Acho que já falei aqui que não gosto de gente, de pessoas. Cada dia minha convicção com isso se torna mais real. Passei quase 43 anos sendo humilhado, duvidavam até da minha capacidade intelectual e agora falta 1 ano para terminar o doutorado em Matemática Aplicada na melhor universidade do Brasil. E hoje vejo que nada valida sua capacidade de executar sem ser rotulado e julgado. Olho pra trás e não vejo evolução nas pessoas. Não tenho esperança nas pessoas e por isso, não tenho amigos e nem me esforço a ter. Se eu pudesse não sairia de casa pq só em pensar que quando abrir uma porta vou ter que encarar esse tipo de gente já começo a ficar depressivo.
Gostei das dicas. Na maioria das vezes, respondemos no automático e deixamos de perceber o quanto invalidamos a fala do outro, perdendo a sensibilidade e consequentemente desrespeitando quem fala. Obrigada pela orientação ❤
Fui diagnóstico com 31 anos e me senti invalidada pelo meu marido, minha família.. mas aos poucos eles estão vendo o quão verdade é o autismo em minha vida, meu jeito, minha forma única de falar e agir.
Até hoje tenho que conviver com comentários capacitistas e invalidadores, e agradeço por você conseguir concretizar essa experiência ruim. Espero que as pessoas tenham mais empatia! Recebi meu diagnóstico em 2023 aos 28 anos, e os seus vídeos foram fundamentais para meu processo de autoconhecimento. Gratidão e minha admiração por você!
No meu caso sobre invalidações, não é bem uma invalidação, é mais uma incompreensão das coisas. Por exemplo: eu falo um problema que tenho e a pessoa não tem sugestões (lembrando, geralmente isso não é sobre autismo, mas sim sobre um problema ligado a personalidade e/ou pensamentos intrusivos). Essa história de invalidação eu percebo que é mais da minha parte do que os outros. Por exemplo: quando alguém diz que sente alguma dor que eu não sinto, eu acabo me sentindo superior e quero rir dela. Eu também tenho invalidação de mim mesma, ignorando minhas dificuldades e indo pra minha zona de conforto: o sofrimento. Sofrer sempre trouxe inspiração pra minha arte e como sofri tanto na vida, ter um momento relativamente bom é sinal de perigo. Minha psicóloga compara a minha relação intrapessoal como abusiva: eu me amo, porém as formas que demonstro esse amor é me protegendo do mundo com um escudo de espinhos. Parabéns pelo vídeo maravilhoso, Violet, que sempre aborda meus gatilhos. Nunca falei isso aqui, mas você é a única autista (ao lado da minha cantora favorita, mas ela não fala tanto sobre isso como você) que fala sobre o assunto que me sinto confortável em seguir.
O pior da vida é não SE entender, por isso vou atrás do diagnóstico. Das pessoas que não são do círculo mais íntimo, não espero muito, porque também possuem as suas dificuldades.
Eu compreendendo você, é como brigar com um cego por ele ter derrubado um objeto. Tem um autista na minha família, mas ele é muito querido, a vontade de proteger e um pouco de pena, isso aumenta nosso amor numa intensidade que não dá para explicar.
Eu tive o diagnóstico agora, aos 48 anos. Me sinto muito aliviado. Vou me afastar das pessoas desagradáveis sem a menor vergonha ou sentimento de culpa.
Eu não tive diagnóstico tardio, mas em algumas dessas situações eu me identifico. Não é só a ver com o autismo, mas sim com minha personalidade em si e meus pensamentos intrusivos. Acho que o caso mais marcante foi quando eu falei que estava tendo pensamentos intrusivos ligados ao álcool. Já falei neste canal e falarei de novo pra quem caiu de paraquedas: sempre em que tenho uma situação muito desgastante, a forma que (acho) meu cérebro pra me proteger é ter um grande pico de dopamina, fazendo com que eu pareça bêbada. Eu garanto que é uma das melhores sensações do mundo, a ponto de você achar que tudo ao seu redor é maravilhoso. Experimentado essa sensação desde a infância (sem motivo aparente),. Após desenvolver ansiedade e depressão, eu sentia que precisava daquela sensação a todo momento, e como soube que o álcool tem um efeito parecido (talvez igual, nunca bebi), comecei esse desejo incontrolável. Olhe, eu garanto que tô com um medo real de fazer besteira. Sei que é meio adiantado (por favor, tenho TAG), mas eu vou ser obrigada a ir em um casamento em maio. As únicas pessoas de confiança que vou ter lá é a minha vó e a minha mãe, mas sei que elas não estarão disponíveis o tempo todo (minha avó é extrovertida, então só vai querer falar pelos cotovelos e minha mãe é madrinha do casamento). Eu sinceramente não sei o que fazer. Já falei com os amigos sobre isso, porém só houve choque. Já falei com minha psicóloga, e ela conversou com minha mãe sobre isso, que não ideias do que fazer. Eu não tenhos ideias do que fazer. Se alguém tiver, deixe de sugestão.
Eu já me acostumei à isso. Sempre fui vista como estranha e na verdade vejo isso de forma positiva, pelo menos não sou igual a essa maioria de pessoas vazias rsrsrsrrsrsrsrsrrs.
Infelizmente seria ótimo se as pessoas, inclusive os familiares, aceitassem tudo de boa, mas a vida real não é assim. Eu por exemplo tive um diagnóstico tardio com 43 anos e vejo preconceito no falar dos familiares e de pessoas próximas. Moro em SP, mas meus familiares moram em AL e passa ano e entra ano e nada muda. Aqui parece que lei para autista não existe. E meu suporte é 1. Mas, rotular hoje em dia é muito prazeroso para as pessoas. E ainda falam que autista não tem empatia. Sinceramente hoje com 46 anos estou exausto, pois luto contra mim mesmo e contra todos. Capacitismo aqui em AL para quem é autista virou moda. Chamar de doido, maluco ou simplesmente xingar já virou hábito. Estou cansando de lutar contra esse tipo de gente, contra o preconceito, capacitismo, discriminação, humilhação e até mesmo perseguição. Ah, não adianta fazer B.O, pois a polícia não está nem aí com vc. Aí chega uma hora que vc se sente um inútil, incapaz. as pessoas não querem aprender e sim criticar. É isso.
Tive uma crise nessa madrugada e só conseguir dormir quando era quase de manhã, então dormi muito menos do que o adequado pra mim. Aí hoje, com cara de cansada, escuto coisas como "por que você tá com cara de brava?!" em tom agressivo, ou "ai, credo"... Como se a crise e o cansaço já não fossem ruins o suficiente ainda tem que lidar com julgamento da família
Acho uma loucura isso de invalidação e masking (pelo menos na minha vida). Eu percebo que fiz uma bomba power ao me mascarar. Na época em que fazia isso (ainda faço, mas com algumas pessoas já sou aberta), tive a capacidade de criar uma personalidade só (que não era eu de verdade). Porém, eu passei tantos anos dentro dela que passei a acreditar que eu era realmente assim. Após muita terapia, eu percebi que muitas das coisas que os outros falavam e que eu mesma acreditava eram distorcidas. O maior deles é que eu pensava ser responsável, mas descobri que não. Devido a isso, sinto que muitas pessoas me superestimam (e não é fonte "vozes da minha cabeça", já que muitas pessoas ao meu redor já falaram que eu privilegiada na escola e meus amigos deixaram muito claro que eu não sou lá pessoa de se inspirar como muitos dizem (somente como artista, não como pessoa). Pretendo quebrar esta imagem este ano (com ajuda de terapia), mas não sei se vou conseguir. Enfim. Será um grande desafio. Pelo menos eu consigo me enxergar como eu sou (com algumas distorções, mas ainda sim de uma maneira mais realista), então já é um grande passo. Não sei se vocês se sentem assim. Gostaria de ter uma troca pelos comentários.
Acho que já falei aqui que não gosto de gente, de pessoas. Cada dia minha convicção com isso se torna mais real. Passei quase 43 anos sendo humilhado, duvidavam até da minha capacidade intelectual e agora falta 1 ano para terminar o doutorado em Matemática Aplicada na melhor universidade do Brasil. E hoje vejo que nada valida sua capacidade de executar sem ser rotulado e julgado. Olho pra trás e não vejo evolução nas pessoas. Não tenho esperança nas pessoas e por isso, não tenho amigos e nem me esforço a ter. Se eu pudesse não sairia de casa pq só em pensar que quando abrir uma porta vou ter que encarar esse tipo de gente já começo a ficar depressivo.
Gostei das dicas. Na maioria das vezes, respondemos no automático e deixamos de perceber o quanto invalidamos a fala do outro, perdendo a sensibilidade e consequentemente desrespeitando quem fala. Obrigada pela orientação ❤
Fui diagnóstico com 31 anos e me senti invalidada pelo meu marido, minha família.. mas aos poucos eles estão vendo o quão verdade é o autismo em minha vida, meu jeito, minha forma única de falar e agir.
Infelizmente te entendo
Temos que tomar cuidado com nossas palavras.
Até hoje tenho que conviver com comentários capacitistas e invalidadores, e agradeço por você conseguir concretizar essa experiência ruim. Espero que as pessoas tenham mais empatia! Recebi meu diagnóstico em 2023 aos 28 anos, e os seus vídeos foram fundamentais para meu processo de autoconhecimento. Gratidão e minha admiração por você!
Vc é maravilhosa. Obrigada por traduzir tão bem nossas dificuldades e nos ajudar tanto!
No meu caso sobre invalidações, não é bem uma invalidação, é mais uma incompreensão das coisas. Por exemplo: eu falo um problema que tenho e a pessoa não tem sugestões (lembrando, geralmente isso não é sobre autismo, mas sim sobre um problema ligado a personalidade e/ou pensamentos intrusivos).
Essa história de invalidação eu percebo que é mais da minha parte do que os outros. Por exemplo: quando alguém diz que sente alguma dor que eu não sinto, eu acabo me sentindo superior e quero rir dela. Eu também tenho invalidação de mim mesma, ignorando minhas dificuldades e indo pra minha zona de conforto: o sofrimento. Sofrer sempre trouxe inspiração pra minha arte e como sofri tanto na vida, ter um momento relativamente bom é sinal de perigo. Minha psicóloga compara a minha relação intrapessoal como abusiva: eu me amo, porém as formas que demonstro esse amor é me protegendo do mundo com um escudo de espinhos.
Parabéns pelo vídeo maravilhoso, Violet, que sempre aborda meus gatilhos. Nunca falei isso aqui, mas você é a única autista (ao lado da minha cantora favorita, mas ela não fala tanto sobre isso como você) que fala sobre o assunto que me sinto confortável em seguir.
O pior da vida é não SE entender, por isso vou atrás do diagnóstico. Das pessoas que não são do círculo mais íntimo, não espero muito, porque também possuem as suas dificuldades.
Eu compreendendo você, é como brigar com um cego por ele ter derrubado um objeto.
Tem um autista na minha família, mas ele é muito querido, a vontade de proteger e um pouco de pena, isso aumenta nosso amor numa intensidade que não dá para explicar.
Eu tive o diagnóstico agora, aos 48 anos. Me sinto muito aliviado. Vou me afastar das pessoas desagradáveis sem a menor vergonha ou sentimento de culpa.
Super te apoio! O foco agora é você e seu bem estar
Eu não tive diagnóstico tardio, mas em algumas dessas situações eu me identifico. Não é só a ver com o autismo, mas sim com minha personalidade em si e meus pensamentos intrusivos. Acho que o caso mais marcante foi quando eu falei que estava tendo pensamentos intrusivos ligados ao álcool. Já falei neste canal e falarei de novo pra quem caiu de paraquedas: sempre em que tenho uma situação muito desgastante, a forma que (acho) meu cérebro pra me proteger é ter um grande pico de dopamina, fazendo com que eu pareça bêbada. Eu garanto que é uma das melhores sensações do mundo, a ponto de você achar que tudo ao seu redor é maravilhoso. Experimentado essa sensação desde a infância (sem motivo aparente),. Após desenvolver ansiedade e depressão, eu sentia que precisava daquela sensação a todo momento, e como soube que o álcool tem um efeito parecido (talvez igual, nunca bebi), comecei esse desejo incontrolável.
Olhe, eu garanto que tô com um medo real de fazer besteira. Sei que é meio adiantado (por favor, tenho TAG), mas eu vou ser obrigada a ir em um casamento em maio. As únicas pessoas de confiança que vou ter lá é a minha vó e a minha mãe, mas sei que elas não estarão disponíveis o tempo todo (minha avó é extrovertida, então só vai querer falar pelos cotovelos e minha mãe é madrinha do casamento). Eu sinceramente não sei o que fazer. Já falei com os amigos sobre isso, porém só houve choque. Já falei com minha psicóloga, e ela conversou com minha mãe sobre isso, que não ideias do que fazer. Eu não tenhos ideias do que fazer. Se alguém tiver, deixe de sugestão.
Olá
Tudo bem
Adoro seus vídeos!
Boa Quarta-feira!🥰
Léo.
Eu já me acostumei à isso. Sempre fui vista como estranha e na verdade vejo isso de forma positiva, pelo menos não sou igual a essa maioria de pessoas vazias rsrsrsrrsrsrsrsrrs.
Gostei da sua forma de pensar
Eu gosto de ser doida. Não acho isso um problema também. A normalidade, ficar dentro do padrão, é sufocante.
Infelizmente seria ótimo se as pessoas, inclusive os familiares, aceitassem tudo de boa, mas a vida real não é assim. Eu por exemplo tive um diagnóstico tardio com 43 anos e vejo preconceito no falar dos familiares e de pessoas próximas. Moro em SP, mas meus familiares moram em AL e passa ano e entra ano e nada muda. Aqui parece que lei para autista não existe. E meu suporte é 1. Mas, rotular hoje em dia é muito prazeroso para as pessoas. E ainda falam que autista não tem empatia. Sinceramente hoje com 46 anos estou exausto, pois luto contra mim mesmo e contra todos. Capacitismo aqui em AL para quem é autista virou moda. Chamar de doido, maluco ou simplesmente xingar já virou hábito. Estou cansando de lutar contra esse tipo de gente, contra o preconceito, capacitismo, discriminação, humilhação e até mesmo perseguição. Ah, não adianta fazer B.O, pois a polícia não está nem aí com vc. Aí chega uma hora que vc se sente um inútil, incapaz. as pessoas não querem aprender e sim criticar. É isso.
Sim, mano, é bem essa a ideia. Tem dias que você quer se autodestruir pra se proteger do que te machuca.
A minha vida toda ninguém quase não me entendeu, sempre me chamavam de estranha etc, eu sinto quando a pessoa não gosta de mim ou que me menospreza.
Exatamente isso!!
Tive uma crise nessa madrugada e só conseguir dormir quando era quase de manhã, então dormi muito menos do que o adequado pra mim. Aí hoje, com cara de cansada, escuto coisas como "por que você tá com cara de brava?!" em tom agressivo, ou "ai, credo"... Como se a crise e o cansaço já não fossem ruins o suficiente ainda tem que lidar com julgamento da família
Acho uma loucura isso de invalidação e masking (pelo menos na minha vida). Eu percebo que fiz uma bomba power ao me mascarar. Na época em que fazia isso (ainda faço, mas com algumas pessoas já sou aberta), tive a capacidade de criar uma personalidade só (que não era eu de verdade). Porém, eu passei tantos anos dentro dela que passei a acreditar que eu era realmente assim.
Após muita terapia, eu percebi que muitas das coisas que os outros falavam e que eu mesma acreditava eram distorcidas. O maior deles é que eu pensava ser responsável, mas descobri que não. Devido a isso, sinto que muitas pessoas me superestimam (e não é fonte "vozes da minha cabeça", já que muitas pessoas ao meu redor já falaram que eu privilegiada na escola e meus amigos deixaram muito claro que eu não sou lá pessoa de se inspirar como muitos dizem (somente como artista, não como pessoa).
Pretendo quebrar esta imagem este ano (com ajuda de terapia), mas não sei se vou conseguir. Enfim. Será um grande desafio. Pelo menos eu consigo me enxergar como eu sou (com algumas distorções, mas ainda sim de uma maneira mais realista), então já é um grande passo.
Não sei se vocês se sentem assim. Gostaria de ter uma troca pelos comentários.
Minha mãe continua me chamando de fresca e chata mesmo após o diagnóstico, mas não a culpo, ela não sabe nada sobre o assunto ainda
Ótimo vídeo, gratidão 🙏❤
Amei o vídeo. ❤
Eu passo por isso!
Só eu e Jesus Cristo me entende!
Isso
Primeiro a comentar ❤
Essa abordagem é muito necessária