RACISMO CIENTÍFICO

A miniaula da vez é sobre racismo científico uma teoria que reuniu conceitos e métodos da biologia, da antropologia, da craniometria construindo "evidências" empíricas e formulações teóricas que justificassem o racismo, alegando a supremacia da raça branca, principalmente em relação a raça negra. Do racismo científico decorre um intenso processo de desumanização de pessoas negras que cria, inclusive, estereótipos de marginalidade e criminalização da população negra até hoje fortemente presentes na nossa sociedade, inclusive na área jurídica. Hoje as ciências biomédicas negam a existência de diferentes raças humanas, contudo, seguimos sendo encarcerades, marginalizades, assassinades pelo nosso fenótipo (pela cor da nossa pele, pela nossa estampa).
Em outros termos, independente do que diga hoje a genética, homens negros seguem sendo abatidos como baratas diariamente no nosso país, crianças pretas seguem sem direito a infância, mulheres pretas seguem não sendo tratadas como mulheres dentro da performance social estabelecida para esse grupo, em virtude do racismo científico que teoricamente decretou a nossa animalidade e, portanto, em nós a inexistência de características humanas como o direito a vida, a etariedade, a mulheridade.
Livro citado no vídeo Conteúdos cordiais: Biologia humanizada para uma escola sem mordaça. (Pedro Teixeira, Roberto Dalmo Oliveira, Glória Queiroz (Orgs)).