Ora. A liberdade q veio com o mercado após o feudalismo instituia-se no fato de que não havia direitos na relação entre empregado e empregador. No entanto, ainda q houvesse regras entre suserano e vassalo, o suserano também podia dar fim a relação quando quisesse. Então, a "plebe" digamos assim, não estava em vantagem (nesse aspecto) no período feudal em relação ao absolutismo. Nunca houve liberdade. Ou estou enganado?
Não acho que você esteja enganado. Se a gente coloca a questão no campo das possibilidades, sim, era possível ao suserano extinguir o vínculo dele com o vassalo quando bem lhe aprouvesse. Mas me parece que a diferença fundamental é que, no Feudalismo, as relações entre “empregado e empregador” se baseavam muito mais na tradição, e envolvia não somente o servo, mas a sua família, seus descendentes. Então havia uma tradição de troca de “deveres” muito mais difícil de ser rompida unilateralmente. Já no capitalismo que emergiu com o estado absolutista, o trabalhador “livre”, que vende a sua força de trabalho no mercado, encontra-se numa situação muito mais vulnerável em relação à segurança quanto à produção da sua subsistência, pois o vínculo com um eventual empregador é individual, e, especialmente antes do surgimento dos direitos trabalhistas, podia ser extinguido unilateralmente a qualquer tempo. Acho que é mais nesse sentido que o professor está falando.
Em se considerando o Sistema Capitalista com sua exacerbada exploração da classe trabalhadora e a sua numerosa quantidade de mão de obra escrava e/ou semi-escrava existente, dizer que, hoje, a força de trabalho é "livre", só prova o quanto este sistema ilude.
Quanta idiotice. É livre no sentido de que ninguém te obriga a trabalhar, ao contrário da coerção do estado que te obriga a pagar impostos. Aí vc vai falar: "hora mas como é livre se sou obrigado a trabalhar para não morrer de fome?" Aí que entra um ponto fundamental de se estudar economia. NÓS NÃO VIVEMOS NO JARDIM DO EDEM! RECURSOS SÃO ESCASSOS. Para se viver é necessário comida que necessariamente provém de recursos que são escassos, como terra, tempo, trabalho e sementes. Aí entra toda a questão de direitos negativos e positivos, ninguém é obrigado a trabalhar contra sua vontade, mas também ninguém é obrigado a entregar os frutos de seu trabalho aos outros. Simples assim. Ainda sim é melhor do que escravidão, em que pelo menos vc determina o quanto quer trabalhar, à depender é claro da sua necessidade, condições climáticas, etc...
@@reinaldoeliasdesouzajunior2688 se, pra vc, ser explorado para sobreviver é sinônimo de liberdade, tudo bem! Se vc não é um explorador da servidão alheia, não te acho um idiota por isso! Talvez, apenas iludido!
Pra falar em "mercado" é preciso falar num sistema de trocas complementares , isto é, uma ordem de trocas totalmente ligadas entre elas. Trocas isoladas, isto é, escambos isolados, não constituem ordem ou sistema. Nunca existiu sistema ou ordem de mercado. E nunca existirá. Falar que existe mercado, ainda mais mercado autorregulável, é errado. A tese do Polanyi é errada.
Que forte sobre a venda de força de Trabalho, se eu nāo tiver como vendê-la, não tenho como sobreviver .
Vassalagem e tradição. Juramento, suserania, honra.
Karl Polanyi é um autor fundamental! Junto á T. Adorno e outros
Aula sensacional! 👏👏👏
Aula muito boa!
Excelente aula
Nossa! Que aula interessante! Grata!
Ótima aula ;)
Ora. A liberdade q veio com o mercado após o feudalismo instituia-se no fato de que não havia direitos na relação entre empregado e empregador. No entanto, ainda q houvesse regras entre suserano e vassalo, o suserano também podia dar fim a relação quando quisesse. Então, a "plebe" digamos assim, não estava em vantagem (nesse aspecto) no período feudal em relação ao absolutismo. Nunca houve liberdade. Ou estou enganado?
Não acho que você esteja enganado. Se a gente coloca a questão no campo das possibilidades, sim, era possível ao suserano extinguir o vínculo dele com o vassalo quando bem lhe aprouvesse. Mas me parece que a diferença fundamental é que, no Feudalismo, as relações entre “empregado e empregador” se baseavam muito mais na tradição, e envolvia não somente o servo, mas a sua família, seus descendentes. Então havia uma tradição de troca de “deveres” muito mais difícil de ser rompida unilateralmente. Já no capitalismo que emergiu com o estado absolutista, o trabalhador “livre”, que vende a sua força de trabalho no mercado, encontra-se numa situação muito mais vulnerável em relação à segurança quanto à produção da sua subsistência, pois o vínculo com um eventual empregador é individual, e, especialmente antes do surgimento dos direitos trabalhistas, podia ser extinguido unilateralmente a qualquer tempo. Acho que é mais nesse sentido que o professor está falando.
Em se considerando o Sistema Capitalista com sua exacerbada exploração da classe trabalhadora e a sua numerosa quantidade de mão de obra escrava e/ou semi-escrava existente, dizer que, hoje, a força de trabalho é "livre", só prova o quanto este sistema ilude.
Quanta idiotice. É livre no sentido de que ninguém te obriga a trabalhar, ao contrário da coerção do estado que te obriga a pagar impostos. Aí vc vai falar: "hora mas como é livre se sou obrigado a trabalhar para não morrer de fome?" Aí que entra um ponto fundamental de se estudar economia. NÓS NÃO VIVEMOS NO JARDIM DO EDEM! RECURSOS SÃO ESCASSOS. Para se viver é necessário comida que necessariamente provém de recursos que são escassos, como terra, tempo, trabalho e sementes. Aí entra toda a questão de direitos negativos e positivos, ninguém é obrigado a trabalhar contra sua vontade, mas também ninguém é obrigado a entregar os frutos de seu trabalho aos outros. Simples assim. Ainda sim é melhor do que escravidão, em que pelo menos vc determina o quanto quer trabalhar, à depender é claro da sua necessidade, condições climáticas, etc...
@@reinaldoeliasdesouzajunior2688 se, pra vc, ser explorado para sobreviver é sinônimo de liberdade, tudo bem! Se vc não é um explorador da servidão alheia, não te acho um idiota por isso! Talvez, apenas iludido!
@@reinaldoeliasdesouzajunior2688 sei, hahahaahaahahahaahaahahaahaaaaaahaahahahahahahahahahahhahahahahahahaaahaaaaaahahahahahah...
Na Baixa Idade Média ha uma retomada da atividade comercial a partir do século XI.
19:00 o que acontece com uma pessoa quando ela não tem mais força de trabalho pra vender?
Ela fica sem meios de sobrevivência, pois é dependente das relações do mercado para vender sua força de trabalho.
Existe a seguridade social, ele não comentou isso no vídeo.
Meu pai ficou inválido e não recebeu a seguridade social. A sorte foi eu e meus irmãos estarem trabalhando e nos dias atuais temos outros assim
@@matheusbnascimento Para ter direito a alguns benefícios da seguridade você tem de ter trabalhado/contribuído para ela.
Pra falar em "mercado" é preciso falar num sistema de trocas complementares , isto é, uma ordem de trocas totalmente ligadas entre elas. Trocas isoladas, isto é, escambos isolados, não constituem ordem ou sistema. Nunca existiu sistema ou ordem de mercado. E nunca existirá. Falar que existe mercado, ainda mais mercado autorregulável, é errado. A tese do Polanyi é errada.