As consequências de ter sido uma criança boazinha.

As consequências de ter sido uma criança boazinha são profundas e frequentemente mal compreendidas. Essa criança boazinha, que não causava problemas, que não chamava atenção, estava sempre quieta, brincando sozinha, carrega consigo uma carga emocional significativa na vida adulta. Uma das principais preocupações é a necessidade incessante de agradar aos outros.
Essa criança cresce com um medo perturbador de desapontar as pessoas ao seu redor. A preocupação em não decepcionar os outros se transforma em uma angústia constante na vida adulta. O simples pensamento de desagradar alguém pode desencadear um desespero avassalador.
As crianças boazinhas muitas vezes sofrem em silêncio na vida adulta. Elas sentem a pressão de serem fortes o tempo todo, de serem perfeccionistas, de manterem seus sentimentos escondidos. Estão sempre em uma posição onde os outros não veem sua dor, suas lutas internas, porque devem estar prontas o tempo todo para ajudar os outros.
Esta constante necessidade de ser a pessoa que não causa problemas, que não chama atenção, é um fardo pesado de se carregar. Ficar nesse lugar por tanto tempo significa não poder ser visto, não poder ser acolhido por ninguém. É uma prisão emocional onde a pessoa se sente presa em um ciclo interminável de autopunição emocional.
Há quanto tempo você está nesse lugar? É hora de reconhecer o peso que carrega e buscar uma saída desse ciclo prejudicial. É hora de permitir-se ser visto, ser ouvido, ser acolhido. É hora de cuidar de si mesmo, mesmo que isso signifique desafiar as expectativas impostas desde a infância.
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