A DEFESA DOS INJUSTIÇADOS - OS 7 INOCENTES CASO EVANDRO - INVESTIGAÇÃO CRIMINAL

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  • Опубликовано: 9 фев 2025
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    / @icinvestigacaocriminal
    CONFIRA A ENTREVISTA COM DR ANTONIO FIGUEIREDO, O ADVOGADO DOS 7 PESSOAS INOCENTES DO CASO EVANDRO.
    Em 6 de abril de 1992, Evandro Ramos Caetano, de apenas 6 anos, desapareceu, em Guaratuba, no litoral do Paraná - estado brasileiro que estava contabilizando dezenas de crianças desaparecidas no começo da década de 1990. Cinco dias depois, um corpo de um menino é encontrado num matagal já em avançado estado de decomposição e bastante violado. O pai de Evandro reconhece aquele cadáver como sendo de seu filho.
    Três exames de DNA foram realizados, os dois primeiros deram como inconclusivos e o terceiro bateu com o DNA de Evandro. Desse momento em diante nada mais se sabe sobre o que teria de fato acontecido com o menino. O crime jamais foi investigado como deveria ter sido, e tampouco se chegou aos autores da morte da criança - e até hoje há grandes suspeitas se aquele corpo encontrado num matagal em Guaratuba seria mesmo de Evandro.
    O que acontece em seguida é um novo crime, que colocou na cadeia sete pessoas inocentes, que, tortur@das física, mental e juridicamente, foram levadas a contar uma história da qual eles jamais participaram. O enredo macabro, que a imprensa tornou famoso no Brasil como “os #Bruxos de #Guaratuba” foi todo imaginado e escrito por um novo personagem nesta história: Diógenes Caetano dos Santos Filho, primo de segundo grau de Evandro, que se auto intitulava tio do menino. Diógenes sempre teve problemas com uma das famílias mais tradicionais da cidade, a família Abagge, especialmente com Celina Abagge, primeira dama de Guaratuba, esposa do prefeito Aldo Abagge. Para Diógenes, Celina teria sido a responsável pela separação de seus pais anos antes.
    Numa pseudo investigação paralela àquela realizada pela divisão especial da polícia civil do Paraná, conhecida como Grupo Tigre, Diógenes Caetano escreve o que passaria a ser conhecido como dossiê Magia Negra, onde ele narra tudo o que imaginou ter acontecido com Evandro. Mas o que seria apenas uma ficção de gosto duvidoso, passa a ser a linha de investigação oficial que Diogénes convence o Ministério Público do Paraná a seguir. O Ministério Público retira o grupo Tigre do caso, e coloca um outro grupo para colocar em prática o dossiê de Diogenes. Esse grupo é o grupo Águia, da polícia militar do Paraná. Isso mesmo, a policia civil foi afastada para que um grupo da polícia militar exercesse a função de investigar um caso civil. Só essa troca da policia civil pela polícia militar já seria em si um problema constitucional.
    O Dossiê #Magia #Negra coloca em prática o que parece ser mais um roteiro de vingança pessoal de Diógenes Caetano dos Santos Filho. Segundo ele, o crime contra Evandro havia sido todo premeditado por Celina Abagge, a primeira dama da cidade, a mulher que teria sido o motivo da separação dos seus pais, e a filha de Celina, Beatriz Abagge. O dossiê indicava que as duas teriam feito um ritual de magia negra com o corpo de Evandro porque queriam manter o poder político da família na cidade - detalhe que, em 1992, não existia reeleição. Para manter sua versão de magia negra, Diógenes vai ainda mais longe e envolve o pai de santo Oswaldo Marcineiro, que havia chegado à Guaratuba há poucos meses e foi colocado no dossiê como o líder da ação de satanismo. Ainda são citados nessa história absurda outras 4 pessoas: Vicente de Paula, que era assistente de Oswaldo; Davi dos Santos, presidente da associação de artesãos de Guaratuba, que foi quem liberou Oswaldo a montar uma mesa de leitura de búzios; Francisco Sérgio Cristofolini, o dono da casa alugada para Oswaldo morar em Guaratuba; além de Airton Bardeli, que exercia o cargo de gerente da serraria de propriedade da família Abbage. Para Diogenes, foi Airton que conseguiu um suposto pagamento para a oferenda de Oswaldo - pagamento esse nunca confirmado pelos bancos.
    Com o enredo definido, o capitão do grupo Águia Valdir Copeti Neves - junto com a ajuda de outros policiais de sua divisão -, usou de violência física e moral para conseguir que os sete repetissem o que ele queria ouvir. A arrogância de Neves era tão altiva que ele ainda gravou todas as sessões de tortur@.
    Em 2018, Ivan Mizanzuk, jornalista e professor de história, produziu o podcast Projeto Humanos - Caso Evandro, em que revisitou o crime e conseguiu, pela primeira vez, dar voz aos sete inocentes que foram julgados e alguns condenados como culpados. Graças ao trabalho de Mizanzuk, em 2021, veio à tona a fita gravada pelo capitão Neves com as tortur@s sofridas por suas vítimas.
    Celina, Beatriz, Oswaldo, David, Francisco, Airton e Vicente são inocentes. Não são bruxos, não praticaram e nem praticam magia negra. Cabem ao ministério público e ao governo do Paraná o máximo de retratação que os sete podem receber. A começar por um pedido de desculpas e a anulação de suas condenações.
    Uma série @medialand

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