer boas informações! Muitíssimo obrigado por dizer isso - é a maior realização do meu trabalho. Abraço.
O grande problema da FEPASA, foi a falta de investimentos 😢, a empresa não acompanhou o desenvolvimento tecnológico, em 1971, eu tinha 6 anos de idade e me lembro perfeitamente da formação da FEPASA, na época, eu morava no pequeno Bairro de Silvânia, município de Matão - SP, a escola primária que eu frequentei a partir de 1973, pertencia a FEPASA, mas.... já, na época a decadência era visível e o fechamento de inúmeros estações, incluindo a de Silvânia, foi uma das primeiras a ser fechada..... dai pra frente "foi só ladeira a baixo" exatamente 👏👏👏👏, como você disse no vídeo, esse foi um dos grandes problemas, o grande número de funcionários mal distrbuidos, má administração, falta de investimento em modernização, tudo isso foi contribuindo para a lenta degradação da empresa 😢, sim, sinto muita saudades dos trens de passageiros da FEPASA.... mas..... é preciso ser realista e racional, quando se trata de gestão empresarial, infelizmente.... do jeito que a empresa funcionava.... atualmente seria IMPOSSÍVEL de manter seu funcionamento, parabéns pelo vídeo!!!!, desejo sucesso, para ssu canal!!!! 🙏ruclips.net/video/gISL3SEJG-M/видео.htmlsi=fB9hMCQGZXHoh9Sa clicando no li no link dá pra ver um um trem da FEPASA e um 1996.
Assino embaixo de cada palavra, Luiz! Você tem toda a razão. Vi o vídeo também... Trem longo para 1996 - 7 carros, mas você já vê, em alguns deles, a pintura bem descascada e o azul da primeira fase da FEPASA aparecendo. Além de a locomotiva ser uma G12, originalmente CP, em lugar das GPs, que serviam a linha da EFA. Testemunho de uma sobrevivência por esforço dos trabalhadores da empresa, mas já sem padronização, como antes havia. Abraço!
Ótimo vídeo, Átila, especialmente para lembrar que a FEPASA não era um mar de rosas como o pessoal hoje tenta pintar com o prisma da saudade. Mas vou ter que corrigir você numa coisa, amigo: as C-30 Quintela nunca passaram para a Ferroban, elas sempre foram locomotivas de cliente. Por contrato, elas deveriam ter passado para a FEPASA em algum momento da primeira metade dos anos 2000, mas "se FEPASA já não existe, de FEPASA não pode ser", e em 2003 a Quintela às vendeu para a Caramuru, que depois as revendeu para uma multinacional agrícola francesa, que foi quem as desativou em 2016/17. No mais, ótimo vídeo e aguardando a parte 2. Um grande abraço!
Obrigado pela informação, Jônatas. Eu sempre soube que a situação das Quintela era bem nebulosa; ouvi muita história conflitante e poucas fontes realmente confiáveis. De fato, as C30 usadas vieram depois e já nas mãos da ALL. Seu apoio aos conteúdos é fundamental. Abraço!
Like N 12 Informações preciosas para quem gosta do setor ferroviário, eu sigo aqui acompanhando a manutenção na Bauru Panorama e ver o que vai ser feito nesse ano de 2025. Parabéns pelo video! Abraço!
Boa noite, meu amigo! O seu canal é testemunha ocular da Bauru-Panorama, sem dúvida o melhor lugar para acompanhar notícias sobre as obras. Admiro seu trabalho! Abraço.
Apaixonado que sou por ferrovias, não posso gostar do assunto, mas o vídeo é muito bom e elucidativo. As ferrovias foram, por muito tempo, relegadas à condição de "escória do transporte", suprimiram todos os investimentos necessários à sua manutenção, tanto FEPASA quanto RFFSA; expansão, nem pensar, então passaram a prestar péssimos serviços, a fim de justificar sua privatização, que foi a verdadeira pá de cal nas nossas estradas de ferro.
Boa noite, Ladislau. Na atual situação, acho bem difícil. As reformas que estão fazendo no trecho Bauru-Panorama, caso gerem uma efetiva reativação da linha, trará apenas o transporte de cargas. Abraço.
João, boa noite! Eu não conheço em detalhes o traçado de toda a NOB para cravar uma resposta "cem por cento", mas acredito que não, a menos que se façam retificações e modificações nos trilhos para tipos que suportam mais peso - já que a linha é originalmente em bitola métrica, e a mista pressupõe colocar, também, a larga, que exige maior raio de curva e maior capacidade de peso transportado. Em todo o caso, quando a relicitação acontecer (se acontecer), creio que a nova operadora ao menos analisará a possibilidade, para poder ter maior integração com outras ferrovias. Abraço.
O saudosismo da FEPASA se explica pelos recorrentes abandonos de vários trechos ferroviários. A RFFSA bem como a FEPASA pensavam as ferrovias de um jeito diferente com que pensam essas empresas, em especial a Rumo e a VLI. Hoje em dia essas empresas de logística querem operar apenas os trens longos, com mais de cem vagões por composição. Por esse motivo a ferrovia transformou-se em uma grande correia dentada. Quanto ao transporte de passageiros, muitos se recordam das empresas estatais com muita saudade dos serviços de passageiros que eram realizados. Mas naquela época os governos estavam tão fissurados no neoliberalismo, que não queriam mais realizar esse serviço. Como eles não podiam acabar com ele, eles escolheram essas malditas empresas de logística para acabar com tudo. Outra coisa que chama a atenção é essa cede de tirar proveito das situações... O governo federal, comandado por esses governantes gosta tanto de tirar proveito das situações, que a antiga malha ferroviária do Rio Grande do Sul foi totalmente destruída. Ao invés dos executivos exigirem sua recuperação, estão falando em construir outras ferrovias e permitiram que a Rumo abandonasse tudo.
Exatamente, meu amigo. O que pegou nas concessões ferroviárias não foi exatamente o fato de as empresas saírem das mãos dos governos, foi a frouxidão dos contratos que, em rigor, não obrigavam a quase nada e deixaram as novas administradoras bem livres para tocarem o barco. Aí, claro, fizeram o que dava mais lucro e deixaram o resto apodrecer. Abraço.
Vale ressaltar que as linhas da Sorocabana, entre Rubião Júnior e Presidente Epitácio, bem como a linha Itararé à Iperó, foram transferidas para a ALL, já no ano de 1999.
Bom dia, meu amigo! Pois é... Sei que vai haver esse tipo de observação. Algumas pessoas ainda não se conformaram que, mesmo após quase 30 anos, aquele modelo não teria como sobreviver - e é preciso ser objetivo para analisar isso, concorda? Claro que temos saudade, mas é fundamental nos pautarmos em fatos! Abraço.
@@AlmadaConsultoria sim, concordo, quem mais acabou com as ferrovias foram as próprias (CP, CM por exemplo)... essas mesmas erradicaram parte significativa da malha. Fepasa e Rede só continuaram a saga.
Eu vi fotos, Victor, é exatamente como você descreveu. A Rumo não está nem aí justamente porque a estação em si não é da Rumo - o prédio pertence, hoje, a SPU (Secretaria de Patrimônio da União), na qual há esse conflito de informações, esse desencontro tenebroso de não conseguirem sequer saber se o prédio ainda existe. E é uma pequena, pelo potencial turístico que poderia trazer. Abraço.
A FEPASA quando existia, era responsável pelo transporte de cargas e passageiros. Se a FEPASA voltar, ela deveria ser responsável apenas pelo transporte de passageiros, o transporte de carga continuaria com a iniciativa privada ou com a INFRA (empresa do governo federal). Quanto ao transporte de passageiros, não haveria monopólio, a FEPASA coexistiria com empresas privadas (como é na Europa, o modelo europeu de ferrovias é o melhor do mundo).
Filipe, a sua sugestão é interessante. Entretanto, você não acha que, aqui no Brasil, a questão do "parte público, parte privado" geraria conflitos de interesses e entraves políticos que prejudicariam esse modelo, como ocorre, por exemplo, nas constantes rusgas entre MRS e CPTM ou entre a operadora metropolitana, pública, e a ALL, privada, que levou a ALL a retirar os trens de carga da zona de tráfego comutada? Aguardo sua resposta para continuarmos... Quero entender melhor sua ideia! Abraço e obrigado por enriquecer o debate.
@@AlmadaConsultoria Aí é questão de uma boa legislação. Cargas e Passageiros tem características muito diferentes. Eu sou da opinião que trens de cargas deveriam evitar circular nas áreas urbanas, principalmente aquelas cargas perigosas (combustíveis, produtos químicos). Acho que essas rugas acontecem mais pela falta de investimentos ferroviários no Brasil (modernização das linhas existentes, falta de mais contornos ferroviários, novas linhas férreas). Um abraço!!!
Muito interessante a sua ideia, Filipe. Entendi melhor e realmente gostei. O "único" problema é que boa legislação e Brasil não são muito amigos... Quem dera fossem! Abraço!
Na decada de setenta quando inauguraram a estação de Garca o entao secretário dos transportes Paulo Maluf do Governo Laudo Natel prometeu de construir casas la mais hoje nem a as estacao existe mais e só foi promessas politicas mesmo.
Infelizmente as ferrovia começou a minguar em 1956 quando JK subiu ao poder. Esse foi o principal nome para o fim da ferrovia. Seu governo foi marcado pelo incentivo ao transporte rodoviário, carga e passageiros. As ferrovias sentiram o golpe o que culminou na estatização para não fechar. A FEPASA ja surgiu falida ja nos anos 70. O transporte de passageiros de longa distância não dava lucro a empresa, muito pelo contrário dava prejuízo. O transporte de carga era pequeno, muito por falta de tração e por incentivo. O governo por sua vez não estava nem aí e não investia. Existe uma grande máfia do transporte rodoviário no Brasil, principalmente no ramo de passageiros, onde trava o transporte ferroviário de longa distância. Jaime Cintra sabia que com a estatização, o fim era inevitável. Se for resumir: Houve um grande incentivo a ferrovias no final do século 19 até meados do século 20, a partir de 1950 houve o abandono do incentivo e fortalecimento das rodovias, depois veio a estatização e sucateamento e por fim venda. Agora querem correr atras do prejuízo. É mais ou menos isso. Kkkk. Parabéns Átila. Vídeo ótimo
Concordo integralmente com você, amigo. Exatamente por isso o Jayme Cintra era ferrenhamente contrário à estatização; diga-se de passagem, o último grande presidente da CP. Obrigado por estar sempre aqui, trazendo comentários tão necessários e pertinentes. Abraço.
@Soldado45 Esse papo de só culpar o JK já cansou meu, vamos analisar: - Em 1956 o Brasil tinha 37.000 Km de ferrovias e menos de 1000 Km de rodovias asfaltadas; - JK investiu muito mais em rodovias, isso é um fato, mas o Brasil não tinha nada de rodovias nos anos 50 e mesmo assim em seu Plano de Metas, JK construiu 1000 Km de ferrovias (o que os governos atuais são incapazes de fazer); - JK cometeu um grave erro ao criar a RFFFSA (na minha opinião seria muito melhor cada estado brasileiro ter sua estatal ferroviária, pois assim estaríamos próximos do modelo ferroviário europeu); - Nos anos 70 era nítido que as ferrovias brasileiras necessitavam de uma modernização, mas o que acabou mesmo com as ferrovias foi a crise da dívida externa (anos 80) e as políticas neoliberais (anos 90);
Filipe, não se trata de culpar só o JK; o @Soldado45 disse que a ferrovia começou a minguar, e é verdade. Minguar significa reduzir-se, tornar-se menos abundante, perder força, e foi exatamente o que aconteceu. Construir 1000 km de trilhos não significa investir para que continue a ser um meio de transporte lucrativo e concorrendo em pé de igualdade com os carros. Ao praticamente isentar de impostos a indústria automobilística, doar terrenos para a construção de fábricas e permitir que o lobby do automóvel se instalasse no Brasil, sem, em contrapartida, oferecer nenhum benefício às estradas de ferro, o governo JK sentenciou-as de morte, ainda que tenha sido algo lento e, como você bem pontuou, que os sucessores nada tenham feito para consertar, porque a esteira de desinteresse político continuou. Há uma esteira de culpa, sim, mas foi o plano dos "50 anos em 5" que deu o pontapé inicial. Da mesma maneira, não acredito que seria melhor a possibilidade de cada estado ter a sua própria empresa ferroviária, porque a administração pública - vide FEPASA, nosso caso em análise - nada fez de concreto para a melhora da sua malha; ao contrário, seguiu o processo de sufocamento, aprofundando-o, até que tudo se acabasse e desse no que deu. Abraço.
Boa tarde 👏👏👏👏👏👏
Boa noite, meu amigo, tudo certo aí por Bauru? Como anda a situação da estação da NOB? Acha que a atual prefeitura vai querer restaurá-la. Eu me desespero só de pensar que pode vir tudo abaixo. Abraço.
Ótimo vídeo, sempre muito perfeccionista nos conteúdos. Parabéns ❤👏👏👏👏👏
Paulo, boa noite e muitíssimo obrigado! Fico muito feliz por você acompanhar meu trabalho. Grande abraço.
Gostei muito da explicação...❤
Obrigado! Abraço.
Ótimo vídeo amigo Bem explicado a gente tem muita saudade desta época até o próximo vídeo
Opa, Daniel, se temos saudade... Pena que o tempo só tem uma direção: ele sempre vai, e ficam as memórias. Abraço.
Muito bom seu vídeo Átila eu gostei muito de tantas informações que a gente não sabia.
Manoel, fico muito feliz em saber que consegui trazer boas informações! Muitíssimo obrigado por dizer isso - é a maior realização do meu trabalho. Abraço.
O grande problema da FEPASA, foi a falta de investimentos 😢, a empresa não acompanhou o desenvolvimento tecnológico, em 1971, eu tinha 6 anos de idade e me lembro perfeitamente da formação da FEPASA, na época, eu morava no pequeno Bairro de Silvânia, município de Matão - SP, a escola primária que eu frequentei a partir de 1973, pertencia a FEPASA, mas.... já, na época a decadência era visível e o fechamento de inúmeros estações, incluindo a de Silvânia, foi uma das primeiras a ser fechada..... dai pra frente "foi só ladeira a baixo" exatamente 👏👏👏👏, como você disse no vídeo, esse foi um dos grandes problemas, o grande número de funcionários mal distrbuidos, má administração, falta de investimento em modernização, tudo isso foi contribuindo para a lenta degradação da empresa 😢, sim, sinto muita saudades dos trens de passageiros da FEPASA.... mas..... é preciso ser realista e racional, quando se trata de gestão empresarial, infelizmente.... do jeito que a empresa funcionava.... atualmente seria IMPOSSÍVEL de manter seu funcionamento, parabéns pelo vídeo!!!!, desejo sucesso, para ssu canal!!!! 🙏ruclips.net/video/gISL3SEJG-M/видео.htmlsi=fB9hMCQGZXHoh9Sa clicando no li no link dá pra ver um um trem da FEPASA e um 1996.
Assino embaixo de cada palavra, Luiz! Você tem toda a razão. Vi o vídeo também... Trem longo para 1996 - 7 carros, mas você já vê, em alguns deles, a pintura bem descascada e o azul da primeira fase da FEPASA aparecendo. Além de a locomotiva ser uma G12, originalmente CP, em lugar das GPs, que serviam a linha da EFA. Testemunho de uma sobrevivência por esforço dos trabalhadores da empresa, mas já sem padronização, como antes havia. Abraço!
Ótimo vídeo, Átila, especialmente para lembrar que a FEPASA não era um mar de rosas como o pessoal hoje tenta pintar com o prisma da saudade. Mas vou ter que corrigir você numa coisa, amigo: as C-30 Quintela nunca passaram para a Ferroban, elas sempre foram locomotivas de cliente. Por contrato, elas deveriam ter passado para a FEPASA em algum momento da primeira metade dos anos 2000, mas "se FEPASA já não existe, de FEPASA não pode ser", e em 2003 a Quintela às vendeu para a Caramuru, que depois as revendeu para uma multinacional agrícola francesa, que foi quem as desativou em 2016/17. No mais, ótimo vídeo e aguardando a parte 2. Um grande abraço!
Obrigado pela informação, Jônatas. Eu sempre soube que a situação das Quintela era bem nebulosa; ouvi muita história conflitante e poucas fontes realmente confiáveis. De fato, as C30 usadas vieram depois e já nas mãos da ALL. Seu apoio aos conteúdos é fundamental. Abraço!
Like N 12
Informações preciosas para quem gosta do setor ferroviário, eu sigo aqui acompanhando a manutenção na Bauru Panorama e ver o que vai ser feito nesse ano de 2025.
Parabéns pelo video!
Abraço!
Boa noite, meu amigo! O seu canal é testemunha ocular da Bauru-Panorama, sem dúvida o melhor lugar para acompanhar notícias sobre as obras. Admiro seu trabalho! Abraço.
Meu pai trabalhou na área de segurança da FEPASA, em Botucatu 😊
E você nunca me contou isso, querida Joana? Preciso do seu depoimento, saber dessa sua memória para ontem! Beijo grande.
Apaixonado que sou por ferrovias, não posso gostar do assunto, mas o vídeo é muito bom e elucidativo. As ferrovias foram, por muito tempo, relegadas à condição de "escória do transporte", suprimiram todos os investimentos necessários à sua manutenção, tanto FEPASA quanto RFFSA; expansão, nem pensar, então passaram a prestar péssimos serviços, a fim de justificar sua privatização, que foi a verdadeira pá de cal nas nossas estradas de ferro.
Exatamente isso, meu amigo. "Escória do transporte". Extremamente triste, totalmente real. E o resultado é esse vazio. Abraço.
As locomotivas minissaias da Sorocabana, foram adquiridas no final da década de 1960.
Isso mesmo, junto com as Vandecas, para a CP. Em 1967. Abraço!
Será que vamos ver o trem de passageiro voltar a rodar no interior de São Paulo - região de bauru.
Faz muita falta.
Boa noite, Ladislau. Na atual situação, acho bem difícil. As reformas que estão fazendo no trecho Bauru-Panorama, caso gerem uma efetiva reativação da linha, trará apenas o transporte de cargas. Abraço.
Uma Pergunta ainda e possível a Reconstrução da malha Oeste antiga NOB/EFS Para a Bitola Mista ?
João, boa noite! Eu não conheço em detalhes o traçado de toda a NOB para cravar uma resposta "cem por cento", mas acredito que não, a menos que se façam retificações e modificações nos trilhos para tipos que suportam mais peso - já que a linha é originalmente em bitola métrica, e a mista pressupõe colocar, também, a larga, que exige maior raio de curva e maior capacidade de peso transportado. Em todo o caso, quando a relicitação acontecer (se acontecer), creio que a nova operadora ao menos analisará a possibilidade, para poder ter maior integração com outras ferrovias.
Abraço.
O saudosismo da FEPASA se explica pelos recorrentes abandonos de vários trechos ferroviários.
A RFFSA bem como a FEPASA pensavam as ferrovias de um jeito diferente com que pensam essas empresas, em especial a Rumo e a VLI.
Hoje em dia essas empresas de logística querem operar apenas os trens longos, com mais de cem vagões por composição. Por esse motivo a ferrovia transformou-se em uma grande correia dentada.
Quanto ao transporte de passageiros, muitos se recordam das empresas estatais com muita saudade dos serviços de passageiros que eram realizados.
Mas naquela época os governos estavam tão fissurados no neoliberalismo, que não queriam mais realizar esse serviço. Como eles não podiam acabar com ele, eles escolheram essas malditas empresas de logística para acabar com tudo.
Outra coisa que chama a atenção é essa cede de tirar proveito das situações...
O governo federal, comandado por esses governantes gosta tanto de tirar proveito das situações, que a antiga malha ferroviária do Rio Grande do Sul foi totalmente destruída. Ao invés dos executivos exigirem sua recuperação, estão falando em construir outras ferrovias e permitiram que a Rumo abandonasse tudo.
Exatamente, meu amigo. O que pegou nas concessões ferroviárias não foi exatamente o fato de as empresas saírem das mãos dos governos, foi a frouxidão dos contratos que, em rigor, não obrigavam a quase nada e deixaram as novas administradoras bem livres para tocarem o barco. Aí, claro, fizeram o que dava mais lucro e deixaram o resto apodrecer. Abraço.
Vale ressaltar que as linhas da Sorocabana, entre Rubião Júnior e Presidente Epitácio, bem como a linha Itararé à Iperó, foram transferidas para a ALL, já no ano de 1999.
Sim, inicialmente para a Ferroban (que chegou até a pintar algumas locomotivas e vagões da métrica) e, pouco tempo depois, para a ALL. Abraço.
Ahh, não vejo a hora de ver o pessoal comentando: "maldito PSDB"... "volta fepasa" 😂😂😂
Bom dia, meu amigo! Pois é... Sei que vai haver esse tipo de observação. Algumas pessoas ainda não se conformaram que, mesmo após quase 30 anos, aquele modelo não teria como sobreviver - e é preciso ser objetivo para analisar isso, concorda? Claro que temos saudade, mas é fundamental nos pautarmos em fatos! Abraço.
@@AlmadaConsultoria sim, concordo, quem mais acabou com as ferrovias foram as próprias (CP, CM por exemplo)... essas mesmas erradicaram parte significativa da malha. Fepasa e Rede só continuaram a saga.
Muitas pessoas comentam em outros canais que foi o governo do PSDB que acabou com as ferrovias mais não tem nada haver com a realidade dos fatos.
O que fica é saudade ❤
A Estação de Campo Alegre está cada dia sumindo, estão fazendo um ponto de apoio da Rumo ou Mrs lá, porém de vez cuidar estão acabando com tudo
Eu vi fotos, Victor, é exatamente como você descreveu. A Rumo não está nem aí justamente porque a estação em si não é da Rumo - o prédio pertence, hoje, a SPU (Secretaria de Patrimônio da União), na qual há esse conflito de informações, esse desencontro tenebroso de não conseguirem sequer saber se o prédio ainda existe. E é uma pequena, pelo potencial turístico que poderia trazer. Abraço.
A FEPASA quando existia, era responsável pelo transporte de cargas e passageiros.
Se a FEPASA voltar, ela deveria ser responsável apenas pelo transporte de passageiros, o transporte de carga continuaria com a iniciativa privada ou com a INFRA (empresa do governo federal).
Quanto ao transporte de passageiros, não haveria monopólio, a FEPASA coexistiria com empresas privadas (como é na Europa, o modelo europeu de ferrovias é o melhor do mundo).
Filipe, a sua sugestão é interessante. Entretanto, você não acha que, aqui no Brasil, a questão do "parte público, parte privado" geraria conflitos de interesses e entraves políticos que prejudicariam esse modelo, como ocorre, por exemplo, nas constantes rusgas entre MRS e CPTM ou entre a operadora metropolitana, pública, e a ALL, privada, que levou a ALL a retirar os trens de carga da zona de tráfego comutada? Aguardo sua resposta para continuarmos... Quero entender melhor sua ideia! Abraço e obrigado por enriquecer o debate.
@@AlmadaConsultoria Aí é questão de uma boa legislação. Cargas e Passageiros tem características muito diferentes.
Eu sou da opinião que trens de cargas deveriam evitar circular nas áreas urbanas, principalmente aquelas cargas perigosas (combustíveis, produtos químicos).
Acho que essas rugas acontecem mais pela falta de investimentos ferroviários no Brasil (modernização das linhas existentes, falta de mais contornos ferroviários, novas linhas férreas).
Um abraço!!!
Muito interessante a sua ideia, Filipe. Entendi melhor e realmente gostei. O "único" problema é que boa legislação e Brasil não são muito amigos... Quem dera fossem! Abraço!
Na decada de setenta quando inauguraram a estação de Garca o entao secretário dos transportes Paulo Maluf do Governo Laudo Natel prometeu de construir casas la mais hoje nem a as estacao existe mais e só foi promessas politicas mesmo.
Pois é, Manoel, o que a FEPASA mais acumulou foram promessas que nunca se concretizaram, infelizmente. Grande abraço!
Infelizmente as ferrovia começou a minguar em 1956 quando JK subiu ao poder. Esse foi o principal nome para o fim da ferrovia. Seu governo foi marcado pelo incentivo ao transporte rodoviário, carga e passageiros. As ferrovias sentiram o golpe o que culminou na estatização para não fechar. A FEPASA ja surgiu falida ja nos anos 70. O transporte de passageiros de longa distância não dava lucro a empresa, muito pelo contrário dava prejuízo. O transporte de carga era pequeno, muito por falta de tração e por incentivo. O governo por sua vez não estava nem aí e não investia. Existe uma grande máfia do transporte rodoviário no Brasil, principalmente no ramo de passageiros, onde trava o transporte ferroviário de longa distância. Jaime Cintra sabia que com a estatização, o fim era inevitável. Se for resumir: Houve um grande incentivo a ferrovias no final do século 19 até meados do século 20, a partir de 1950 houve o abandono do incentivo e fortalecimento das rodovias, depois veio a estatização e sucateamento e por fim venda. Agora querem correr atras do prejuízo. É mais ou menos isso. Kkkk. Parabéns Átila. Vídeo ótimo
Concordo integralmente com você, amigo. Exatamente por isso o Jayme Cintra era ferrenhamente contrário à estatização; diga-se de passagem, o último grande presidente da CP. Obrigado por estar sempre aqui, trazendo comentários tão necessários e pertinentes. Abraço.
@Soldado45
Esse papo de só culpar o JK já cansou meu, vamos analisar:
- Em 1956 o Brasil tinha 37.000 Km de ferrovias e menos de 1000 Km de rodovias asfaltadas;
- JK investiu muito mais em rodovias, isso é um fato, mas o Brasil não tinha nada de rodovias nos anos 50 e mesmo assim em seu Plano de Metas, JK construiu 1000 Km de ferrovias (o que os governos atuais são incapazes de fazer);
- JK cometeu um grave erro ao criar a RFFFSA (na minha opinião seria muito melhor cada estado brasileiro ter sua estatal ferroviária, pois assim estaríamos próximos do modelo ferroviário europeu);
- Nos anos 70 era nítido que as ferrovias brasileiras necessitavam de uma modernização, mas o que acabou mesmo com as ferrovias foi a crise da dívida externa (anos 80) e as políticas neoliberais (anos 90);
Filipe, não se trata de culpar só o JK; o @Soldado45 disse que a ferrovia começou a minguar, e é verdade. Minguar significa reduzir-se, tornar-se menos abundante, perder força, e foi exatamente o que aconteceu. Construir 1000 km de trilhos não significa investir para que continue a ser um meio de transporte lucrativo e concorrendo em pé de igualdade com os carros. Ao praticamente isentar de impostos a indústria automobilística, doar terrenos para a construção de fábricas e permitir que o lobby do automóvel se instalasse no Brasil, sem, em contrapartida, oferecer nenhum benefício às estradas de ferro, o governo JK sentenciou-as de morte, ainda que tenha sido algo lento e, como você bem pontuou, que os sucessores nada tenham feito para consertar, porque a esteira de desinteresse político continuou. Há uma esteira de culpa, sim, mas foi o plano dos "50 anos em 5" que deu o pontapé inicial. Da mesma maneira, não acredito que seria melhor a possibilidade de cada estado ter a sua própria empresa ferroviária, porque a administração pública - vide FEPASA, nosso caso em análise - nada fez de concreto para a melhora da sua malha; ao contrário, seguiu o processo de sufocamento, aprofundando-o, até que tudo se acabasse e desse no que deu. Abraço.