Orquestra de Sopros do Conservatório de Lisboa (António Pereira Costa) - Rapsódia em Blue (Gershwin)
HTML-код
- Опубликовано: 16 сен 2024
- Este registo foi efectuado pelos Serviços Técnicos da Radiodifusão Portuguesa, no Conservatório Nacional de Música de Lisboa, e trata-se dum registo gentilmente cedido pelo Arquivo Sonoro da Radiodifusão Portuguesa, em que escutamos a jovem pianista Catarina Lopes, uma pianista de 17 anos na data desta fonografia, da qual não se sabe rigorosamente nada, acompanhada pela Orquestra de Sopros do Conservatório Nacional de Lisboa, sob a direcção do meu amigo maestro António Pereira Costa, na interpretação da Rapsódia em Blue (Rhapsody in Blue) de George Gershwin.
O desejo de Gershwin de empregar o jazz num contexto mais erudito do que aquele a que geralmente era submetido manifestou-se no início da sua carreira. Mas ao escrever uma ópera de um acto, “Blue Monday”, no início da década de 1920, e que foi um gigantesco fracasso, Gershwin regrediu porque propôs uma tarefa que estava um pouco além de suas capacidades, mas serviu para colocar os horizontes do compositor no seu rumo erudito.
Ao ver a ópera, o chefe de banda Paul Whiteman ficou impressionado o suficiente para contratar Gershwin para escrever uma peça de concerto no idioma jazz para um programa de música americana que ele planejava apresentar, e Gershwin, embora relutante a princípio em aceitar o que considerou muito difícil um desafio, foi encorajado a enfrentá-lo.
Como ele explicou mais tarde: “Foi num trem...que de repente ouvi - e até vi no papel - a construção completa da Rapsódia, do começo ao fim. Eu ouvi isso como uma espécie de caleidoscópio musical da América - do nosso vasto caldeirão, da nossa vitalidade nacional não duplicada, da nossa loucura metropolitana. Quando cheguei a Boston, eu tinha um enredo definido para a peça, distinto de sua substância real.”
A Rapsódia foi lançada em 12 de Fevereiro de 1924, com o compositor como solista na orquestração de Ferde Grofé para banda de jazz, que escutamos aqui na perfomance de António Pereira Costa, com a Orquestra do Conservatório.
A peça deixou uma marca indelével na história da música americana, na fraternidade de compositores e intérpretes sérios, muitos dos quais estiveram presentes na estreia, e alguns o divulgariam imenso nos seus concertos, como foi o caso de Toscanini, que divulgou esta rapsódia na Orquestra Sinfónica da NBC, tendo como solista Benny Goodman, e no próprio Gershwin, pois a sua recepção entusiástica encorajou-o a assumir outros projectos mais avantajados.
Começando com aquele solo de clarinete incomparável e extravagante, a Rapsódia é irresistível com a sua vibração rítmica sincopada, o seu talento abandonado e impudente que diz mais sobre os loucos anos 20 do que mil palavras, e a sua genuína beleza melódica colorida com um azul profundo e jazzístico por as sétimas e terças bemolizadas.
O fenomenal talento de pianista de Gershwin empolgou a plateia na estreia, surpresa também ao ouvir o jazz como música clássica. Outro ponto alto da estreia foi o sensacional solo de clarineta que abre a Rapsódia, que se tornou a “peça de assinatura” do clarinetista Ross Gorman.
Estreada em Portugal pelo piano de António Melo, pelo clarinete de Domingos Vilaça e pela Orquestra Sinfónica Nacional, sob a direcção do maestro Pedro de Freitas Branco, às 22 e 25 de 3ª feira, dia 9 de Outubro de 1956, no Programa A da Emissora Nacional, a seguir ao Teatro das Comédias preenchido pela peça "A Dupla Entrevista" de Gerard Narval, e antes dos Fados por Maria Teresa de Noronha.
Esta é a perfomance do piano de Catarina Lopes e da Orquestra de Sopros do Conservatório de Lisboa, sob a direcção do meu amigo, maestro, professor e trompista António Pereira Costa, transmitido no Coreto de Jorge Costa Pinto, e completamente ignorado pela maioria das pessoas que acompanham este canal.
Uma bonita passagem sinfónica da Orquestra de Sopros do Conservatório de Lisboa. Conheço perfeitamente esta peça sinfónica,mas não me consigo lembrar,do compositor! Obrigada,mais uma bonita,publicação.
Sem dúvida. Está no título: Gershwin. De nada.
Orquestra de Sopros! Aí está um tipo de orquestra que segundo sei,não existe em Portugal! Temos as filarmónicas que só têm instrumentos de sopro e tambores ou bombos. Mas nos USA usam muito esse tipo de instrumentos! Estou-me a lembrar da Orquestra de Glenn Miller que estava no seu auge,quando nasci. Actualmente continua,com o seu estilo,muito próprio....
Existe sim! Basta ouvires o Coreto do Jorge Costa Pinto.
Obrigada Miguel desconhecia de todo! Mas na verdade não é muito difundido! E quem sou eu? Pesco uma aqui e outra alí. Não sou de forma nenhuma uma conhecedora! Mais uma vez fui elucidada e agradeço.
De nada, Eduarda. ruclips.net/video/VBxX1Dde3hM/видео.html