555 INFANCIA PANDEMICA NA PERIFERIA DE SALVADOR

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  • Опубликовано: 15 окт 2024
  • Autoras: PRISCILA CALDAS BORGES 1; Luzia Poliana Anjos Silva 1,2; Rita de Cassia Lucena 1.
    Instituição: 1 UFBA - UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA; 2 FESF-SUS - FUNDAÇÃO ESTATAL SAÚDE DA FAMILIA
    Introdução: A pandemia de Sarvs Cov 2, decretada pela OMS em janeiro de 2020, trouxe impactos a infância de forma global. Em regiões periféricas super populosas, de países com altos índices de desigualdade como o Brasil, especialmente em bolsões de pobreza que tangenciam grandes capitais como Salvador, a Covid19 estreou nas comunidades e expôs crianças que já viviam em situações de risco social a extrema pobreza. Objetivo: Através das falas das mães e cuidadoras de crianças assistidas pela USF nas consultas de Puericultura relatar quais impactos a pandemia trouxe para seus filhos e seu cotidiano familiar.
    Método: Relato de experiência (caso -descrição) realizado através de palavras chaves norteadoras como “covid19”, “pandemia”, “fome”, “isolamento”, “escola”, “máscaras”, presentes no discurso de 20 mães e avós, responsáveis por crianças, na faixa etária de 2 a 12 anos, assistidas pela Equipe 2, da USF Jaquaripe I, na periferia de Salvador. No prontuário as mães/cuidadoras assinaram o TCLE, liberando a reprodução de frases ditas durante as consultas.
    Intervenção: Durante as consultas de puericultura sempre lançávamos as perguntas: “ A pandemia mudou ou não a rotina de sua família? “Você acha que a pandemia alterou algo na vida de seu filho?”.
    Resultados: Algumas falas coletadas durante as consultas: “Esta covid é coisa de política”; “A escola precisa abrir senão meus 3 meninos vão passar mais fome ainda”; “Porquê já tem um ano a escola fechada?”; “ Será que eles irão dar merenda e almoço na volta da escola?”; “ Álcool é coisa de rico da orla, mas lavar as mãos a gente lava”; “ A escola é importante né? Acho que esta menina vai “emburrecer” mais”; “ O auxílio ajuda a pagar a luz, mas realmente precisamos de comida”; “Se eu pudesse dava estes meninos! Não tem o que comer, ficar “zanzando” o dia todo na rua... vão para o lado ruim né? Fico agoniada”.
    Conclusão: A Covid19 alterou a rotina das crianças e de suas famílias, observou-se impregnado no discurso das cuidadoras medo do futuro, da violência, negacionismo, sub e desnutrição, pessimismo em relação a educação, e dificuldade de uso de máscaras, agravamento da situação de vulnerabilidade social que são expostas. Encontramos também esperança que será transitória a pandemia e defesa de hábitos de higiene e cuidado. A infância pandêmica precisa de cuidado e amparo e politicas sociais efetivas urgentemente.

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