Professor, fiquei honrada e pulando de felicidade por ter minha pergunta escolhida! Agradeço mais uma vez sua generosidade e gentileza em dividir seus conhecimentos! Adorei a resposta e seus trejeitos são um brinde a parte, morro a cada "oh gente!". Sua postura ética sempre me inspira. Obrigada!
Lacan é tão charlatão quanto Olavo. Olavo, por exemplo, usa também de verborragia para denunciar uma suposta contradição entre dois princípios da mecânica Newtoniana: A inércia e o "movimento eterno" (que nunca foi princípio Newtoniano). Veja este trecho de Olavo: "A física antiga dizia que um corpo, se não movido por outro, tende a ficar parado. Newton contestou isso, afirmando que a força da sua própria inércia mantém cada corpo eternamente no seu estado presente, seja de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme. Só há um problema: se o movimento é eterno, não faz sentido falar em “estado presente” a não ser por referência a um observador vivo dotado do sentido da temporalidade. No movimento eterno, tudo é fluxo e impermanência. Não há “estados” - seja de repouso ou de movimento. “Estado” é apenas uma impressão subjetiva que o observador, ele próprio envolvido no movimento geral, obtém ao medir os movimentos físicos pelo seu tempo interior. A tentativa de montar um universo puramente matemático independente da percepção humana acabava fazendo tudo depender da própria percepção humana. A física materialista fundava-se numa metafísica idealista." Como Olavo usa de conceitos físicos e divagações e palavras que não contêm uma definição rígida para escrever basicamente textos que não fazem sentido, também assim fazia Lacan (sendo que o primeiro faz isso num contexto fora da academia, já o segundo dentro da academia). A maneira de uma pessoa ficar mais imune a esses charlatões intelectuais é conhecendo realmente a obra de pessoas que foram realmente inteligentes, como Gauss, Euler, Newton, etc....Assim sabem de cara quando veem uma figura como Olavo e Lacan que se tratam de charlatões (ou então apenas divagadores que ganharam certa notoriedade).
@@PauloRicardo-fc4li falou bastante do Olavo e nada de Lacan... aliás Lacan também estudou muitas dessas pessoas "realmente inteligentes" que você menciona...
@@juliomrgtz Dei um trecho de um texto de Olavo em que ele se referia a princípios da mecânica clássica para fazer o paralelo com o uso descabido de conceitos da física e da matemática que Lacan faz. Veja, Lacan e Olavo não podem entender direito a obra de Newton, Euler, Gauss, Plank, etc,.... sem saber sequer o que é uma derivada, meu amigo. Convenhamos.
@@PauloRicardo-fc4li o uso desses conceitos, tem intenção de transformá-los em outros por serem análogos, exemplo, jung transfere uma noção energética da física para libido como se o conceito de energia fosse o mesmo, e sim que, há na passagem de um conceito para sua aplicação sobre outro objeto, a sua perda, e portanto também sua criação.
Sou usuário de informática desde meus 12 anos com o Apple 2. Há 30 anos uso informática me considerando um "Early adopter". Um video como esse disponível no Youchubi me traz aquele sentimento de surpresa de como uma ferramenta consegue disponibilizar um debate nesse nível, exposto de forma gratuita, aberta para todos.
Verdade! Eu tenho me surpreendido com o RUclips, porque ele tem trazido para os usuários a oportunidade de tomar conhecimento de coisas extremamente interessantes.
Boa noite Christian Dunker, o sr. poderia falar um pocuo mais sobre a concepção de inconsciente de freud e a diferença em relação à concepção de inconsciente em Lacan. É um tema que me chama atenção.
Nunca "falou difícil"... Nossa própria limitação é que nós afastava dele. Linguagem habitada pelo Sujeito. É necessário se fazer pelo avesso, pela presença da falta, do negativo. Destruir paradigmas,sem pena.
O importante nao é entender a fala e sim ela te tocar. Por isso que as palavras de Jesus e Buda são tao impactantes 2000-3000 anos depois... Pq são simples e verdadeiras. "Faça com o proximo como gostaria que fizessem com voce", "ame seu inimigo". "Não habite no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente.". É muito simples. Daqui 1000 anos ainda falaram em Buda, enquanto Lacan estara esquecido. Pode apostar. Abraços
Dunker, é muito bom ouvir o que você diz, cada vez mais faço a minha aposta na psicanálise, como método de investigação e de cura. É bem verdade que em Lacan encontramos uma leitura difícil, hermética, mas que por outro lado, para mim tornou-se um desafio
Boa tarde, Christian. Tem surgido na clínica analisandos falando sobre “mães narcisistas”. Me parece um novo conceito informal criado para falar das mães engolidores. Poderia falar sobre isso? Obrigado.
Professor, com todo respeito, considero injusto seu julgamento quanto ao trabalho de Sokal e Bricmont. Eles afirmam na introdução de sua obra que ela se contém a uma análise dos aspectos matemáticos e físicos dos trabalhos criticados. Ou seja, eles analisaram a matemática de Lacan isoladamente, ignorando a veracidade de suas afirmações sobre psicanálise (por não possuírem conhecimento de causa). E, após demonstrarem erros fundamentais nessa matemática, concluíram, na frase citada neste vídeo, que a matemática empregada por Lacan não teria lugar em psicanálise séria. Eles afirmam isso pela matemática estar fundamentalmente errada: qual contribuição uma matemática errada pode trazer para um trabalho sério? Isso não invalida o trabalho de Lacan - é possível que uma conclusão correta seja tirada de premissas erradas - mas coloca em questionamento as ferramentas por ele usadas. Daí vem a comparação de Lacan com um charlatão: nas passagens analisadas por Sokal ele aparentar tira conclusões a partir de premissas "inventadas", se aproveitando (talvez não intencionalmente) do fato que os psicanalistas, em geral, não teriam conhecimento matemático para identificar seus erros. Mas dizer que Sokal e Bricmont criticaram o conhecimento psicanalítico de Lacan não é verdadeiro, eles próprios assumiram não terconhecimento ou autoridade para tal.
Perfeita leitura de Sokal e esse assunto tem rendido muitos atritos. Ainda não entendi qual é a resistência dos Psicanalistas do Campo Lacaniano em revisar determinados conceitos "da matemática" Lacaniana! Fui investigar a partir da Lógica Paraconsistente do Professor Newton da Costa (brilhante, diga-se de passagem), que sugeriu olhar os conceitos de Lacan a partir da Heurística, pois na Lógica Paraconsistente tão pouco fundamentava a "lógica matemática Lacaniana". Isso não quer dizer que Lacan esteja completamente equivocado nas proposituras. (Propus um Cartel para trabalhar o tema). Gosto muito da Psicanálise Lacaniana (mais do que a Freudiana) pelo valor que se dá as palavras e pela Poética!
Ótimo e pertinente comentário. Logo na Introdução, os autores deixam claro, defendendo a tese que eles vão tecer, que o argumento da autoridade não pode ser levantado - ou seja, não faz sentido o Prof. Dunker acusá-los de não ter autoridade sobre o tema. Disso se desdobra exatamente o que você comentou: são as bases matemáticas que Lacan utiliza que foram mal-interpretadas por ele. Como erigir uma teoria em cima de fundamentos instáveis? No mais, faço de suas palavras as minhas!
@@renan.rossini Mas os próprios autores levantaram o argumento de autoridade afirmando que Lacan não entendia de matemática, e o acusaram de Charlatão. Não vê o quanto isso é grave e politizado? só por erros em uma disciplina (recorte) você desqualifica toda uma prática. Isso de" argumento de autoridade" é relativismo excessivo, ciência se faz por crítica aos pares, não tem como um físico criticar um estudo antropológico de uma forma séria.
@@AlexandreMarcati Concordo em alguns pontos contigo, Mas a questão que se coloca é que, não é por erros aritméticos de Lacan que toda a sua obra foi comprometida, visto que há diversos estudos que mostram o benefício da psicanálise lacaniana. Se formos descartar doutrinas por alguns erros específicos, não sobra nenhuma. O problema é que, esses dois críticos de Lacan tentaram levar os métodos matemáticos para a psicanálise, erro grotesco, pois cada área tem sua especificidade, e a crítica é relevante quando julgada pelo seus pares, e não por pessoas de fora da área mencionada. Acredito ser relevante a critica que Lacan recebeu, a ciência funciona desta forma, mas ela deveria ser limitada pela área de atuação dos críticos, quando deixaram o ego inflar e começaram a questionar as ciências humanas, e saíram da sua área específica, não conseguiram sustentar os argumentos, algo esperado para quem é formado em outra área. Eles simplesmente não sabem como funciona a epistemologia estruturalista fundada por Lévi-Strauss que mais tarde culminou no pós-estruturalismo contemporâneo, se tivessem se aprofundado nesse tema e questionado, mereceria o respeito acadêmico. Quando você cita "coach quântico", é um exemplo claro de matemáticos querendo criticar Ciências Sociais, não se aprofundam na área, não conhecem a ética interna de cada disciplina, mas querem desesperadamente vender livros. "Imposturas Intelectuais" foi um livro muito vendido, assim como os de auto ajuda, mas não teve relevância no meio acadêmico.
Adorei o video, Christian! Sabemos que parte da realidade tratada nele surge inclusive por parte de professores dos cursos relacionados à Psicologia... Abraço.
O que é de se louvar! Basta de professores que são apenas repetidores de qualquer coisa que algum nome histórico tenha dito. É preciso discutir para depurar a psicologia.
Sokal e Bricmont não refutaram as hipóteses de Lacan, mas sim apontaram a falta de significados, a linguagem pomposa pra muitas vezes explicar coisas óbvias(aí se encontra o charlatanismo) e os equívocos, tudo isso referente à "matemática de Lacan". O autor do vídeo justifica o uso da matemática como ferramenta auxiliar da psicanálise de forma introdutória e geral, o que não responde às críticas objetivas feitas aos escritos de Lacan presentes em "Imposturas intelectuais". No livro, não há uma crítica à psicanálise em si, mas a estruturação matemática elaborada por Lacan, algo que nem é tocado no vídeo. Se um biólogo, químico, economista e etc. se arrisca a sustentar hipóteses em bases matemáticas, essa sustentação vai ser acessível à crítica matemática sim, dizer que matemáticos não entendem de biologia/química/economia não vai servir como resposta. Enfim. Esse vídeo não responde nada em específico. É pregar pra convertidos.
Vc apresentou argumentos excelentes, alguns dos quais eu concordo - linguagem pomposa para "explicar" coisas óbvias, por exemplo (apesar que me parece que o objetivo dele não era somente ensinar, mas criar um método e uma linguagem que trabalhasse junto com o que estava sendo transmitido) mas falhou porque interpretou a fala do Dunker de maneira muito superficial, inclusive dizendo que o vídeo não respondeu nada de específico, quando na verdadade ele respondeu à vários pontos.
Não há isomorfismo estrutural entre a matemática e o psíquico. Lacan é charlatão. Mas esse pessoal de humanas passa longe de refletir sobre o que de fato é a matemática, apenas querendo beneficiar-se de sua respeitabilidade.
Seus matemáticos idiotas, Lacan fez o mesmo com a Linguística: pegou signo e significante de Saussare e o adequou as estruturas do desejo humano na linguagem. Enfim, o corrompeu positivamente para dar ciência a este objeto. Se não entendeu, eu não vou desenhar?
Lacan é erudito demais para ser um charlatão, honestamente. A teoria psicanalítica dele é, sim, sistematizada rigorosamente durante sua obra, por mais que ele, no seminários, use um linguagem "excessivamente" hermética. Da "topologia lacaniana" pode - se, sim, tirar conclusões sob um viés mais "inteligível", e, nesse sentido, pode ser corrigidas.
Olá! Christian, tudo bem contigo? Queria saber de ti em relação a apropriação da psicanálise pela teoria literária, e também o inverso: da adoção de obras literárias pela psicanálise, como você vê isso? Quais são os trabalhos mais importantes? Abraços!
Tudo bom, prof. Christian? Poderia comentar, por favor, sobre o processo criativo (criatividade) em Freud e Lacan, considerando semelhanças e diferenças, caso existam, entre ambos? Poderia, também, dizer em quais obras ambos tratam do tema da criatividade? Desde já muito obrigado! Um forte abraço, Leonardo.
Que interessante este vídeo. Fiquei imaginando mesmo é se, no mundo contrário, um par de psicanalistas lacanianos refutando conceitos da física a partir do seu paradigma seriam levados a sério, ou mesmo teriam livro publicado...#sqn. E o professor, sempre com esta paciência e bom humor, se dando ao trabalho. Que bom, porque assim tenho a oportunidade de aprender mais um pouco. Respeito muito toda esta classe que o Christian tem para lidar com críticas destrutivas e negação de saberes outros. Boas práticas, boas práticas... 😅
Lacan e sua turma nao teriam fôlego para refutar a física. Perderiam de lavada. Enrolação do princípio ao fim. Faltam-lhes lógica em sua própria teoria.
Estou viciada nos seus vídeos, professor Christian! Fatalmente fico passando um pente fino nas terapias que já fiz e nos mundos que habitei ao longo da vida. Isto jamais se esgota. Provavelmente por isso a vida é tão fantástica. Pessoalmente penso que a psicanálise deveria ser acessível a todos e um suporte continuado para vida. Não canso de me espantar. Acho até que talvez eu seja uma psicóloga frustrada. Obrigada pela oportunidade de estar aqui. É muito generoso de sua parte compartilhar seus entendimentos tão lúcidos, imparciais e éticos!!!
Sr como se dá a psicanálise em países da Ásia? Sabendo-se das diferenças culturais e das formas completamente diferentes de entender a realidade. Constituição cognitiva diferentes.
Poxa, uma pergunta que nem deveria ser feita, até pq a psicanálise surgiu nessas proximidade geográficas, além de entender que a Psicanálise não está presa a questão cultural e sim a questões do Sujeito que utiliza uma linguagem (registro simbólico'que todos de alguma forma possuem, inclusive o mudo)
@@ressignificando45 1. Nenhuma pergunta honesta, por mais simples ou boba que pareça ser, merece não ser respondida. No caso, essa pergunta em questão não é simples é muito menos boba. 2. Sua posição, além de prepotente, demonstra a não compreensão dos mecanismos de linguagem tão celebrados por Lacan. 3. A compreensão de símbolos varia muito dentro de diferentea culturas. Uma mensagem comprendida como amorosa por um grupo, pode significar algo oposto para outro. Ou seja, o ambiente sócio cultural influência na comunicação e a compreensão consciente que eventualmente se transferirá ao subconsciente num momento posterior.
Professor, como a psicanálise lacaniana aborda o conceito, muito presente na sociologia de Erving Goffman, de identidade do sujeito ou do indivíduo? Obrigado.
A saber sobre "neurose de caráter". Olá professor Christian, como vai? Meu nome é Samuel Vinicius, gosto muito dos seus vídeos e explicações, acompanho e tenho muito carinho por eles. Parabéns pelo ótimo trabalho que está fazendo à Psicanálise! Mas gostaria de lhe fazer uma pergunta... quero saber mais sobre "neurose de caráter", como se dá na clínica, no sujeito e seus possíveis sintomas? Desde já, agradeço muito. Forte abraço!
Olá Professor Christian! Você poderia falar um pouco sobre a relação da psicanálise/psicologia com o Nietzsche? Ele mesmo se declarava como o primeiro "psicólogo"; eu também já ouvi citações atribuídas a Freud dizendo que Nietzsche teria sido o único homem que verdadeiramente se conhecia
Achei que o vídeo se esquivou de responder o cerne da questao (Sobre que aspectos seria Lacan um charlatão? incursões nas ciências duras, tempo das sessões, incopreenssibilidade dos textos etc). Uma pena ter sido superficial; uma nao-resposta dada de maneira tão apaixonada!. Não contribui pro debate de ideias... Não vi postura critica. Argumentos de autoridade já não colam faz tempo! Pessoal, bora ler Freud, ler Lacan; ler C.Dunker, ler Stuart Schneiderman, ler Noam Chomsky (de um linguista sobre a linguística de Lacan) e outros... Forme sua opinião das leituras dos originais....
a crítica de muitas pessoas sobre o charlatanismo de lacan (por exemplo, Chomsky) não é que ele ou seus seguidores não estaria autorizado a debater publicamente o que ele debate. as acusações são mais sérias: de que ele sabe que o que escreveu é groselha, baboseira e que ele SABERIA que é baboseira, mas o fazia pela fama, prestigio, pra impressionar os impressionaveis, etc.
Uma questão: a psicanálise lacaniana produz pesquisas de fato científicas ou produz repercussões teóricas sobre as teorias precedentes? Estar dentro de uma universidade não significa necessariamente ser pesquisa científica. É uma pesquisa acadêmica porque um lugar foi lá foi conquistado no passado e ainda é mantido por popularidade. Veja que o próprio autor do vídeo já tem uma resposta pronta aos críticos: "se alguém mostrar que o que eu faço não é pesquisa científica de verdade, eu respondo que não preciso fazer pesquisa do jeito que ele chama de científico". Vejo alguns artigos psicanalíticos prometendo a divulgação de uma pesquisa e quando leio só há especulações teóricas e casos anedóticos relatados sob uma ótica interpretacionista peculiar.
Mas como se faz ciência dura, com extamante um ato analítico que é voltado a práticar a escuta e significação do sofrimento alheio? Não faz sentido, A psicanálise não é uma ciência, é uma prática, e isso não a desvalida, só a coloca em um lugar diferente.
Concordo que muito do que o que Sokal e Bricmont dizem é bem galhofa, principalmente quando eles tentam avaliar as teorias de áreas que eles não aparentam domínio, mas o ponto principal Sokal e Bricmont colocaram não foi respondido no vídeo. Pois a crítica principal reside justamente no uso "freestyle" dos conceitos científicos de ciências que tem bastante prestígio e que tem grande parte de sua fama atrelada a rigorosidade e poder descritivo e explicativo de seus conceitos, isso faz parecer, de maneira estética, que a teoria tem o verniz de intelectualidade que possivelmente ela não possui. É o mesmo problema dos coachs quânticos, que são alvos de ataques dos divulgadores científicos atuais. Sua argumentação poderia ser aplicada facilmente na defesa dos coachs quânticos, substituindo, é claro, as menções a Lacan e a psicanálise por menções a coach quânticos, com exceção do argumento da academicidade da psicanálise e da falta de replicabilidade de 50% dos artigos de psicologia, que não tocam no mérito do argumento. Para complementar, acredito que identificar charlatanice em alguns aspectos da obra, não necessariamente, invalida o seu conteúdo, mas coloca o autor do charlatanismo no seu devido lugar. Que lugar é esse? O lugar de um ser humano que não é capaz de compreender tudo, mas que mesmo assim, pode compreender muito sobre uma coisa em específico, mas sem precisar parecer que entende profundamente sobre outras coisas para compreender aquilo que ele estuda.
Olá Dunker! Acompanhando seus Seminários sobre a obra de Jacques Lacan é perceptível o quanto a lógica matemática passa a ser um recurso para abordar o real psicanalítico; neste sentido, você poderia falar sobre a relação de Lacan com a lógica e a definição que se tornou clássica: a lógica como ciência do real? Abraços e parabéns pelo canal!!
Lacan estava cercado de bons matemáticos, o matemático René Lavendhomme diz que a matemática para Lacan indica uma homologia de estrutura, mas sem reduzir os conceitos analíticos aos conceitos matemáticos. Mas no caso da pergunta há diferença entre lógica e matemática, Lacan não diz que a matemática é a ciência do real, mas sim que a lógica é a ciência do real, mesmo sendo esta uma lógica de derivação matemática ela ainda é, como afirma Lacan no seminário 24, derivada do Logos.
Nem sei o que é uma homologia de estrutura... mas aposto que é algo que pode ser aplicado a qualquer teoria ou especulação. Ou seja, são discussões vazias e inúteis... é ficar filosofando no mal sentido da palavra sobre um pseudo-conhecimento, não produzindo nada de útil, só o discurso pelo discurso. Agora, se alguém puder dizer como Lacan usa sua matemática para produzir uma terapia, eu mudo de opinião.
Professor, qual livro de Freud e Seminário de Lacan podemos ler pontos que perpassam as questões sociais como racismo, homofobia, misoginia e as questões que hoje são mais discutidas na política brasileira?
Não sou o Christian, mas acho que posso recomendar pelo menos algo do Freud: O Mal-Estar na Civilização. Não há a especificação das questões sociais, mas há uma elaboração quanto à estruturação da civilização principalmente no que diz respeito à sexualidade.
Quanto ao racismo, seria muito interessante e relevante o apontamento por parte de Freud e/ou Lacan, de movimentos inconscientes que possam estar atuando nessa problemática. Quanto as outras questões, creio que no seminário do mimimi ou vitimização ad infinitum, tu encontres algumas respostas.
Lacan já foi dissecado por Alan Sokal em "Imposturas intelectuais", e era o rei de nada dizer com ar de profundidade. Seus discípulos repetem a mesma tática: embromam, misturam platitudes com baboseiras, e pensam ter produzido uma reflexão penetrante e complexa onde há apenas confusão mental e verborragia.
Prof Christian, sobre o livro imposturas intelectuais, faltou vc dizer que os autores avisam que eles nao negam a importancia de muito daquilo que os pós modernistam dizem; eles apenas avaliam, enquanto matemáticos, a validade dos termos matemáticos usados pelos pós modernistas. E o fazem com razao, oras. Afinal, se uma área do saber usará o conceito X da matemática, que esse uso seja igual ou pelo menos equivalente ao da propria matematica. No livro, eles demonstram como alguns pós modernos usam termos da matematica que em suas explicaçoes tornam-se sem pé nem cabeça, mas como dá um tom de verdade maior ao usar esses termos, acabavam-se usando. (Em um ensaio divertidissimo do livro O capelão do diabo, o Richard Dawkins explica porque nao suporta o relativismo na ciência). Ou seja, 2 é 2 na matemática e em qq outra ciencia; se nao é, poxa, que explique aos leitores que 2 significa cachorro sentado, ou neve azul, ou 13444. Etc. Ou, aí é o ponto, não é ciência. Tem gente q diz que é arte, que é crença, que é (já que tudo pode ser relativizado) uma outra ciência, todas podendo estar em qq debate, bastando pra isso ter quem queira fruir, ouvir e aprender.
Quem gosta de Lacan não quer nem saber se a matemática dele faz sentido, já que ela não será usada mesmo. É só algo para admirar, um toque de sofisticação a mais.
@@falapsicologo321 Novamente eu aqui. Não amigo, nem um dos casos, lacan usa a matemática apenas para uma ilustração de sua teoria social e linguística. Apenas isto, claramente entendo a fúria deste pessoal da aérea, pois é a mesma furia de por exemplo, usaram a psicanlise em nome de religião, porém entendemos que no caso de Lacan é apenas uma demonstração, não é algo a bater de frente com matemáticos, mas para ilustrar pontos na existência humana, que não devem passar pelo total crivo Linguístico. Ai o uso dos símbolos matemáticos. E volto a dizer, a matemática de lacan não é ciência, muito menos sua psicanlise também é.
Já ouvi dizer que Freud considerava uma forma de perversão, falar com o intuito de ñ ser compreendido, infringindo sofrimento ao Outro através de enigmas. Ñ sei se esse seria o caso. Mas, fica claro para mim que Lacan estava longe de ser neurótico ou psicótico. Em qual estrutura o discurso dele se encaixa?
Dunker, você fez um vídeo incrível sobre, digamos assim o "fenômeno Bolsonaro" com uma leitura Freud-lacaniana. Gostaria te propor uma questão que considero tão importante quanto. Gostaria que falasse sobre o "Fenômeno Lula" com uma visão também Freud-lacaniano. Excelente trabalho. Pretendo assistir em breve todos os seus vídeos.
Situação 1- Lacan ao associar matemática e psicologia teve um surto psicótico , em meio a uma diarreia . O surto e a diarreia o fizeram espalhar excrescências ( merda ) ao se colocar na frente de um ventilador. Situação 2-Numa sessão o psicoterapeuta diz ao cliente:: esse seu trauma está associado à soma dos quadrados dos catetos e sua hipotenusa teve um cálculo diferencial reduzido pela integral de x.dx elevado à quinta potência da mediatriz do ângulo reto.
Francamente... A matemática é uma só. É uma linguagem lógica. Todas as ciências usam matemática (ou lógica formal) para formalizar argumentos e garantir a consistência interna do raciocínio, ou seja, garantir que as conclusões seguem das premissas, e fazer isso da maneira mais clara e explícita o possível. Eu sou economista, e se eu tiver conhecimento suficiente de matemática, posso checar se uma teoria da física, da química, ou o que quer que seja, faz sentido LÓGICO. Entender os conceitos e o teste empírico dos mesmos são outros 500. O que os físicos fizeram foi: bem, esse psicólogo aqui quer formalizar seus conceitos psicológicos. No entanto a formalização é uma merda SEM SENTIDO. A conclusão é que, ou a psicanálise lacaniana não faz sentido, ou a maneira como Lacan tentou expressar as conexões causais e conclusões é que foi mal formulada. Se é verdade que existe consistência lógica em Lacan (o mínimo que vc espera de uma hipótese), então a utilização errada da matemática deveria ser denunciada pelos próprios lacanianos, por não fazer justiça à qualidade da teoria.
Na verdade leio Freud e discordo de que ele tinha sua teoria baseada na biologia. Na verdade, quando ele fala sobre dissecar o corpo, era exatamente no inconsciente, não estava referindo-se dissecação corporal.
comentei sobre os "matemas" pênis e raiz de -1 para não explorar o "famoso" "tempo lógico" que permite as "sessões curtas"; His critics attributed his “short sessions” to financial greed and to gain additional adherents to the Lacanian cause. lacan era um zoador pragmático nas questões financeiras... acusado de não seguir as diretivas freudianas se defendeu: -eu sou freudiano!!! (eu acho que ele não estava mentindo!)
lacan entendeu que se daria muito bem ao "transcrever" as ideias de freud (que não eram científicas, mas armazenadas em sociedades psicanalíticas) em termos de avanços do entendimento de Linguagem no inicio do Século 20!! E realmente foi um bom investimento... "subconsciente é linguagem" etc etc o problema é que ele quis levar isso aos extremos... aí caiu a ZOEIRA... não sabemos se proposital ou fruto da embriaguez do sucesso... os matemas são um PORRE!!!
Até o Einstein era um tanto charlatão: li que ele considerava egoísta quem acreditava em uma vida após a morte. Ora, Einstein buscou incessantemente um último momento de glória em sua busca por um campo unificado físico. Claro, estou me divertindo com meu próprio charlatanismo! Mas a questão da minha própria finitude me sacode aqui e ali. E porque a finitude do outro não me incomoda tanto?
Parabéns pelo canal! Você pode falar sobre psicanálise e filosofia? Mais precisamente as contribuições de Freud e Lacan para a filosofia ? Lendo Judith Butler eu me deparei com interpretações desses dois teóricos, fiquei curioso .
como tudo que envolva psicanáli$e. caia fora, uma dica de quem já fez análise bastante tempo. (não é por isso que sou anti-lacan, inclusive fui virar anti-lacan bem depois do fim da análise)
Muito bom o vídeo! Sobre essa questão do monismo metodológico, o engraçado é que ultimamente isso nem parte tanto da física. Vejo isso mais nas ciências da vida e até nas humanas. Talvez esteja focando minha universidade e generalizando... mas mesmo Sokal, nesse livro com vários problemas, questiona-se sobre a formalização de um método universal para a ciência. Enfim, já ouvi alguns físicos bem críticos com essa ideia de método universal.
O monismo metodológico que vem da ciências humanas é o que explica o pessoal da ciranda kkkkkkkkkkkk a esquerda pós moderna e o uspianismo kkkkkkkkkkk os famosos "vermelhinhos", brincadeira gente.
o livro é ANTI-ÉDIPO, que fala da esquizoanálise, mas sim. Lacan é o mais "poupado" das críticas. Os alvos principais são Freud, seus sucessores diretos, e basicamente toda a galera da psiquiatria dinâmica, com raras exceções. É uma crítica da cultura ocidental como um todo. Dissidentes como Melanie Klein também são bem massacrados à la Deleuze hahaha (o livro também foi escrito por Guattari, a 4 mãos).
O Imperador está nu! Lacan vestia o personagem charlatão com gosto, apesar de sua contribuição à psicologia, o homem era um palestrante horroroso e confuso propositadamente.
Eu vejo que não tem nenhuma base tal argumentação. Existe uma certa divisão entre filósofos de diferentes localizações geográficas que parecem partir de diferentes ambientes e tradições intelectuais. Enquanto dentro da cena do que ficou conhecido como "filosofia analítica" estabelecida por G. E. Moore, no qual pedia por uma certa "clareza", uma maior atenção e um maior rigor lógico para os ensaios filosóficos. Outros filósofos depois adotaram isso como uma espécie de "método", como Bertrand Russell. Por outro lado, quem sabe por razões políticas, dentro da cena da filosofia francesa, os filósofos eram influenciados por tradições e um ambiente intelectual muito diferente. Podemos sublinhar na tradição francesa a importância que eles deram para questões linguísticas: muitos dos filósofos conhecidos como "continentais", na maioria das vezes estão em dialogo com Ferdinand de Saussure, o pai da linguística moderna; como Barthes, Derrida, Lévi-Strauss, e o próprio Lacan, etc., enquanto que por outro lado filósofos analíticos não deram muita importância para Saussure, em vez disso, deram mais importância para outros filósofos da linguagem como Frege, Russell, Wittgenstein, Austin, etc., questões antropológicas (como podemos ver em Lévi-Strauss), questões da teoria da ciência (como em Poincaré, Cavaillès, Bachelard, Koyré, Canguilhem), questões ontológicas (como em Sartre, Derrida, Merleau-Ponty, Lévinas, etc. que são filósofos que aparentemente levaram muito mais a sério as investigações de ontológicas de Kant, Hegel, Husserl, Heidegger, etc. do que os filósofos analíticos que de acordo com o próprio Russell, caracterizavam-se como uma revolta contra o hegelianismo e o kantismo). Enfim, a partir desse cenário que nós temos aqui, parece ser um pouco natural que pensemos que é como se esses diferentes "métodos", por assim dizer, criaram as suas próprias "linguagens especializadas", e então é bastante comum ouvir aqueles que se identificam como "analíticos" acusarem filósofos de tradições completamente diferentes, que estão em diálogos e ambientes intelectuais completamente diferentes, e que utilizam uma terminologia adequada para a sua própria tradição, etc., enfim, é bastante comum que eles os acusem de serem "charlatões", ou de falarem "coisas sem sentido", ou de serem "obscurantistas", ou pior de "não ser filosofia, mas ser literatura" (relevante ao fato de que os cursos anglo-americanos de teoria literária abraçaram os filósofos franceses, enquanto que os de filosofia, ao menos durante um certo período, continuavam a rejeitar o estudo desses filosófos), etc.. No entanto, seria raso dizer que isso tudo é somente esse mal entendido superficial. Há um livro chamado "French Theory" de François Cusset, no qual justamente ele explora a recepção dos intelectuais franceses ao mundo anglo-americano e que, de fato, sublinha um certo preconceito de ordem maior e que deveria ser dado mais importância. Isso é principalmente importante de notar, porque até hoje em dia, ouve-se muito que esses filósofos franceses são todos "pós-modernos", e isso quer dizer que eles "não acreditam na verdade absoluta", que eles são "relativistas" e querem "destruir todos os valores", etc.. Na verdade quanto a classificações é algo bastante complicado. Por exemplo, muitos consideram que nem Barthes era propriamente um "estruturalista" _stricto sensu,_ e que a própria classificação "pós-estruturalista" também não é a melhor. No geral, a diversidade e grande variedade de pensamento que houve nesse momento na França, torna impossível colocar todos esses filósofos somente numa categoria.
"relevante ao fato de que os cursos anglo-americanos de teoria literária abraçaram os filósofos franceses, enquanto que os de filosofia, ao menos durante um certo período, continuavam a rejeitar o estudo desses filósofos)" Poderia dizer que há um link entre isso e aquele "famoso" curso do Paul Fry sobre teoria literária? É na universidade de Yale. Eu só ví o primeiro vídeo das 24 aulas, mas pareceu bem promissor, ele começou falando de Freud e Marx e iria chegar em Lacan... mas enfim, preciso continuar a ver e me lembrei disso quando li teu texto.
Angelo Borba, até onde eu saiba não tem muita relação. Do que eu sei é que a teoria literária entrou em uma espécie de crise metodológica. Daí a necessidade que se foi vendo de trazer outros textos para dentro do campo da teoria literária. Então aos poucos, lá por 1960 e em diante, foi-se adotando textos novos e diferentes, porque eles traziam reflexões importantes sobre a linguagem, a mente, a cultura, a história, etc.. Muitos desses textos trouxeram grande animação na área por conta de suas novas reflexões, explicações, descrições, etc. interessantes, persuasivas, e assim por diante. Não importa exatamente se esses textos não falavam exatamente sobre literatura. Um filósofo que procurou uma ponte entre os "analíticos" e "continentais" foi Richard Rorty, e ele escreve o seguinte: _"Tendo começado na época de Goethe, Macaulay, Carlyle e Emerson, desenvolveu-se um novo tipo de escrita que não é nem a avaliação dos méritos relativos das produções literárias, nem história intelectual, nem filosofia moral, nem profecia social, mas tudo isso combinado num novo gênero"_ Era de grande interesse de qualquer forma pegar essas teorias e aplicá-las aos textos. No entanto, como aponta Rorty, a teoria literária nunca se limitou a isso. Por exemplo, no livro de Roland Barthes, Mitologias, a partir da semiologia, ele realiza "desmistificações" de algumas tendências da França, que por conta do sistema de valores sociais, foi-se tendendo a naturalizar suas representações. Então num livro de "teoria literária", nós temos coisas como uma "leitura", ou a analise de objetos culturais, como da luta livre e boxe, vinho tinto, propagandas de sabões e detergentes, e até mesmo sobre o mito em relação ao cérebro de Einstein, e muitas outras coisas também. No ensino médio nós tendemos a aprender que ler um texto é apenas saber "o que o autor quis dizer?" ou até mesmo "o que o texto quer dizer?". As respostas que se dão para essa pergunta são geralmente rasas e desinteressantes. A teoria literária é bastante rica em ampliar essa nossa visão, e até mesmo nos fazer a nos interessar mais por textos, pela cultura, pela sociedade; e se qualquer coisa, Barthes nos mostrou que o autor está morto.
Professor, fiquei honrada e pulando de felicidade por ter minha pergunta escolhida! Agradeço mais uma vez sua generosidade e gentileza em dividir seus conhecimentos! Adorei a resposta e seus trejeitos são um brinde a parte, morro a cada "oh gente!". Sua postura ética sempre me inspira. Obrigada!
Lacan é tão charlatão quanto Olavo. Olavo, por exemplo, usa também de verborragia para denunciar uma suposta contradição entre dois princípios da mecânica Newtoniana: A inércia e o "movimento eterno" (que nunca foi princípio Newtoniano).
Veja este trecho de Olavo:
"A física antiga dizia que um corpo, se não movido por outro, tende a ficar parado. Newton contestou isso, afirmando que a força da sua própria inércia mantém cada corpo eternamente no seu estado presente, seja de repouso ou de movimento retilíneo e uniforme. Só há um problema: se o movimento é eterno, não faz sentido falar em “estado presente” a não ser por referência a um observador vivo dotado do sentido da temporalidade. No movimento eterno, tudo é fluxo e impermanência. Não há “estados” - seja de repouso ou de movimento. “Estado” é apenas uma impressão subjetiva que o observador, ele próprio envolvido no movimento geral, obtém ao medir os movimentos físicos pelo seu tempo interior. A tentativa de montar um universo puramente matemático independente da percepção humana acabava fazendo tudo depender da própria percepção humana. A física materialista fundava-se numa metafísica idealista."
Como Olavo usa de conceitos físicos e divagações e palavras que não contêm uma definição rígida para escrever basicamente textos que não fazem sentido, também assim fazia Lacan (sendo que o primeiro faz isso num contexto fora da academia, já o segundo dentro da academia).
A maneira de uma pessoa ficar mais imune a esses charlatões intelectuais é conhecendo realmente a obra de pessoas que foram realmente inteligentes, como Gauss, Euler, Newton, etc....Assim sabem de cara quando veem uma figura como Olavo e Lacan que se tratam de charlatões (ou então apenas divagadores que ganharam certa notoriedade).
@@PauloRicardo-fc4li falou bastante do Olavo e nada de Lacan... aliás Lacan também estudou muitas dessas pessoas "realmente inteligentes" que você menciona...
@@juliomrgtz Dei um trecho de um texto de Olavo em que ele se referia a princípios da mecânica clássica para fazer o paralelo com o uso descabido de conceitos da física e da matemática que Lacan faz.
Veja, Lacan e Olavo não podem entender direito a obra de Newton, Euler, Gauss, Plank, etc,.... sem saber sequer o que é uma derivada, meu amigo. Convenhamos.
@@PauloRicardo-fc4li o uso desses conceitos, tem intenção de transformá-los em outros por serem análogos, exemplo, jung transfere uma noção energética da física para libido como se o conceito de energia fosse o mesmo, e sim que, há na passagem de um conceito para sua aplicação sobre outro objeto, a sua perda, e portanto também sua criação.
Sou usuário de informática desde meus 12 anos com o Apple 2. Há 30 anos uso informática me considerando um "Early adopter". Um video como esse disponível no Youchubi me traz aquele sentimento de surpresa de como uma ferramenta consegue disponibilizar um debate nesse nível, exposto de forma gratuita, aberta para todos.
Sem dúvida nenhuma, é mto foda saber que no youtube brasileiro, rola um canal tão bom, e totalmente de graça.. É de bater palmas mesmo.
Verdade! Eu tenho me surpreendido com o RUclips, porque ele tem trazido para os usuários a oportunidade de tomar conhecimento de coisas extremamente interessantes.
Christian, vc é realmente um tesouro da internet!
Boa noite Christian Dunker, o sr. poderia falar um pocuo mais sobre a concepção de inconsciente de freud e a diferença em relação à concepção de inconsciente em Lacan. É um tema que me chama atenção.
Também ouvia dizer que o Lacan ''falava'' difícil só pra confundir o leitor. Esse vídeo foi muito esclarecedor. Obrigado, professor.
Kevin B. Haha, opa. Um amigo colorado por aqui.
Nunca "falou difícil"... Nossa própria limitação é que nós afastava dele. Linguagem habitada pelo Sujeito. É necessário se fazer pelo avesso, pela presença da falta, do negativo. Destruir paradigmas,sem pena.
Falava sim... ele sabia como ser hermético 😅. Mas, no geral, essa era a proposta dos seminários - fazer associações livres, subverter a linguagem.
O importante nao é entender a fala e sim ela te tocar. Por isso que as palavras de Jesus e Buda são tao impactantes 2000-3000 anos depois... Pq são simples e verdadeiras. "Faça com o proximo como gostaria que fizessem com voce", "ame seu inimigo". "Não habite no passado, não sonhe com o futuro, concentre a mente no momento presente.". É muito simples. Daqui 1000 anos ainda falaram em Buda, enquanto Lacan estara esquecido. Pode apostar. Abraços
@@joaotavares078 São mais populares, essa é a diferença. Lacan não é tão acessível a qualquer um
Nunca tinha ouvido este professor falar. Literalmente amei a maneira que ele transmite seus conhecimento. Parabéns!
Dunker, é muito bom ouvir o que você diz, cada vez mais faço a minha aposta na psicanálise, como método de investigação e de cura. É bem verdade que em Lacan encontramos uma leitura difícil, hermética, mas que por outro lado, para mim tornou-se um desafio
Amei este vídeo … um tapinha bem sútil aos críticos que não se fundamentam naquilo que falam !!!
Citando, Bob Dylan "Não critique aquilo que você não conhece", Christian, parabéns pelo canal! Excelente!
Assistir esse video uma vez foi bom, mas duas vezes, nossa.. foi bom demais, muito obrigado Dunker.
Que maravilha assistir a esse vídeo, Dunker! Obrigada!
Ainda encontram-se presos no positivismo, professor! Que lindeza de vídeo. Obrigado sempre
Então geeenteee!!!!
Vamo pará com essa facilidade de destruir os outros!!!
Essa foi merecida!!!
Parabéns!!!
Boa tarde, Christian. Tem surgido na clínica analisandos falando sobre “mães narcisistas”. Me parece um novo conceito informal criado para falar das mães engolidores. Poderia falar sobre isso? Obrigado.
Professor, com todo respeito, considero injusto seu julgamento quanto ao trabalho de Sokal e Bricmont.
Eles afirmam na introdução de sua obra que ela se contém a uma análise dos aspectos matemáticos e físicos dos trabalhos criticados. Ou seja, eles analisaram a matemática de Lacan isoladamente, ignorando a veracidade de suas afirmações sobre psicanálise (por não possuírem conhecimento de causa). E, após demonstrarem erros fundamentais nessa matemática, concluíram, na frase citada neste vídeo, que a matemática empregada por Lacan não teria lugar em psicanálise séria. Eles afirmam isso pela matemática estar fundamentalmente errada: qual contribuição uma matemática errada pode trazer para um trabalho sério?
Isso não invalida o trabalho de Lacan - é possível que uma conclusão correta seja tirada de premissas erradas - mas coloca em questionamento as ferramentas por ele usadas. Daí vem a comparação de Lacan com um charlatão: nas passagens analisadas por Sokal ele aparentar tira conclusões a partir de premissas "inventadas", se aproveitando (talvez não intencionalmente) do fato que os psicanalistas, em geral, não teriam conhecimento matemático para identificar seus erros.
Mas dizer que Sokal e Bricmont criticaram o conhecimento psicanalítico de Lacan não é verdadeiro, eles próprios assumiram não terconhecimento ou autoridade para tal.
Perfeita leitura de Sokal e esse assunto tem rendido muitos atritos. Ainda não entendi qual é a resistência dos Psicanalistas do Campo Lacaniano em revisar determinados conceitos "da matemática" Lacaniana! Fui investigar a partir da Lógica Paraconsistente do Professor Newton da Costa (brilhante, diga-se de passagem), que sugeriu olhar os conceitos de Lacan a partir da Heurística, pois na Lógica Paraconsistente tão pouco fundamentava a "lógica matemática Lacaniana". Isso não quer dizer que Lacan esteja completamente equivocado nas proposituras. (Propus um Cartel para trabalhar o tema). Gosto muito da Psicanálise Lacaniana (mais do que a Freudiana) pelo valor que se dá as palavras e pela Poética!
Ótimo e pertinente comentário. Logo na Introdução, os autores deixam claro, defendendo a tese que eles vão tecer, que o argumento da autoridade não pode ser levantado - ou seja, não faz sentido o Prof. Dunker acusá-los de não ter autoridade sobre o tema. Disso se desdobra exatamente o que você comentou: são as bases matemáticas que Lacan utiliza que foram mal-interpretadas por ele. Como erigir uma teoria em cima de fundamentos instáveis? No mais, faço de suas palavras as minhas!
Show!
@@renan.rossini Mas os próprios autores levantaram o argumento de autoridade afirmando que Lacan não entendia de matemática, e o acusaram de Charlatão. Não vê o quanto isso é grave e politizado? só por erros em uma disciplina (recorte) você desqualifica toda uma prática. Isso de" argumento de autoridade" é relativismo excessivo, ciência se faz por crítica aos pares, não tem como um físico criticar um estudo antropológico de uma forma séria.
@@AlexandreMarcati Concordo em alguns pontos contigo, Mas a questão que se coloca é que, não é por erros aritméticos de Lacan que toda a sua obra foi comprometida, visto que há diversos estudos que mostram o benefício da psicanálise lacaniana. Se formos descartar doutrinas por alguns erros específicos, não sobra nenhuma. O problema é que, esses dois críticos de Lacan tentaram levar os métodos matemáticos para a psicanálise, erro grotesco, pois cada área tem sua especificidade, e a crítica é relevante quando julgada pelo seus pares, e não por pessoas de fora da área mencionada. Acredito ser relevante a critica que Lacan recebeu, a ciência funciona desta forma, mas ela deveria ser limitada pela área de atuação dos críticos, quando deixaram o ego inflar e começaram a questionar as ciências humanas, e saíram da sua área específica, não conseguiram sustentar os argumentos, algo esperado para quem é formado em outra área. Eles simplesmente não sabem como funciona a epistemologia estruturalista fundada por Lévi-Strauss que mais tarde culminou no pós-estruturalismo contemporâneo, se tivessem se aprofundado nesse tema e questionado, mereceria o respeito acadêmico.
Quando você cita "coach quântico", é um exemplo claro de matemáticos querendo criticar Ciências Sociais, não se aprofundam na área, não conhecem a ética interna de cada disciplina, mas querem desesperadamente vender livros. "Imposturas Intelectuais" foi um livro muito vendido, assim como os de auto ajuda, mas não teve relevância no meio acadêmico.
Adorei o video, Christian! Sabemos que parte da realidade tratada nele surge inclusive por parte de professores dos cursos relacionados à Psicologia... Abraço.
O que é de se louvar! Basta de professores que são apenas repetidores de qualquer coisa que algum nome histórico tenha dito. É preciso discutir para depurar a psicologia.
Noam Chomsky, filósofo e linguista escreve brilhantemente sobre essa questão.
mas ele mesmo chamou Lacan de charlatão
@@lambert2332 sim, eu Li, ele fala mesmo, por isso.
Youchubi
Marcelo Paiva
YouTchúbi
É tão fofo!! Haha ❤😍❤
@@cyntiadutra1994
Voce se refere a que? Ao jeito que ele fala?
@@wallabbywatters6681 sim, e a pessoa q ele é tbm. Sou mto fã!
Sokal e Bricmont não refutaram as hipóteses de Lacan, mas sim apontaram a falta de significados, a linguagem pomposa pra muitas vezes explicar coisas óbvias(aí se encontra o charlatanismo) e os equívocos, tudo isso referente à "matemática de Lacan".
O autor do vídeo justifica o uso da matemática como ferramenta auxiliar da psicanálise de forma introdutória e geral, o que não responde às críticas objetivas feitas aos escritos de Lacan presentes em "Imposturas intelectuais". No livro, não há uma crítica à psicanálise em si, mas a estruturação matemática elaborada por Lacan, algo que nem é tocado no vídeo. Se um biólogo, químico, economista e etc. se arrisca a sustentar hipóteses em bases matemáticas, essa sustentação vai ser acessível à crítica matemática sim, dizer que matemáticos não entendem de biologia/química/economia não vai servir como resposta.
Enfim. Esse vídeo não responde nada em específico. É pregar pra convertidos.
Vc apresentou argumentos excelentes, alguns dos quais eu concordo - linguagem pomposa para "explicar" coisas óbvias, por exemplo (apesar que me parece que o objetivo dele não era somente ensinar, mas criar um método e uma linguagem que trabalhasse junto com o que estava sendo transmitido) mas falhou porque interpretou a fala do Dunker de maneira muito superficial, inclusive dizendo que o vídeo não respondeu nada de específico, quando na verdadade ele respondeu à vários pontos.
Não há isomorfismo estrutural entre a matemática e o psíquico. Lacan é charlatão. Mas esse pessoal de humanas passa longe de refletir sobre o que de fato é a matemática, apenas querendo beneficiar-se de sua respeitabilidade.
👏👏👏👏👏👏👏👏👏
Seus matemáticos idiotas, Lacan fez o mesmo com a Linguística: pegou signo e significante de Saussare e o adequou as estruturas do desejo humano na linguagem. Enfim, o corrompeu positivamente para dar ciência a este objeto. Se não entendeu, eu não vou desenhar?
Lacan é erudito demais para ser um charlatão, honestamente. A teoria psicanalítica dele é, sim, sistematizada rigorosamente durante sua obra, por mais que ele, no seminários, use um linguagem "excessivamente" hermética. Da "topologia lacaniana" pode - se, sim, tirar conclusões sob um viés mais "inteligível", e, nesse sentido, pode ser corrigidas.
Olá! Christian, tudo bem contigo? Queria saber de ti em relação a apropriação da psicanálise pela teoria literária, e também o inverso: da adoção de obras literárias pela psicanálise, como você vê isso? Quais são os trabalhos mais importantes? Abraços!
Tudo bom, prof. Christian? Poderia comentar, por favor, sobre o processo criativo (criatividade) em Freud e Lacan, considerando semelhanças e diferenças, caso existam, entre ambos? Poderia, também, dizer em quais obras ambos tratam do tema da criatividade? Desde já muito obrigado!
Um forte abraço, Leonardo.
Que interessante este vídeo. Fiquei imaginando mesmo é se, no mundo contrário, um par de psicanalistas lacanianos refutando conceitos da física a partir do seu paradigma seriam levados a sério, ou mesmo teriam livro publicado...#sqn. E o professor, sempre com esta paciência e bom humor, se dando ao trabalho. Que bom, porque assim tenho a oportunidade de aprender mais um pouco. Respeito muito toda esta classe que o Christian tem para lidar com críticas destrutivas e negação de saberes outros. Boas práticas, boas práticas... 😅
Lacan e sua turma nao teriam fôlego para refutar a física. Perderiam de lavada. Enrolação do princípio ao fim. Faltam-lhes lógica em sua própria teoria.
Uma dos melhores vídeos, não ficou só em responder a pergunta. Super-interessante.
Estou viciada nos seus vídeos, professor Christian! Fatalmente fico passando um pente fino nas terapias que já fiz e nos mundos que habitei ao longo da vida. Isto jamais se esgota. Provavelmente por isso a vida é tão fantástica. Pessoalmente penso que a psicanálise deveria ser acessível a todos e um suporte continuado para vida. Não canso de me espantar. Acho até que talvez eu seja uma psicóloga frustrada. Obrigada pela oportunidade de estar aqui. É muito generoso de sua parte compartilhar seus entendimentos tão lúcidos, imparciais e éticos!!!
Esplendida resposta na materia e na forma, maestro.
Te amo, Dunker!!!!!
Boa noite professor. Sem comentários!!!!
Linda resposta!
Sr como se dá a psicanálise em países da Ásia?
Sabendo-se das diferenças culturais e das formas completamente diferentes de entender a realidade.
Constituição cognitiva diferentes.
Adoraria ouvir a resposta!!! Ele já fez algum vídeo sobre?
Poxa, uma pergunta que nem deveria ser feita, até pq a psicanálise surgiu nessas proximidade geográficas, além de entender que a Psicanálise não está presa a questão cultural e sim a questões do Sujeito que utiliza uma linguagem (registro simbólico'que todos de alguma forma possuem, inclusive o mudo)
@@ressignificando45 1. Nenhuma pergunta honesta, por mais simples ou boba que pareça ser, merece não ser respondida. No caso, essa pergunta em questão não é simples é muito menos boba.
2. Sua posição, além de prepotente, demonstra a não compreensão dos mecanismos de linguagem tão celebrados por Lacan.
3. A compreensão de símbolos varia muito dentro de diferentea culturas. Uma mensagem comprendida como amorosa por um grupo, pode significar algo oposto para outro. Ou seja, o ambiente sócio cultural influência na comunicação e a compreensão consciente que eventualmente se transferirá ao subconsciente num momento posterior.
Vídeo muito esclarecedor e PRÓ-ciência!!
Tenho que assistir os vídeos dele com um dicionário kkkk ele é fantástico!
Amo... Amo... Dunker eu te amo!!
Excelente como sempre ❤️
Resposta maravilhosa! Hahaha
Obrigado pela aula de pós positivismo Dunker
Professor, como a psicanálise lacaniana aborda o conceito, muito presente na sociologia de Erving Goffman, de identidade do sujeito ou do indivíduo? Obrigado.
A saber sobre "neurose de caráter".
Olá professor Christian, como vai? Meu nome é Samuel Vinicius, gosto muito dos seus vídeos e explicações, acompanho e tenho muito carinho por eles. Parabéns pelo ótimo trabalho que está fazendo à Psicanálise!
Mas gostaria de lhe fazer uma pergunta... quero saber mais sobre "neurose de caráter", como se dá na clínica, no sujeito e seus possíveis sintomas?
Desde já, agradeço muito. Forte abraço!
Qual a referência em 10:42? 🙏
Ótimo vídeo, muito obrigado pelo esclarecimento!
Olá Professor Christian!
Você poderia falar um pouco sobre a relação da psicanálise/psicologia com o Nietzsche? Ele mesmo se declarava como o primeiro "psicólogo"; eu também já ouvi citações atribuídas a Freud dizendo que Nietzsche teria sido o único homem que verdadeiramente se conhecia
Achei que o vídeo se esquivou de responder o cerne da questao (Sobre que aspectos seria Lacan um charlatão? incursões nas ciências duras, tempo das sessões, incopreenssibilidade dos textos etc). Uma pena ter sido superficial; uma nao-resposta dada de maneira tão apaixonada!. Não contribui pro debate de ideias... Não vi postura critica. Argumentos de autoridade já não colam faz tempo! Pessoal, bora ler Freud, ler Lacan; ler C.Dunker, ler Stuart Schneiderman, ler Noam Chomsky (de um linguista sobre a linguística de Lacan) e outros... Forme sua opinião das leituras dos originais....
a crítica de muitas pessoas sobre o charlatanismo de lacan (por exemplo, Chomsky) não é que ele ou seus seguidores não estaria autorizado a debater publicamente o que ele debate. as acusações são mais sérias: de que ele sabe que o que escreveu é groselha, baboseira e que ele SABERIA que é baboseira, mas o fazia pela fama, prestigio, pra impressionar os impressionaveis, etc.
Excelente analogia, prof. Christian.😉👏👏👏
Parabéns pelo vídeo, concordo com os cuidados que temos que ter com as críticas
A arte de ir aonde o povo está !
Sensacional Professor!!!
Eu sou da Letras, mas adoraria estudar Lacan com mais profundidade, além do mais, a aproximação dele com a literatura dá inúmeros trabalhos!
Uma questão: a psicanálise lacaniana produz pesquisas de fato científicas ou produz repercussões teóricas sobre as teorias precedentes? Estar dentro de uma universidade não significa necessariamente ser pesquisa científica. É uma pesquisa acadêmica porque um lugar foi lá foi conquistado no passado e ainda é mantido por popularidade. Veja que o próprio autor do vídeo já tem uma resposta pronta aos críticos: "se alguém mostrar que o que eu faço não é pesquisa científica de verdade, eu respondo que não preciso fazer pesquisa do jeito que ele chama de científico".
Vejo alguns artigos psicanalíticos prometendo a divulgação de uma pesquisa e quando leio só há especulações teóricas e casos anedóticos relatados sob uma ótica interpretacionista peculiar.
Mas como se faz ciência dura, com extamante um ato analítico que é voltado a práticar a escuta e significação do sofrimento alheio? Não faz sentido, A psicanálise não é uma ciência, é uma prática, e isso não a desvalida, só a coloca em um lugar diferente.
@@Mestre3306 Uma pergunta provocativa: já ouviu falar de psicologia científica? Ela também se interessa pelo sofrimento alheio...
Concordo que muito do que o que Sokal e Bricmont dizem é bem galhofa, principalmente quando eles tentam avaliar as teorias de áreas que eles não aparentam domínio, mas o ponto principal Sokal e Bricmont colocaram não foi respondido no vídeo. Pois a crítica principal reside justamente no uso "freestyle" dos conceitos científicos de ciências que tem bastante prestígio e que tem grande parte de sua fama atrelada a rigorosidade e poder descritivo e explicativo de seus conceitos, isso faz parecer, de maneira estética, que a teoria tem o verniz de intelectualidade que possivelmente ela não possui. É o mesmo problema dos coachs quânticos, que são alvos de ataques dos divulgadores científicos atuais. Sua argumentação poderia ser aplicada facilmente na defesa dos coachs quânticos, substituindo, é claro, as menções a Lacan e a psicanálise por menções a coach quânticos, com exceção do argumento da academicidade da psicanálise e da falta de replicabilidade de 50% dos artigos de psicologia, que não tocam no mérito do argumento.
Para complementar, acredito que identificar charlatanice em alguns aspectos da obra, não necessariamente, invalida o seu conteúdo, mas coloca o autor do charlatanismo no seu devido lugar. Que lugar é esse? O lugar de um ser humano que não é capaz de compreender tudo, mas que mesmo assim, pode compreender muito sobre uma coisa em específico, mas sem precisar parecer que entende profundamente sobre outras coisas para compreender aquilo que ele estuda.
Se no passado o povo já se acusava por estar entrando na sua ' área ' , imagina hoje.
Excelente
Olá Dunker! Acompanhando seus Seminários sobre a obra de Jacques Lacan é perceptível o quanto a lógica matemática passa a ser um recurso para abordar o real psicanalítico; neste sentido, você poderia falar sobre a relação de Lacan com a lógica e a definição que se tornou clássica: a lógica como ciência do real? Abraços e parabéns pelo canal!!
Você acha que a matemática foi seriamente usada por Lacan?
Lacan estava cercado de bons matemáticos, o matemático René Lavendhomme diz que a matemática para Lacan indica uma homologia de estrutura, mas sem reduzir os conceitos analíticos aos conceitos matemáticos. Mas no caso da pergunta há diferença entre lógica e matemática, Lacan não diz que a matemática é a ciência do real, mas sim que a lógica é a ciência do real, mesmo sendo esta uma lógica de derivação matemática ela ainda é, como afirma Lacan no seminário 24, derivada do Logos.
Essa também é uma boa questão para ser posta no canal para o Crhistian responder!
Nem sei o que é uma homologia de estrutura... mas aposto que é algo que pode ser aplicado a qualquer teoria ou especulação. Ou seja, são discussões vazias e inúteis... é ficar filosofando no mal sentido da palavra sobre um pseudo-conhecimento, não produzindo nada de útil, só o discurso pelo discurso. Agora, se alguém puder dizer como Lacan usa sua matemática para produzir uma terapia, eu mudo de opinião.
O Dunker não se envolve em nenhum discussão polêmica. Ele só faz propaganda psicanalítica.
Professor, qual livro de Freud e Seminário de Lacan podemos ler pontos que perpassam as questões sociais como racismo, homofobia, misoginia e as questões que hoje são mais discutidas na política brasileira?
Não sou o Christian, mas acho que posso recomendar pelo menos algo do Freud: O Mal-Estar na Civilização. Não há a especificação das questões sociais, mas há uma elaboração quanto à estruturação da civilização principalmente no que diz respeito à sexualidade.
Quanto ao racismo, seria muito interessante e relevante o apontamento por parte de Freud e/ou Lacan, de movimentos inconscientes que possam estar atuando nessa problemática. Quanto as outras questões, creio que no seminário do mimimi ou vitimização ad infinitum, tu encontres algumas respostas.
💚
melhor canal
Ri muito com este Falando Nisso🤣😂🤣 neste dia dx Psicólogx, vc é Demais!!!! Parabéns👏👏👏👏👏
Prof o senhor é fantástico e coerente .🥰🥰❤❤
O Dunker é sensacionaaaaaal! Hahaha
Muito bom!
Professor faz um vídeo sobre psicose maníaco depressiva em lacan
O reconhecimento da obra, parte da busca de mais conhecimento sobre "ela"!
Uma boa crítica é sempre construtiva.
onde você leu isso, em Augusto Cury? hahahahahaha
o problema então é saber que raios é uma boa crítica!
Complexissima trama das Correlaçoes entre significado e ficante
Adorei!!!
Obrigada!!!!
Sensacional, excelente e bem humorado!!
E esse foi o Christianzinho Pistola 😂 vídeo sensacional, professor!
Pau Ricoeur já havia alertado para os problemas das teorias de Freud e de Lacan.
Lacan já foi dissecado por Alan Sokal em "Imposturas intelectuais", e era o rei de nada dizer com ar de profundidade. Seus discípulos repetem a mesma tática: embromam, misturam platitudes com baboseiras, e pensam ter produzido uma reflexão penetrante e complexa onde há apenas confusão mental e verborragia.
Prof Christian, sobre o livro imposturas intelectuais, faltou vc dizer que os autores avisam que eles nao negam a importancia de muito daquilo que os pós modernistam dizem; eles apenas avaliam, enquanto matemáticos, a validade dos termos matemáticos usados pelos pós modernistas. E o fazem com razao, oras. Afinal, se uma área do saber usará o conceito X da matemática, que esse uso seja igual ou pelo menos equivalente ao da propria matematica. No livro, eles demonstram como alguns pós modernos usam termos da matematica que em suas explicaçoes tornam-se sem pé nem cabeça, mas como dá um tom de verdade maior ao usar esses termos, acabavam-se usando. (Em um ensaio divertidissimo do livro O capelão do diabo, o Richard Dawkins explica porque nao suporta o relativismo na ciência). Ou seja, 2 é 2 na matemática e em qq outra ciencia; se nao é, poxa, que explique aos leitores que 2 significa cachorro sentado, ou neve azul, ou 13444. Etc. Ou, aí é o ponto, não é ciência. Tem gente q diz que é arte, que é crença, que é (já que tudo pode ser relativizado) uma outra ciência, todas podendo estar em qq debate, bastando pra isso ter quem queira fruir, ouvir e aprender.
Quem gosta de Lacan não quer nem saber se a matemática dele faz sentido, já que ela não será usada mesmo. É só algo para admirar, um toque de sofisticação a mais.
@@falapsicologo321 Novamente eu aqui. Não amigo, nem um dos casos, lacan usa a matemática apenas para uma ilustração de sua teoria social e linguística. Apenas isto, claramente entendo a fúria deste pessoal da aérea, pois é a mesma furia de por exemplo, usaram a psicanlise em nome de religião, porém entendemos que no caso de Lacan é apenas uma demonstração, não é algo a bater de frente com matemáticos, mas para ilustrar pontos na existência humana, que não devem passar pelo total crivo Linguístico. Ai o uso dos símbolos matemáticos. E volto a dizer, a matemática de lacan não é ciência, muito menos sua psicanlise também é.
prezado professor ,Konrad Lorenz tem alguma contribuição às teses de Lacan sobre agressividade? abrs. Wilson
Dunker, quando e se possivel fale da correlação entre gozo e neurose na teoria psicanalítica. Abraços!
Comecei a ler Lacan, quero ver que surpresa ele tem a mim, seminário 2.
Já ouvi dizer que Freud considerava uma forma de perversão, falar com o intuito de ñ ser compreendido, infringindo sofrimento ao Outro através de enigmas. Ñ sei se esse seria o caso. Mas, fica claro para mim que Lacan estava longe de ser neurótico ou psicótico. Em qual estrutura o discurso dele se encaixa?
Dunker, você fez um vídeo incrível sobre, digamos assim o "fenômeno Bolsonaro" com uma leitura Freud-lacaniana. Gostaria te propor uma questão que considero tão importante quanto.
Gostaria que falasse sobre o "Fenômeno Lula" com uma visão também Freud-lacaniano.
Excelente trabalho. Pretendo assistir em breve todos os seus vídeos.
Situação 1- Lacan ao associar matemática e psicologia
teve um surto psicótico , em meio a uma diarreia . O surto e a diarreia o fizeram espalhar
excrescências ( merda ) ao se colocar na frente de um ventilador.
Situação 2-Numa sessão o psicoterapeuta diz ao cliente:: esse seu trauma está associado à soma dos quadrados dos catetos e sua hipotenusa teve um cálculo diferencial reduzido pela integral de x.dx elevado à quinta potência da mediatriz do ângulo reto.
Christian, você é meu herói
De todos nós, vermelinhos.
Professor, bom dia! O que é psicóloga social e quais as relações com a psicanálise?
Christian, você poderia explorar um pouco como vergonha, culpa e nojo aparecem em relação às fantasias do sujeito?
Abraço!
Olá professor! Sobre o livro negro da psicanálise, e outras obras sobre Freud ter sido um charlatão, esse vídeo TB vale como resposta?
Francamente...
A matemática é uma só. É uma linguagem lógica. Todas as ciências usam matemática (ou lógica formal) para formalizar argumentos e garantir a consistência interna do raciocínio, ou seja, garantir que as conclusões seguem das premissas, e fazer isso da maneira mais clara e explícita o possível.
Eu sou economista, e se eu tiver conhecimento suficiente de matemática, posso checar se uma teoria da física, da química, ou o que quer que seja, faz sentido LÓGICO. Entender os conceitos e o teste empírico dos mesmos são outros 500.
O que os físicos fizeram foi: bem, esse psicólogo aqui quer formalizar seus conceitos psicológicos. No entanto a formalização é uma merda SEM SENTIDO.
A conclusão é que, ou a psicanálise lacaniana não faz sentido, ou a maneira como Lacan tentou expressar as conexões causais e conclusões é que foi mal formulada.
Se é verdade que existe consistência lógica em Lacan (o mínimo que vc espera de uma hipótese), então a utilização errada da matemática deveria ser denunciada pelos próprios lacanianos, por não fazer justiça à qualidade da teoria.
Na verdade leio Freud e discordo de que ele tinha sua teoria baseada na biologia. Na verdade, quando ele fala sobre dissecar o corpo, era exatamente no inconsciente, não estava referindo-se dissecação corporal.
Um nome: Noam Chomsky. Vale?
comentei sobre os "matemas" pênis e raiz de -1 para não explorar o "famoso" "tempo lógico" que permite as "sessões curtas";
His critics attributed his “short sessions” to financial greed and to gain additional adherents to the Lacanian cause.
lacan era um zoador pragmático nas questões financeiras... acusado de não seguir as diretivas freudianas se defendeu:
-eu sou freudiano!!! (eu acho que ele não estava mentindo!)
lacan entendeu que se daria muito bem ao "transcrever" as ideias de freud (que não eram científicas, mas armazenadas em sociedades psicanalíticas) em termos de avanços do entendimento de Linguagem no inicio do Século 20!! E realmente foi um bom investimento... "subconsciente é linguagem" etc etc o problema é que ele quis levar isso aos extremos... aí caiu a ZOEIRA... não sabemos se proposital ou fruto da embriaguez do sucesso... os matemas são um PORRE!!!
Professor,
Para além dos 4 discursos fundamentais, poderias comentar sobre os discursos da ciência e do capitalista?
Um abraço,
Eduardo Monteiro.
Eduardo Monteiro Já tem um falando nisso sobre isso
Até o Einstein era um tanto charlatão: li que ele considerava egoísta quem acreditava em uma vida após a morte. Ora, Einstein buscou incessantemente um último momento de glória em sua busca por um campo unificado físico. Claro, estou me divertindo com meu próprio charlatanismo! Mas a questão da minha própria finitude me sacode aqui e ali. E porque a finitude do outro não me incomoda tanto?
Que homem
Parabéns pelo canal! Você pode falar sobre psicanálise e filosofia? Mais precisamente as contribuições de Freud e Lacan para a filosofia ? Lendo Judith Butler eu me deparei com interpretações desses dois teóricos, fiquei curioso .
O preço destas obras sugeridas no final têm preços astronômicos... Espero encontrá-las em mídia digital.
como tudo que envolva psicanáli$e. caia fora, uma dica de quem já fez análise bastante tempo. (não é por isso que sou anti-lacan, inclusive fui virar anti-lacan bem depois do fim da análise)
Muito bom o vídeo! Sobre essa questão do monismo metodológico, o engraçado é que ultimamente isso nem parte tanto da física. Vejo isso mais nas ciências da vida e até nas humanas. Talvez esteja focando minha universidade e generalizando... mas mesmo Sokal, nesse livro com vários problemas, questiona-se sobre a formalização de um método universal para a ciência. Enfim, já ouvi alguns físicos bem críticos com essa ideia de método universal.
O monismo metodológico que vem da ciências humanas é o que explica o pessoal da ciranda kkkkkkkkkkkk a esquerda pós moderna e o uspianismo kkkkkkkkkkk os famosos "vermelhinhos", brincadeira gente.
Por que que tem essa coisa de ser contra esquerda cirandeira e o pessoal dos Sarais?
professor, o livro "esquizoanálise" seria contra a análise? obrigado e parabéns pelo trabalho!
Querido amigo, acredito que o Dunker já tenha feito um video sobre o assunto e citado o Deleuze em outro.
o livro é ANTI-ÉDIPO, que fala da esquizoanálise, mas sim. Lacan é o mais "poupado" das críticas. Os alvos principais são Freud, seus sucessores diretos, e basicamente toda a galera da psiquiatria dinâmica, com raras exceções. É uma crítica da cultura ocidental como um todo. Dissidentes como Melanie Klein também são bem massacrados à la Deleuze hahaha (o livro também foi escrito por Guattari, a 4 mãos).
kkkkkkkkkkkkkkk isso é tão complicado, e por que eu não entendo está fora
O Imperador está nu! Lacan vestia o personagem charlatão com gosto, apesar de sua contribuição à psicologia, o homem era um palestrante horroroso e confuso propositadamente.
Fala de novo sobre o racismo Dunker, sugestão.. Acho que é um tema que sempre pode estar em voga.
Isso aí, professor!!!
Eu respeito físicos... Se o cara não tem a capacidade de explicar, se o texto é "denso demais", é incompetência ou elitismo.
Claro que vc respeita, você é Fisico Médico, aliás, foi graças a um físico que hoje temos o modelo da dupla hélice do DNA.
Lacan paeece ter sido aquele cara que, esforçando-se, tentou , tentou e não conseguiu
Caro professor, por onde iniciar o estudo da psicanalise de forma mais profunda?
Tenho um professor de aqui na Federal do ES, de filosofia política que afirma isso também. kkkk meu prof. citou Alan Socall mesmo .kkkkk
Eu vejo que não tem nenhuma base tal argumentação. Existe uma certa divisão entre filósofos de diferentes localizações geográficas que parecem partir de diferentes ambientes e tradições intelectuais.
Enquanto dentro da cena do que ficou conhecido como "filosofia analítica" estabelecida por G. E. Moore, no qual pedia por uma certa "clareza", uma maior atenção e um maior rigor lógico para os ensaios filosóficos. Outros filósofos depois adotaram isso como uma espécie de "método", como Bertrand Russell.
Por outro lado, quem sabe por razões políticas, dentro da cena da filosofia francesa, os filósofos eram influenciados por tradições e um ambiente intelectual muito diferente. Podemos sublinhar na tradição francesa a importância que eles deram para questões linguísticas: muitos dos filósofos conhecidos como "continentais", na maioria das vezes estão em dialogo com Ferdinand de Saussure, o pai da linguística moderna; como Barthes, Derrida, Lévi-Strauss, e o próprio Lacan, etc., enquanto que por outro lado filósofos analíticos não deram muita importância para Saussure, em vez disso, deram mais importância para outros filósofos da linguagem como Frege, Russell, Wittgenstein, Austin, etc., questões antropológicas (como podemos ver em Lévi-Strauss), questões da teoria da ciência (como em Poincaré, Cavaillès, Bachelard, Koyré, Canguilhem), questões ontológicas (como em Sartre, Derrida, Merleau-Ponty, Lévinas, etc. que são filósofos que aparentemente levaram muito mais a sério as investigações de ontológicas de Kant, Hegel, Husserl, Heidegger, etc. do que os filósofos analíticos que de acordo com o próprio Russell, caracterizavam-se como uma revolta contra o hegelianismo e o kantismo).
Enfim, a partir desse cenário que nós temos aqui, parece ser um pouco natural que pensemos que é como se esses diferentes "métodos", por assim dizer, criaram as suas próprias "linguagens especializadas", e então é bastante comum ouvir aqueles que se identificam como "analíticos" acusarem filósofos de tradições completamente diferentes, que estão em diálogos e ambientes intelectuais completamente diferentes, e que utilizam uma terminologia adequada para a sua própria tradição, etc., enfim, é bastante comum que eles os acusem de serem "charlatões", ou de falarem "coisas sem sentido", ou de serem "obscurantistas", ou pior de "não ser filosofia, mas ser literatura" (relevante ao fato de que os cursos anglo-americanos de teoria literária abraçaram os filósofos franceses, enquanto que os de filosofia, ao menos durante um certo período, continuavam a rejeitar o estudo desses filosófos), etc..
No entanto, seria raso dizer que isso tudo é somente esse mal entendido superficial. Há um livro chamado "French Theory" de François Cusset, no qual justamente ele explora a recepção dos intelectuais franceses ao mundo anglo-americano e que, de fato, sublinha um certo preconceito de ordem maior e que deveria ser dado mais importância.
Isso é principalmente importante de notar, porque até hoje em dia, ouve-se muito que esses filósofos franceses são todos "pós-modernos", e isso quer dizer que eles "não acreditam na verdade absoluta", que eles são "relativistas" e querem "destruir todos os valores", etc.. Na verdade quanto a classificações é algo bastante complicado. Por exemplo, muitos consideram que nem Barthes era propriamente um "estruturalista" _stricto sensu,_ e que a própria classificação "pós-estruturalista" também não é a melhor. No geral, a diversidade e grande variedade de pensamento que houve nesse momento na França, torna impossível colocar todos esses filósofos somente numa categoria.
Ótimo texto :)
"relevante ao fato de que os cursos anglo-americanos de teoria literária abraçaram os filósofos franceses, enquanto que os de filosofia, ao menos durante um certo período, continuavam a rejeitar o estudo desses filósofos)"
Poderia dizer que há um link entre isso e aquele "famoso" curso do Paul Fry sobre teoria literária? É na universidade de Yale. Eu só ví o primeiro vídeo das 24 aulas, mas pareceu bem promissor, ele começou falando de Freud e Marx e iria chegar em Lacan... mas enfim, preciso continuar a ver e me lembrei disso quando li teu texto.
Angelo Borba, até onde eu saiba não tem muita relação. Do que eu sei é que a teoria literária entrou em uma espécie de crise metodológica. Daí a necessidade que se foi vendo de trazer outros textos para dentro do campo da teoria literária.
Então aos poucos, lá por 1960 e em diante, foi-se adotando textos novos e diferentes, porque eles traziam reflexões importantes sobre a linguagem, a mente, a cultura, a história, etc..
Muitos desses textos trouxeram grande animação na área por conta de suas novas reflexões, explicações, descrições, etc. interessantes, persuasivas, e assim por diante. Não importa exatamente se esses textos não falavam exatamente sobre literatura. Um filósofo que procurou uma ponte entre os "analíticos" e "continentais" foi Richard Rorty, e ele escreve o seguinte:
_"Tendo começado na época de Goethe, Macaulay, Carlyle e Emerson, desenvolveu-se um novo tipo de escrita que não é nem a avaliação dos méritos relativos das produções literárias, nem história intelectual, nem filosofia moral, nem profecia social, mas tudo isso combinado num novo gênero"_
Era de grande interesse de qualquer forma pegar essas teorias e aplicá-las aos textos. No entanto, como aponta Rorty, a teoria literária nunca se limitou a isso. Por exemplo, no livro de Roland Barthes, Mitologias, a partir da semiologia, ele realiza "desmistificações" de algumas tendências da França, que por conta do sistema de valores sociais, foi-se tendendo a naturalizar suas representações. Então num livro de "teoria literária", nós temos coisas como uma "leitura", ou a analise de objetos culturais, como da luta livre e boxe, vinho tinto, propagandas de sabões e detergentes, e até mesmo sobre o mito em relação ao cérebro de Einstein, e muitas outras coisas também.
No ensino médio nós tendemos a aprender que ler um texto é apenas saber "o que o autor quis dizer?" ou até mesmo "o que o texto quer dizer?". As respostas que se dão para essa pergunta são geralmente rasas e desinteressantes.
A teoria literária é bastante rica em ampliar essa nossa visão, e até mesmo nos fazer a nos interessar mais por textos, pela cultura, pela sociedade; e se qualquer coisa, Barthes nos mostrou que o autor está morto.
"Lá só tem charlatões de vermelhos" HAHAHA
Genial, professor.
Mona Baker? Nature 2015?
Hahaha...amei!!!