Moacir Santos - Coisa Nº 4
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- Опубликовано: 31 янв 2025
- Moacir Santos nasceu em Pernambuco, em 1923. Desde cedo envolveu-se com música, mas enfrentou dificuldades diversas tendo viajado praticamente sozinho por todo o sertão. Em 45 foi para a paraíba onde tocou na banda da Polícia Militar e na Jazz Band da Rádio Tabajara. Três anos depois ele estava no Rio de Janeiro, onde trabalhou na Rádio Nacional e como músico da noite. Nessa época estudou teoria musical com o maestro Guerra Peixe e com o pesquisador alemão Hans Joachim Koellreuter. Entre 54 e 56 trabalhou em São Paulo como maestro e arranjador da orquestra da TV Record. De volta ao Rio, retomou suas atividades na Rádio Nacional e tornou-se maestro da gravadora Copacabana Discos.
Em 65, Moacir gravou seu primeiro disco autoral intitulado Coisas pela gravadora Forma de Roberto Quartin. Gravadora pequena que se propunha a lançar discos experimentais, a Forma durou três anos e lançou apenas dezoito discos, sendo Coisas o mais importante entre eles. São dez temas instrumentais que misturam samba, maracatu, ritmos africanos, jazz, xaxado, baião, música caribenha... Mistura é a palavra que define a proposta desse disco. Os arranjos se sucedem numa ambientação sonora plácida e, ao mesmo tempo inquietante. Nas palavras de Ruy Castro, o ouvinte se depara com tambores africanos filtrados pelo Beco das Garrafas, em Copacabana. Apesar da sua importância, Coisas permaneceu muitos anos fora de catálogo.
Algumas músicas ganharam letras e se tornaram famosas independente do disco, como Coisa n. 5 que foi regravada por inúmeros cantores do Brasil e do exterior com o título de Nanã. Ou Coisa número 6, que recebeu letra de Vandré e se tornou Dia de Festa.
Em 67 Moacir se mudou para os Estados Unidos onde permaneceu por praticamente 40 anos trabalhando em trilhas de cinema e acompanhando nomes importantes do jazz, como Horace Silver. Gravou outros discos autorais, mas seu grande legado ainda é o disco Coisas, um marco da música instrumental brasileira. Falecido em 2006, Moacir Santos viveu o suficiente para ver seu trabalho reconhecido no Brasil.
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