Professor muito obrigada pela sua aula maravilhosa. Foi extremamente importante pra minha compreensão. Estudo medicina na metodologia PBL e esse vídeo me ajudou muito mesmo. Os demais vídeos também, estou vendo todos sobre a visão. O sr tem uma didática excelente!
Obrigado, Juliana. A luz quando incide sobre as células receptoras visuais (cones e bastonetes) sempre HIPERPOLARIZA . A diferença entre CIRCUITO ON E OF inicia na sinapse das células receptoras com as células bipolares. Nesta sinapse, algumas células bipolares expressam receptores pós-sinápticos excitatórios para o glutamato, que é o principal neurotransmissor desta sinapse. Outras células bipolares expressam receptores pós-sinápticos inibitórios para glutamato. Assim, algumas células bipolares despolarizam mais pela ação do glutamato, que é liberado pelo cone ou bastonete (que são os neurônios pré-sinápticos dessa sinapse). Outras células bipolares, que expressam receptores inibitórios) hiperpolarizam pela ação do glutamato. Em resumo: 1) a luz sempre hiperpolariza as células receptoras; 2) o glutamato é o principal neurotransmissor na sinapse entre as células receptoras (cones e bastonetes) , e as células bipolares; 3) algumas células bipolares expressam receptores excitatórios para o glutamato (glutamato despolariza célula bipolar); 4) outras células bipolares expressam receptores inibitórios para o glutamato (glutamato reduz a despolarização dessas células); 5) a luz hiperpolariza as células receptoras (cones e bastonetes) e essa hiperpolarização tem como consequência a redução da liberação do neurotransmissor dessas células (glutamato) na sinapse com as células bipolares; 6) a luz reduz sempre a liberação de glutamato na sinapse com as células bipolares; 7) assim, a luz AUMENTA a atividade das células bipolares que expressam receptores INIBITÓRIOS para o glutamato (essa célula bipolar será MENOS inibida, quando a luz incide sobre os cones e bastonetes); 8) este circuito de neurônios na retina dará origem ao campo receptivo ON (neurônios bipolares e ganglionares que se DESPOLARIZAM pela ação da luz); 9) as células bipolares que expressam receptores EXCITATÓRIOS para o glutamato reduzem sua atividade (despolarizam menos), porque a luz sempre hiperpolariza a célula receptora; 10) a hiperpolarização da célula receptora REDUZ a liberação do glutamato sobre a célula bipolar (lembrar que em qualquer neurônio somente a despolarização aumenta a liberação do neurotransmissor); 11) assim as células bipolares que expressam receptores EXCITATÓRIOS para o glutamato (que é liberado pelos cones e bastonetes) dão origem ao circuito OFF (reduz frequência de despolarizações e portanto reduz frequência de potenciais de ação pelo neurônio ganglionar (nervo óptico) para o sistema nervoso central; 12) importante lembrar que essa circuito de neurônios na retina apresenta atividade basal, ou seja, estão sempre em atividade (as vezes há mais despolarizações, as vezes menos) . Sinto muito, é tudo ao contrário do que intuitivamente a gente imagina. Resumidamente, respondendo tua pergunta, os circuitos ON e OFF começam nas células bipolares e dependem o tipo de receptor que essas células expressam na sinapse com as células receptoras (célula receptora é a célula pré-sináptica e a bipolar é a pós-sináptica). Qualquer dúvida, escreve. Bom estudo. Fico contente que essas aulas possam estar te ajudando.
@@AldoLucionNeuro Obrigado pelas aulas doutor, você é fantástico, a unica questão que fica para mim: só irá mudar a frequência dos impulsos nervosos? ou algo mais muda? celula ON manda informações mais rápido e celulas OFF mais lenta?
Bom dia, Leandro. É uma questão bem interessante, porque se aplica a outras sensações. Respondendo: Sim, só a frequência (número de impulsos nervosos por unidade de tempo). Não há diferença na velocidade de condução dos impulsos nas células ON e OFF. Não sei bem origem da tua dúvida. Mas analisando outras sensações, existem fibras sensoriais que conduzem os potenciais de ação mais rapidamente do que outras. Um exemplo bem claro, são fibras sensoriais de tato fino e a fibras nociceptivas. As condução das informações nociceptivas e muito lenta do que a das informações do tato fino por exemplo. Mas aqui também, a intensidade da dor é uma função da intensidade do estímulo, quanto mais intenso for o estímulo nociceptivo (só para lembrar que aqui há limites, mas não vou me aprofundar nisso) maior será a frequência de potencias de ação pela via aferente, que é lenta comparada a frequência de impulsos nervosos pela fibras sensoriais do tato fino. Mas no caso das células da retina, não há essa diferença de velocidade de condução dos impulsos nervosos entre elas. A pergunta é interessante porque a intensidade das sensações é função do número de impulsos nervosos (potenciais de ação) nas vias sensoriais aferentes. Se a gente coloca muito sal na carne, a gente terá uma sensação de que o churrasco está muito salgado. Quanto mais sal na boca, mais despolarizações dos receptores gustativos, consequentemente mais potenciais de ação nas fibras aferentes; e portanto mais despolarizações dos neurônios corticais que processam a informação gustativa. Quando a intensidade do estímulo é mais alta, os neurônios corticais serão mais bombardeados pelos potencias de ação ascendentes da via gustativa (só lembra, que a via gustativa primária, e também outras vias sensoriais, fazem sinapses com várias estruturas antes de chegar ao córtex, ou seja, a ligação não é direta, mas de qualquer a informação sensorial foi gerada primariamente lá no receptor). Na visão, esse princípio da relação entre a frequência de impulsos nervosos e intensidade da sensação tem particularidades bem interessantes, em relação aos circuitos ON e OFF. O ponto chave é que as células receptoras visuais (cones e bastonetes) estão sempre mais ou menos despolarizadas. Elas estão sempre despolarizadas, as vezes mais despolarizadas, as menos. A luz SEMPRE REDUZ a despolarização, ou seja a luz hiperpolariza a membrana. Despolarizar significa reduzir a diferença de potencias da membrana, hiperpolarizar significa aumentar essa diferença. Nos cones a bastonetes o potencial da membrana é normalmente -40 MV. Quando a luz incide sobre o receptor, essa diferença de potencial transmembrana passa a -60 mV mais ou menos (aumenta a diferença). A redução da luz, reduz a diferença de potencial da membrana, despolariza para -20 mV (em torno disso). É essencial lembrar que em qualquer sinapse o neurotransmissor é liberado pela despolarização da célula pré-sináptica. A HIPERPOLARIZAÇÃO dessa célula pré-sináptica (no nosso caso, os cones e bastonetes) REDUZ a liberação do neurotransmissor (no caso, o glutamato). Mas os circuitos ON e OFF iniciam nas células bipolares, em que algumas expressam receptores inibitórios para o glutamato, dando origem ao circuito ON, porque a redução da liberação do glutamato pela hiperpolarização dos cones a bastonetes induzida pela luz terá como consequência uma redução da atividade da sinapse inibitória (ou seja, as células bipolares neste circuito ficarão livres daquela inibição tônica daquele estado de despolarização constante dos cones e bastonetes), aumentando assim a atividade dessa célula bipolar. Os circuitos ON (aqueles em que há aumento da atividade pela incidência da luz) tem origem nas células bipolares que expressam receptores inibitórios para o glutamato. Não esquecer que as células receptoras sempre hiperolarizam pela ação da luz, tanto os cones e bastonetes relacionados com os circuitos ON como aqueles relacionados ao circuitos OFF se hiperpolarizam pela ação da luz e portanto liberarão menos glutamato nas suas sinapses com as células bipolares. Qualquer dúvida ( e nesse tema da visão, sempre há muitas), escreve. At. Prof. Aldo
@@AldoLucionNeuro Doutor, tive o fechamento do tutorial sobre visão, foi mais esclarecedor, expliquei tudo conforme o que o senhor havia dito, mas a questão que me ficou em relação as celulas ganglionares ON e OFF, correlacioando com sua aula de sono e melanopsina, essa conexão de celulas ganglionares ON e OFF terão especificadas diferentes também nessa área supraquiasmática? tipo, não havia entendido muito bem essa questão da transmissão dessas celulas ganglionares e após ver o seu vídeo começou a conectar um pouco mais, mas não sei se isso tem relação, tipo as celulas OFF em questão de transmissão de sinal mandará mais para o núcleo supraquiasmatico enquanto a ON funcionara mais no nervo optico na transmissão do sinal elétrico para interpretação? não sei se isso ficou bem claro então por isso que lhe peço ajuda para sedimentar meu pensamento, essa conexão faltou explorar no PBL
@@LeandroIomes Oi Leandro. As células ganglionares da retina que secretam a melanopsina e se projetam para o supraquiasmático não são nem ON nem OFF. Essas células ganglionares, que são muito poucas e são diferentes das outras, são elas mesmas sensíveis à luz. A melanopsina é um fotopigmento sensível à luz. Quando a luz incide sobre essas células ganglionares, gera-se uma despolarização e um potencial de ação no seu axônio, que emerge do olho junto com o nervo óptico. Mas os axônios dessas céulas ganglionares da melanopsina fazem sinapse com os neurônios do supraquiasmático envolvidos no circuito da secreção da melatonina. Essas ganglionares também se projetam para núcleos no tronco encefálico (núcleo olivar pré-tectal) que dá origem ao reflexo pupilar parassimpático. Essas células ganglionares NÂO tem função na formação da imagem visual, embora elas sejam sensíveis à luz, porque contem a melanopsina. Mesmo em casos de degeneração da retina, essas atividades, ciclo circadiano e reflexos autonômicos, permanecem. É importante ficar claro que os circuitos ON e OFF envolvem as células receptoras, as células bipolares, e células ganglionares, alem de outras células na retina como as horizontais e amácrinas. Os neurônios ganglionares dos circuitos ON e OFF são ativados ou inibidos pelas células bipolares, que por sua vez despolarizam ou hiperpolarizam pela ação das células receptoras. E os axônios das células ganglionares dos circuitos ON e OFF se projetam ao córtex visual via núcleo geniculado lateral e não para o hipotálamo ou núcleos do tronco.
Professor, as suas aulas são ótimas!! Estudo em faculdade PBL, então faz muita diferença achar explicações tão boas assim. Obrigada pela aula!
Que bom, Suelen, que você está aproveitando as aulas.
Eu tbm estudo medicina no método pbl me ajuda muito
@@fernandorosa9043 Que bom, Fernando.
Obrigada pela aula !!!!
Parabéns pela didática! Aula perfeita! Já havia procurado o conteúdo em diversas plataformas e não havia entendido!
Aula espetacular!!!!!!!!!
Obrigado, João.
Excelente!!
Professor muito obrigada pela sua aula maravilhosa. Foi extremamente importante pra minha compreensão. Estudo medicina na metodologia PBL e esse vídeo me ajudou muito mesmo. Os demais vídeos também, estou vendo todos sobre a visão. O sr tem uma didática excelente!
Obrigado, Raquel. Que bom têm sido úteis.
prof Aldo salvando sempre!
Obrigado, Camila. Que bom que têm sido úteis para ti.
aula muito boa!!!
Obrigado Julia
👏🏻👏🏻👏🏻
Otima aula professor, so fiquei confusa na parte de hiperpolarizar e despolarizar. A cel ON despolariza e a off hiperpolariza???
Obrigado, Juliana. A luz quando incide sobre as células receptoras visuais (cones e bastonetes) sempre HIPERPOLARIZA . A diferença entre CIRCUITO ON E OF inicia na sinapse das células receptoras com as células bipolares. Nesta sinapse, algumas células bipolares expressam receptores pós-sinápticos excitatórios para o glutamato, que é o principal neurotransmissor desta sinapse. Outras células bipolares expressam receptores pós-sinápticos inibitórios para glutamato. Assim, algumas células bipolares despolarizam mais pela ação do glutamato, que é liberado pelo cone ou bastonete (que são os neurônios pré-sinápticos dessa sinapse). Outras células bipolares, que expressam receptores inibitórios) hiperpolarizam pela ação do glutamato.
Em resumo: 1) a luz sempre hiperpolariza as células receptoras; 2) o glutamato é o principal neurotransmissor na sinapse entre as células receptoras (cones e bastonetes) , e as células bipolares; 3) algumas células bipolares expressam receptores excitatórios para o glutamato (glutamato despolariza célula bipolar); 4) outras células bipolares expressam receptores inibitórios para o glutamato (glutamato reduz a despolarização dessas células); 5) a luz hiperpolariza as células receptoras (cones e bastonetes) e essa hiperpolarização tem como consequência a redução da liberação do neurotransmissor dessas células (glutamato) na sinapse com as células bipolares; 6) a luz reduz sempre a liberação de glutamato na sinapse com as células bipolares; 7) assim, a luz AUMENTA a atividade das células bipolares que expressam receptores INIBITÓRIOS para o glutamato (essa célula bipolar será MENOS inibida, quando a luz incide sobre os cones e bastonetes); 8) este circuito de neurônios na retina dará origem ao campo receptivo ON (neurônios bipolares e ganglionares que se DESPOLARIZAM pela ação da luz); 9) as células bipolares que expressam receptores EXCITATÓRIOS para o glutamato reduzem sua atividade (despolarizam menos), porque a luz sempre hiperpolariza a célula receptora; 10) a hiperpolarização da célula receptora REDUZ a liberação do glutamato sobre a célula bipolar (lembrar que em qualquer neurônio somente a despolarização aumenta a liberação do neurotransmissor); 11) assim as células bipolares que expressam receptores EXCITATÓRIOS para o glutamato (que é liberado pelos cones e bastonetes) dão origem ao circuito OFF (reduz frequência de despolarizações e portanto reduz frequência de potenciais de ação pelo neurônio ganglionar (nervo óptico) para o sistema nervoso central; 12) importante lembrar que essa circuito de neurônios na retina apresenta atividade basal, ou seja, estão sempre em atividade (as vezes há mais despolarizações, as vezes menos) .
Sinto muito, é tudo ao contrário do que intuitivamente a gente imagina.
Resumidamente, respondendo tua pergunta, os circuitos ON e OFF começam nas células bipolares e dependem o tipo de receptor que essas células expressam na sinapse com as células receptoras (célula receptora é a célula pré-sináptica e a bipolar é a pós-sináptica).
Qualquer dúvida, escreve. Bom estudo. Fico contente que essas aulas possam estar te ajudando.
@@AldoLucionNeuro Obrigado pelas aulas doutor, você é fantástico, a unica questão que fica para mim: só irá mudar a frequência dos impulsos nervosos? ou algo mais muda? celula ON manda informações mais rápido e celulas OFF mais lenta?
Bom dia, Leandro. É uma questão bem interessante, porque se aplica a outras sensações. Respondendo: Sim, só a frequência (número de impulsos nervosos por unidade de tempo). Não há diferença na velocidade de condução dos impulsos nas células ON e OFF. Não sei bem origem da tua dúvida. Mas analisando outras sensações, existem fibras sensoriais que conduzem os potenciais de ação mais rapidamente do que outras. Um exemplo bem claro, são fibras sensoriais de tato fino e a fibras nociceptivas. As condução das informações nociceptivas e muito lenta do que a das informações do tato fino por exemplo. Mas aqui também, a intensidade da dor é uma função da intensidade do estímulo, quanto mais intenso for o estímulo nociceptivo (só para lembrar que aqui há limites, mas não vou me aprofundar nisso) maior será a frequência de potencias de ação pela via aferente, que é lenta comparada a frequência de impulsos nervosos pela fibras sensoriais do tato fino. Mas no caso das células da retina, não há essa diferença de velocidade de condução dos impulsos nervosos entre elas.
A pergunta é interessante porque a intensidade das sensações é função do número de impulsos nervosos (potenciais de ação) nas vias sensoriais aferentes. Se a gente coloca muito sal na carne, a gente terá uma sensação de que o churrasco está muito salgado. Quanto mais sal na boca, mais despolarizações dos receptores gustativos, consequentemente mais potenciais de ação nas fibras aferentes; e portanto mais despolarizações dos neurônios corticais que processam a informação gustativa. Quando a intensidade do estímulo é mais alta, os neurônios corticais serão mais bombardeados pelos potencias de ação ascendentes da via gustativa (só lembra, que a via gustativa primária, e também outras vias sensoriais, fazem sinapses com várias estruturas antes de chegar ao córtex, ou seja, a ligação não é direta, mas de qualquer a informação sensorial foi gerada primariamente lá no receptor).
Na visão, esse princípio da relação entre a frequência de impulsos nervosos e intensidade da sensação tem particularidades bem interessantes, em relação aos circuitos ON e OFF. O ponto chave é que as células receptoras visuais (cones e bastonetes) estão sempre mais ou menos despolarizadas. Elas estão sempre despolarizadas, as vezes mais despolarizadas, as menos. A luz SEMPRE REDUZ a despolarização, ou seja a luz hiperpolariza a membrana. Despolarizar significa reduzir a diferença de potencias da membrana, hiperpolarizar significa aumentar essa diferença. Nos cones a bastonetes o potencial da membrana é normalmente -40 MV. Quando a luz incide sobre o receptor, essa diferença de potencial transmembrana passa a -60 mV mais ou menos (aumenta a diferença). A redução da luz, reduz a diferença de potencial da membrana, despolariza para -20 mV (em torno disso).
É essencial lembrar que em qualquer sinapse o neurotransmissor é liberado pela despolarização da célula pré-sináptica. A HIPERPOLARIZAÇÃO dessa célula pré-sináptica (no nosso caso, os cones e bastonetes) REDUZ a liberação do neurotransmissor (no caso, o glutamato). Mas os circuitos ON e OFF iniciam nas células bipolares, em que algumas expressam receptores inibitórios para o glutamato, dando origem ao circuito ON, porque a redução da liberação do glutamato pela hiperpolarização dos cones a bastonetes induzida pela luz terá como consequência uma redução da atividade da sinapse inibitória (ou seja, as células bipolares neste circuito ficarão livres daquela inibição tônica daquele estado de despolarização constante dos cones e bastonetes), aumentando assim a atividade dessa célula bipolar. Os circuitos ON (aqueles em que há aumento da atividade pela incidência da luz) tem origem nas células bipolares que expressam receptores inibitórios para o glutamato. Não esquecer que as células receptoras sempre hiperolarizam pela ação da luz, tanto os cones e bastonetes relacionados com os circuitos ON como aqueles relacionados ao circuitos OFF se hiperpolarizam pela ação da luz e portanto liberarão menos glutamato nas suas sinapses com as células bipolares.
Qualquer dúvida ( e nesse tema da visão, sempre há muitas), escreve.
At. Prof. Aldo
@@AldoLucionNeuro Doutor, tive o fechamento do tutorial sobre visão, foi mais esclarecedor, expliquei tudo conforme o que o senhor havia dito, mas a questão que me ficou em relação as celulas ganglionares ON e OFF, correlacioando com sua aula de sono e melanopsina, essa conexão de celulas ganglionares ON e OFF terão especificadas diferentes também nessa área supraquiasmática? tipo, não havia entendido muito bem essa questão da transmissão dessas celulas ganglionares e após ver o seu vídeo começou a conectar um pouco mais, mas não sei se isso tem relação, tipo as celulas OFF em questão de transmissão de sinal mandará mais para o núcleo supraquiasmatico enquanto a ON funcionara mais no nervo optico na transmissão do sinal elétrico para interpretação? não sei se isso ficou bem claro então por isso que lhe peço ajuda para sedimentar meu pensamento, essa conexão faltou explorar no PBL
@@LeandroIomes Oi Leandro. As células ganglionares da retina que secretam a melanopsina e se projetam para o supraquiasmático não são nem ON nem OFF. Essas células ganglionares, que são muito poucas e são diferentes das outras, são elas mesmas sensíveis à luz. A melanopsina é um fotopigmento sensível à luz. Quando a luz incide sobre essas células ganglionares, gera-se uma despolarização e um potencial de ação no seu axônio, que emerge do olho junto com o nervo óptico. Mas os axônios dessas céulas ganglionares da melanopsina fazem sinapse com os neurônios do supraquiasmático envolvidos no circuito da secreção da melatonina. Essas ganglionares também se projetam para núcleos no tronco encefálico (núcleo olivar pré-tectal) que dá origem ao reflexo pupilar parassimpático.
Essas células ganglionares NÂO tem função na formação da imagem visual, embora elas sejam sensíveis à luz, porque contem a melanopsina. Mesmo em casos de degeneração da retina, essas atividades, ciclo circadiano e reflexos autonômicos, permanecem.
É importante ficar claro que os circuitos ON e OFF envolvem as células receptoras, as células bipolares, e células ganglionares, alem de outras células na retina como as horizontais e amácrinas. Os neurônios ganglionares dos circuitos ON e OFF são ativados ou inibidos pelas células bipolares, que por sua vez despolarizam ou hiperpolarizam pela ação das células receptoras. E os axônios das células ganglionares dos circuitos ON e OFF se projetam ao córtex visual via núcleo geniculado lateral e não para o hipotálamo ou núcleos do tronco.